CARCASS
Porra, a resenha poderia se resumir apenas à seguinte frase:
“o q 4 caras bons, com músicas sensacionais, ñ fazem?”
Q é o q deveria ser qualquer show, e ñ é.
(e a resenha poderia acabar aqui. Na verdade, acabou. É só isso mesmo. Palavras ñ dão conta)
******
COVARDIA é pouco!
Procurar ARREGAÇO no Aurélio, na Wikipédia, no DSM-IV, vai estar lá: “Carcass na turnê de reunião”. Ñ aceito se ñ tiver, tem q estar!
Foi daqueles eventos únicos, como o foram em longínquos tempos o Motörhead no Rio em 1988 (disponível no You Tube) e Metallica em 1989 e Black Sabbath com Dio em 1992 (q lamentarei até morte ñ ter ido), Megadeth no 2º Rock In Rio (q vi na tv e chapei), as últimas duas vindas do Ramones, o Rush em 2002. (Nessas, fui). Q botou os Philips Monsters Of Rock todos NO CHINELO. Daqueles q daqui 10 anos um monte de gente vai falar q foi, só pra ñ ficar chato.
Quem ñ foi pq ñ quis, pq ñ deu, apenas digo: LAMENTEM. Afoguem-se num pântano de remorso!
******
E me deixou pensando, ao final do suadouro (imagine o q é ficar com a camiseta encharcada, como quando rola de pegar chuva pesada. Grudava no corpo, e doía afastá-la. Meus jeans ficaram ensopados) o quanto ñ caímos tantas vezes em contos e/ou ilusões acerca de bandas fenomenais, ou pioneiras, ou únicas, ou infames? Q a mídia do metal, q os miguxos e miguxas nos apresentam. Q alguma fitinha cassete antiga esquecida parece ainda portar.
A banda mais true da Noruega, os caras mais vanguardistas nas misturas insólitas, a formação original mais áspera da Bay Area ou da Alemanha caíram por terra domingo. E ñ aceito opinião contrária. O Carcass me fez achar q tudo quanto é show q assisti e q ñ fosse memorável (como os q citei acima) – incluindo Motörhead, New Model Army, Young Gods e Slayer recentes- fossem ilusão de percepção. Talvez tenham sido.
Ñ sei descrever detalhes. Set-list, dá pra achar no orkut (copiei pra mim, mas ñ quero postar aqui), fotos idem, trechos de You Tube – dos melhor filmados q encontrei – seguem abaixo:
[youtube]http://br.youtube.com/watch?v=PaSmFzFhEF8[/youtube]”Edge Of Darkness” + “This Mortal Coil”
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ZeMG6pxmQWo&feature=related[/youtube]”Heartwork”
.
Falar em defeitos soaria mesquinho. Poderia falar q Jeff Walker ñ segurou 100% (só 99,9) a “Heartwork” no fim; q o Daniel-San baterista ñ fez as viradas personais de Ken Owen completamente iguais. Mas quem sabe se o Owen ao vivo as repeti(ri)a perfeitas?
O som estava muito bom, outro aborto da natureza isso. Iluminação tb. Enrolações nenhumas, telão mostrando nojeiras, introduções pré-gravadas dalguns sons, exatamente como no disco. Produção de palco eficiente (costelas do “Heartwork”, ferramentas do “Necroticism” etc.). Puta merda, tocaram 70% do “Heartwork”, mas sem esquecerem nenhum outro álbum!
Contradição especulativa q ñ me sai da cabeça: o tipo de show pra sair em dvd (como desacredito q ñ tenham filmado nenhum show da turnê pra lançamento posterior), mas q tvz eu ñ o comprasse. Ou o visse muito pouco. Pra ñ macular a MEMÓRIA.
Destaque pra Bill Steer, gênio da raça, tocando e dançando tímido como fosse guitarrista de reggae. Como se o q toca fosse aquelas babas q Hammerflácido e “bandas” similares fingem q ñ são. Deve pesar os mesmos 50 quilos duns 10 anos atrás, camisa xadrez e jeans, contrariando o estereótipo dos headbangers mais true, mesmo sem querer fazê-lo. Riffs e solos próximos à perfeição, soando como nos cd’s (e as músicas antigas, ainda melhores q nos registros clássicos. CRESCERAM ao vivo barbaridade!). Na hora em q foi ovacionado, ficou sem graça, mas de boa. Tvz esteja percebendo HOJE o quanto a banda foi (É!) foda.
Jeff Walker carismático à pampa, com trejeitos (tvz por ser inglês; fora as entradas capilares) q me remeteram a Lemmy em seus melhores momentos. Maioria das tiradas – fora as de elogio às “chicas” de São Paulo – ñ entendi direito e ñ me importei. Mas achei FODA quando, ao apresentar os guitarristas, disse achá-los os melhores guitarristas de sua geração; quem sabe ñ valha reavaliarmos duplas guitarrísticas e incluir Steer-Ammott no pódio onde estão já Murray-Smith, Hanneman-King, Mustaine-Friedman e Downing-Tipton?
Tvz só eu ainda ñ o fizesse.
******
Curiosidade antropológica a tôa: enquanto aguardava o início, um sujeito próximo chamava atenção. Parecia o Jason: usando duas camisas compridas, cotoveleiras, luvas de motociclista, camisa amarrada no rosto (como cowboy de filme) e óculos de motoqueiro na testa. Fora cabelo q era só a parte de trás; na frente e no alto da cabeça, tudo raspado. Temi q, em abrindo roda, se mostrasse um psicopata carniceiro, dando bordoada e cotovelada pra todo canto: q nada, recuou e ficou na dele mais pra trás.
Ironia besta: passei mal com calor, quase desmaiei (fiquei naquele ponto de semi-consciência, em q por alguns segundos o empurra-empurra perigosamente me conduziu) e tive q ir um pouco mais pra trás. E em q som? Na “Reek Of Putrefaction”…
.
Tô mais a fim de discutir essa bagaça, essa carnificina, essa ressurreição: alguém dá mais? Pq eu ñ consigo, por ora.
Yulo Braga
11 de novembro de 2008 @ 10:14
Porra num posso lamentar aquilo que não podia ter.
Pois to longe pra caralho e mesm que eu quisesse ir o meu trampo nun deixaria.
Enfim…Valeu por vc dividir.
Vou me limpar pois to todo babado..
hahahahhahahah
abr
Marco Txuca
11 de novembro de 2008 @ 17:12
Tu mora onde, cara?
Antes de se limpar, apenas verifique se a baba tem bastante bile. Se ñ, vc é um poser!
Yulo Braga
12 de novembro de 2008 @ 09:02
ahhahahahahahahaha
Manaus!!!!
Marco Txuca
12 de novembro de 2008 @ 12:50
Caralho, nunca imaginei q o Thrash Com H fosse cruzar a Transamazônica!!!
(acho q nunca perguntei: como vc ficou conhecendo isto aqui?)
Ao mesmo tempo, q bom q (em vc gostando) o Nightwish e o Scorpions ao menos passaram por aí, ñ?
Tucho
13 de novembro de 2008 @ 10:44
Fiquei sabendo que o Jeff Walker disse no show quais são as razões para se ter uma banda de metal:
1) Money ( Chocando os ortodoxos)
2) Cocaine ( Arrancando lágrimas de futuras vítima de overdose na platéia)
3) Girls ( Coisa que ele deve ter aproveitado bastante pós show)
Isso foi verdade, Txuca?
Yulo Braga
13 de novembro de 2008 @ 17:53
Conheci através da Brigade, ironico,não?.
Daí ficou obrigatorio ler essa bagaça!!!]vicia…
Apesar de não gostar de ambas(Nightwish e Scorpion) o público destes shows são :
Pagodeiros,emos e gente tola, que vai por que “todo mundo vai”,
fora os posers.
Daí ser um saco ver uma “Fauna shoppínstica” aonde não deveria.
Cada um no seu lugar.
O Sepultura passou por aqui,com o batera novo, e foi foda!!! o dante XXI é fraco, mas ao vivo, funciona.
O novo batera ñ deve nada ao anterior, aQuele q gosta de RAP e Tecno.
O q na verdade surpreende.
Abraços…
Marco Txuca
13 de novembro de 2008 @ 20:34
Tucho: foi quase isso, mas ñ bem isso. O cara falou em razões da volta do Carcass, listando:
1) MONEY (rindo e tirando risos da galera. Ñ vi nenhum true cuspindo bile)
2) CHICKS (mulherada. Deve ter catado alguma eminha nalguma saída e ficou se achando)
3) COCAINE (e aí soou politicamente incorreto, sim. Tirou risos dalguns)
e
4) THIS GUY. Daí mostraram Ken Owen no telão, e sendo realmente uma das razões voltarem pra ajudar no tratamento do cara, toda a graça dos chistes anteriores caiu por terra.
Ao menos pra mim.
louie Cyfer
14 de novembro de 2008 @ 12:14
Agora é a minha vez de retribuir o comentário Txuca.
Uma coisa achei muito foda, pra não dizer interessante. Todas as resenhas q eu li poderiam ter sido assinadas por mim. Assim como tmb acho q a minha poderia ter sido asinada por vc ou outro qualquer.
A perplexidade perante “a operação” dos caras foi total. Uma catarse musical. Nossas almas foram purificadas… e só demos conta disso ao fim da “cirurgia”.
Txuca
14 de novembro de 2008 @ 15:35
Puta q pariu, Louie!
Só dscordo duma coisa: ñ acho q eu conseguiria escrever o q vc depôs. Minha resenha foi aproximada e acho q ñ consegui expressar adequadamente o q foi aquela porra!
Pois um comentário estranho q me vem fazer sobre o show ainda é eu ter me sentido acariciado em recônditos íntimos q eu nem sabia existirem!
“Nossas almas foram purificadas… e só demos conta disso ao fim da ‘cirurgia’”… SIM! Caralho, quase chorei agora lendo isso. Outra frase memorável pululando por aqui!…
PS – Rodrigo: esse eu PAGUEI pra ver. E pagaria o triplo, o quádruplo, o quíntuplo…
Rodrigo Gomes
14 de novembro de 2008 @ 15:43
hahahahahaha, eu já ia te perguntar isso…
Vanessa Spelta
9 de julho de 2009 @ 11:47
Show memorável! Sou suspeita para falar do Carcass…Mas o show foi COMPLETO! A única reclamação foi quanto ao calor infernal, de resto foi perfeito! Morri numa grana com hospedagem, avião(ES-SP) etc,mas faria mil vezes de novo…Nem tem como apontar alguma música desnecessária ou mal tocada, simplesmente não ocorreu! Som perfeito, galera realmente amante dos caras, cantando juntos as letras..Emoção total!