HYPOCRISY
Já comentei por aqui alguma vez de ñ ter o Hypocrisy como banda dentre as minhas preferidas.
Ñ entre as 20 preferidas. E ñ pq eu os ache uma bosta, nada disso. Motivo principal: a discografia irregular, q vez ou outra me frustra. Ao mesmo tempo, diferentemente dum Arch Enemy ou do The Haunted – pra citar outros suecos de plantão – com a horda de Peter Tägtgren ainda tenho insistido em querer gostar.
E o fiz na última segunda, comparecendo ao ARREGAÇO q foi o show deles por aqui, no Carioca. Q ñ estava lotado, mas tudo bem (ñ era micareta de playboy). Q tinha o amigo Jairo por ali tb presente (mas eu ñ vi. Ou pensei ñ ter reconhecido). Q durou pouco menos de hora e meia, mas ñ faz mal.
A INTENSIDADE do evento foi o diferencial.
Algo q me fez morder a língua, num argumento q volta e meia defendo por aqui: o de “pra q ir em show se dá pra pegar o dvd mais barato, depois?”. A experiência ao vivo, q tanto defende minha esposa (e ela tem sempre razão), da horda foi implacável. O dvd recente, “Hell On Sofia”, ficou pequeeeno.
De algum modo, o Hypocrisy ali ao vivo fez sentido pra mim. As distorções guitarrísticas características, entre o abelha e o esmeril, e palhetadas às vezes indolentes, soam melhores ao vivo. Mal comparando, como é com o Motörhead: o acrílico até aproxima, mas ñ dá conta do esporro. O vocal de Tägtgren estava impecável, naquela sujeira pitoresca, e sem nenhum backing vocal. E o som estava MUITO ALTO.
No bom sentido: tem q ficar alto mesmo aquilo, aqueles sons, aquele desempenho atordoante. Ñ entendi muito uns moleques abrindo roda proximos a mim: a barulheira ali me é mais pra ficar impactado, chapado, imobilizado ou atordoado. E assim fiz, som após som, com raríssimas paradas deles pruma conversa ou pro Tägtgren tomar água. Ah, e ninguém usou camiseta da Seleção. Claramente nos primeiros sons – sobretudo no 2º – o som estava alto e RUIM. Achei legal assim mesmo, mas embolou. Em “Fire In the Sky”, de repente o baixo ficou alto demais, mas aí no som seguinte a coisa se resolveu. Claramente o cara da mesa de som foi acertando as coisas DURANTE a apresentação, e se isso foi coisa do técnico da casa, é já recorrente e bastante lamentável.
Fui com o amigo Leo Musumeci (a foto abaixo é dele), e na verdade pegando o embalo dele, q é fã de verdade da horda. Fui convencido. Pra melhorar, ainda peguei o “Into the Abyss” ali numa lojinha, q vem sendo tocado à exaustão por aqui desde segunda à noite. Leo reclamou do set, pra ele “burocrático”, e nesse sentido tb me pareceu: 4 sons apenas do “End Of Disclosure” – pretexto da turnê brasuca (e ainda q eu ñ lembre bem se “44 Double Zero” realmente rolou. E aí, Jairo?) – e outros 70% repetidos do dvd em Sofia.
Sendo um fã – agora, sim – ainda iniciante, achei bom terem tocado só a “Eraser”, do “The Arrival”, q ñ curto. Achei foda a camiseta do Exploited q Tägtgren ostentou (momento “fashion” da resenha. Ui!). Formam uma banda ñ tao afiada tecnicamente – ironicamente, o 2º guitarrista, Tomas Elofsson, parece o melhor músico ali – mas ofereceram uma blitz compacta. O todo é bem maior q a soma das partes. O clima onírico propiciado é tb um diferencial da banda: ñ são apenas mais uma bandinha de death metal melódico tentando vingar via rostinhos bonitinhos ahah
O q me incomodou foi um bando de sem-noção proximo a mim abrindo rodas completamente tortas e perigosas, a ponto dum bebaço ali ficar bom tempo querendo mostrar cicatriz de batalha: aparentemente perdeu um dente numa cotovelada e ñ cansava de querer se gabar da boca sangrando e mão vermelha. Meio q faz parte, e até achei menos pior q monte gente com o bração na frente tentando filmar a apresentação.
Ao fim, pudemos ver a banda tocada com a recepção, a ponto do norueguês Horgh (baterista bem mais ou menos, pra mim) ter tb aplaudido! Mas ñ jogou um catso duma baqueta pra galera ahah
Valeu a noite. Valeu o show, a preço justíssimo (85 reais), valeu a surdez absurda pós-show, e me ficou a certeza de querer ir atrás da discografia da banda – menos dos 3 primeiros, é isso, Leo?
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Set-list: 1. “End Of Disclosure” 2. “Tales Of Thy Spineless” 3. “Fractured Millennum” 4. “Killing Art” 5. “The Eye” 6. “Valley Of the Damned” 7. “Fire In the Sky” 8. medley “Pleasure Of Molestation””Osculum Obscenum””Penetralia” 9. “Buried” 10. “Elastic Inverted Visions” 11. “44 Double Zero” 12. “War-Path” 13. “The Final Chapter”. Bis: 14. “Roswell 47” 15. “Adjusting the Sun” 16. “Eraser”
PS – teve abertura do Torture Squad. Melhor: do rescaldo do Torture Squad. De comum acordo, eu e o amigo nos recusamos a entrar e ver os capengas. Toninho Iron, na porta os defendendo, ñ nos convenceu. Lembrei daquele som do Claustrofobia: “Eu Quero Que Se Foda”.