Nome e/ou apelido: José Carlos Braga (nome do único avô que conheci)/Zé
Idade: 45
Cidade e Estado de origem: Petrolina/PE
Gênero musical preferido: Heavy Metal – Thrash e Death com mais intensidade
Ouve rock desde: desde os 15, quando me apresentaram o “Holy Diver”. Alguns meses depois conheci o “A Show Of Hands” (Rush) e fiquei fascinado pelo talento da banda que nem sabia de onde era. Nessa época ainda me permitia ouvir Legião Urbana (os 3 primeiros) à exaustão. Até que 1 ano depois, já com 16, conheci “Master Of Puppets”, “Ride the Lightning”, “Cada Dia Mais Sujo e Agressivo” (disco que mais ouvi do Ratos) e um disco do Rattus (que a capa é alguém crucificado com o nome da banda em letras verdes). Depois disso, rock brazuca nevermore.
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Disco que mudou sua vida: na verdade não foi um disco, propriamente falando. Mas uma fita TDK 60. De um lado estava gravado “Reign In Blood” e no outro “Black Sabbath” (o primeiro). O impacto de ouvir “N.I.B.”, depois de ouvir “Raining Blood” que fechava o lado A da fita, com a cabeça cheia de fumaça, foi impactante demais!!! Saí dali determinado a ter tudo do Slayer e Sabbath!!
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Disco que mais ouviu na vida: “South Of Heaven” e “Master Of Reality” empatados. Ouvia um e depois o outro e vice versa ahhahahahahahahah
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Primeiro disco que comprou: “A Show Of Hands” em uma loja da Aky Disco em Juazero/BA (quando tinha 15/16 anos). Economizei grana por 3 meses e, toda semana ia na loja namorar o único disco de metal da loja. Escondia em um lugar diferente toda semana. Misturava o disco com disco de brega e forró para ninguém achar… hahahahha
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Último disco que comprou: eu acho que foi o “World Painted Blood”. Depois daí não comprei mais nada. Perdi o tesão de comprar cds.
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Top 5 discos ilha deserta: “South Of Heaven”, “Master Of Reality”, “Vol. 4”, “Decade Of Aggression” e “Imaginations From the Other Side”. Ou gravava tudo em fita TDK 60 e levava outros cds hahahahah
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Top 5 bandas: Slayer, Black Sabbath, Cannibal Corpse, Obituary e Blind Guardian
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Top 3 melhores shows que já viu ao vivo: Ratos em um Sesc de Recife; Kreator no Clube Náutico Capibaribe e Morbid Angel (lançando “Altars Of Madness”) no Sport. Nesse dia o Volkana estava abrindo pros caras… showzão.
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Música que seria a abertura do seu próprio programa de rádio: “The Spirit Of Radio” ou o trecho final de “Live Undead”…
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Música pra tocar no meu velório: “Wheels Of Confusion”
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Não entendo como conseguem gostar de: quem não gosta de heavy metal E/OU gosta de música eletrônica (desculpa ae chefe) hahahahah
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Já tocou em alguma banda: nunca. Só curto música. E nunca tive culhão para aprender algum instrumento.
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Além de rock, curto muito: não consigo ir além do rock. Me enclausurei neste mundinho e não consigo deixar. Tentei algumas vezes ouvir jazz, mas me entendiou profundamente. Pareço ser um tiozão thru mas não é bem assim ahahahhahaha
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Maior decepção musical: foram duas – Metallica com o “Load” e Sepultura com o Negão.
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Indique 3 bandas novas: difícil. Nada de novo me agrada ultimamente. Acho tudo chato demais. Então fico devendo alguma dica nesse item.
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LP, CD, mp3 ou streaming: LP. Gostava demais do chiado do disco, da agulha pulando. O meu “Cada Dia Mais Sujo e Agressivo” empenou e mesmo assim ainda tocava com a agulha subindo e descendo e o som rolando… bom demais!!!! ahhahah
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CD tive que fazer uso por causa do mercado. E streaming é a forma mais fácil para mim. Limpei tudo em casa e deixo os outros armazenarem o que eu quero ouvir hahahahah
Cassio
3 de maio de 2018 @ 10:18
Ê zé – esse show do rdp que você citou foi no sesc santo amaro, certo? Um amigo meu mora numa rua proxima e disse que parou geral o bairro e a vizinhança com medo do caos que poderia acontecer . Kkkkk. Morbid angel e kreator ainda na lembrança de todos aqui (infelizmente pra mim, nao fui). Ainda Tenho a materia do diario de pernambuco da epoca (abril/1992) com o título ” ‘trash’ alemão chega ao recife”.
Quanto a aky discos , a mais “rockeira” era a do shopping recife ( ate o vinil do “seasons in the abyss” vi por la); as do centro da cidade tinham algumas coisas mas não tanto. Antes de conhecer as lojas especializadas daqui de Recife, sempre comprava lá, mesmo com os preços salgados deles.
ZÉ
3 de maio de 2018 @ 21:28
Foi nesse lugar mesmo Cassio!!
eu lembro que eu estava receosos cobre conflitos no show.
mas foi tudo muito bem
Por aqui só tinha essa aky disco. E fechou anos depois. loja de metal no sertão era difícil na época.
Eu conhecia somente 6 pessoas que curtiam metal por aqui. E conseguiam lps e fitas quando viajavam para recife ou salvador
Cassio
3 de maio de 2018 @ 22:00
Eram tempos complicados, zé…ate conseguir uma simples rock brigade era dificil por aqui…o bom foi que ser adolescente naqueles tempos era outra historia e a vontade de ir conhecendo sons novos, prestogiando os classicos , indo a shows e principalmente trocando ideias (e k7’s) ali no cara a cara creio q nos ajudou a continuar nessa ate hoje!
Marco Txuca
4 de maio de 2018 @ 01:21
Vcs citaram o LP do “Seasons In the Abyss”… é um q lamento muito ter me desfeito.
Assim: na época em q fui comprando em cd alguns álbuns, ia passando pra amigos e primos alguns LPs. Pra irem curtindo, sei lá, tentar “convertê-los”. E o LP do “Seasons” era foda. Praticamente um quadro, aquela capa e a contracapa, q tinha vindo com defeito: com cruzes invertidas.
Cassio
4 de maio de 2018 @ 10:41
O tal LP ( Seasons) que vi na loja q citamos na conversa, txuca, ainda pensei em comprar mas nao quis arriscar a chorada mixaria que tinha em mãos (não conhecia a banda ainda em meados de 1991) e fui no Kill’em all mesmo.
ZÉ
4 de maio de 2018 @ 12:03
Cassio comprei o Season em uma aky disc no shopping recife…ainda não conhecia os camelos que vendiam metal no centro de recife. Ali encontrei o mesmo disco por um preço menor…
Já sobre a questão de procurar e a escassez de informação da nossa época. Eu creio que criou uma certa resiliência na gente. A consequencia é o que você citou de estarmos até agora curtindo o que aprendemos a gostar.
Mas, parando para pensar. Será que se tivessemos toda a facilidade da internet. Estariamos por aqui?
eu creio que não.
Facilidade demais é bom. Mas estraga muito.
Tava lembrando aqui sobre o clip de “devoured by vermin” do cannibal. É um clip tosco e sujo (tvz falta de grana para fazer algo melhor). Mas eu curtia muito esse clip. Exatamente pela tosqueira e vontade de fazer a coisa rodar.
Hoje toda banda fuleira tem um clip legal e bem produzido. Tudo muito limpo e saudável. Até quando tentam fazer clip tosco saí um negócio bem feito demais…perdeu-se a garra…
A geração que não vivenciou a escassez não consegue entender a bonança que tem.
Cassio
4 de maio de 2018 @ 12:59
Zê – falaste tudo sobre a resilência. Sobre vídeos, ou pagavamos uma boa $$$ a Antao da vinil pra assistir clips e shows ou rezávamos pra passar na MTV ( isso nas regioes em que a transmissao chegava razoavelmente). Ainda sobre o Seasons, reAlmente o vinil tem uma capa espetacular. E pelo que lembbro, o referido LP Na aky disco era selo ouro, caro pra carai!!! O kill em all qie comprei foi um pouco menos $$ e ja conhecia a banda. Nao quis arriscar. Kkkkk
Cassio
4 de maio de 2018 @ 13:13
Complementando o comentario acima:
I – pagar pra gravarmos clips / shows mas poucos tinham acesso a video cassetes, ainda coisa de abastados.
II – a internet tem sido uma bençao. Hj em dia tenho acesso discos onde antes ter uma k7 gravada deles era mais que um sonho. Mas facilitou demais, nao existe mais aqueles ambientes de camaradagem, de juntar amigos em torno da cervejada e de um aparelho de som, de indicar bandas, a discussao saudável. E isso ta pesando pra que o publico esteja minguando.