PANO PRA MANGA (DA CAMISETA PRETA JÁ ½ BRANCA)
Artigo legal no whiplash já há muito vem parecendo coisa rara. Daí vi este abaixo e vi se tratar dum ctrl c + ctrl v do Collector’s Item, q eu ñ visito já há tempos – o amigo Tiago ainda colabora ali?
http://whiplash.net/materias/opinioes/163556.html
Bem extenso, por vezes repetitivo, mas a meu ver, digno de alguns pitacos ou discussões por aqui.
E do qual cito uns 3 trechos, apenas pra instigar:
- Mas não existe outro caminho para o thrash metal que não seja o saudosismo puro e simples? Não é possível executar um thrash moderno e atual? Claro que é. As principais bandas que demonstraram isso foram o Sepultura, com os fenomenais “Chaos A.D.” e “Roots”, e o saudoso Pantera, com “Cowboys From Hell” e “Vulgar Display of Power”. Apostando em riffs mais diretos e em muito groove, esses dois grupos levaram o gênero para outro caminho, influenciando milhares de bandas. Entretanto, os problemas internos acabaram os desestabilizando e levaram ambos à separação.Durante os anos 2000, nomes como Nevermore, Lamb of God, Trivium e Machine Head lançaram discos que brindaram o público com uma nova maneira de se tocar thrash metal. Álbuns modernos, corajosos e repletos de inovação, que mostraram existir outro caminho além do saudosismo puro e simples. Porém, os fãs nunca aceitaram muito bem a inserção de novos elementos na sonoridade clássica do estilo, e essas bandas até hoje são vistas com desconfiança e preconceito por uma parcela do público – o mesmo que, passados mais de 15 anos, ainda não assimilou a experimentação e a ousadia de um trabalho como “Roots”, por exemplo.
- Mas, apesar disso tudo, o thrash metal ainda é percebido, pelo grande público, como um estilo focado no passado. Os fãs, de maneira geral, dão mais atenção e preferem as bandas que executam um som calcado no passado. Porque isso? Porque se fechar ao novo? Não me digam que não existe qualidade na música atual, porque ele é excelente. E, é claro, cada um tem as suas percepções pessoais e gostos próprios, porém essa preferência pelo antigo pode gerar dois fatores: a falta de mercado para as bandas mais ousadas, desencorajando a inovação e a ousadia criativa e, em um segundo momento, a estagnação do próprio estilo, que pode se esgotar por escolher ficar apenas dando voltas ao redor do próprio rabo. Hoje já existe um mercado muito forte totalmente dedicado ao thrash retrô, onde bandas como Toxic Holocaust, Municipal Waste, Skeletonwitch e Violator são os principais nomes. Mas o que esses grupos oferecem para o gênero além da visão saudosista pura e simples? Eles estão levando o thrash para algum lugar, para um caminho novo, ou estão apenas ocupando o espaço de outros ícones e se preparando para apagar a luz quando o estilo não tiver mais para onde ir?
- Está tudo muito bom, as principais bandas estão ganhando dinheiro, os fãs estão satisfeitos. Mas até quando? A música, como qualquer forma de arte, se alimenta da criatividade, da ousadia, de novas ideias. Sem esses fatores, qualquer expressão artística abrevia o seu ciclo de vida. O thrash metal é um estilo apaixonante, mas precisa se renovar com urgência. Se isso não acontecer, ficará cada vez mais restrito a um público específico e cada vez menor. E, antes que você diga que tem que ser assim mesmo. “quem gosta de thrash curte até morrer”, lembre-se de uma coisa: pensar assim não é ser true, mas sim decretar o fim do estilo.
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Por ora, algumas impressões minhas:
- sujeito (Ricardo Seelig) fala adoidado em “mercado”? Q mercado?
- capa do tal Vektor (nunca ouvi), dado como renovador, com logo claramente chupinhado de Voivod ñ soa algo contraditório?
- o q ele cita de Exodus e Testament, sobretudo dos primeiros, concordo piamente. Mas duvido q Gary Holt e companhia tenham como meta “nichos de mercado”, renovar o estilo ou coisa do tipo
- Pantera, pra mim, ñ era nem nunca foi thrash metal
- o thrash metal precisaria realmente “se renovar”? Fica parecendo papo de crítico indie, q até uns 5 anos atrás ficavam vendendo bandas “salvação do rock“. Salvar rock do pra quê? E de quê?
marZ
20 de setembro de 2012 @ 08:32
Esse Ricardo Seelig até que escreve bem, mas às vezes fala um bocado de besteira. Pelo menos tem personalidade pra assumir as besteiras que fala, o que é um aspecto positivo. Já tive minhas desavenças com ele em seu blog mas hoje em dia deixei de lado e nem acesso mais.
Vektor é realmente bem interessante, mas não tem nada de novo ou inovador. A comparação com Voivod não fica somente no logo.
Engraçado que ele mesmo idolatra bandas contemporâneas que promovem um revival descarado do som dos anos 70; clones de Zeppelin pululam por aí e ele geralmente tira o chapéu. Não seria o mesmo princípio que ele se mostra contra em relação às bandas de thrash revival? Incongruência.
Faça
20 de setembro de 2012 @ 23:59
Eu não acredito de que o Thrash seja um estilo que necessite tanto de “renovação” ou “salvação” como ele vem dizendo. Acho totalmente válido que continuem pintando por aí bandas que ao menos tentem agregar novos ares ao gênero, como os citados Lamb of God e Nevermore, mas bandas calcadas num som mais “oldschool” sempre terão o seu público.
Creio que a questão é: até quando essa onda de “Thrash Revival” que tá por aí, com bandas “novas” fazendo um som “velho” como Violator, Gama Bomb, Municipal Waste, Toxic Holocaust e até mesmo o Vektor, vai durar?
Inclusive, eu concordo com o marZ: o Seelig baba muito ovo de umas bandas que ninguém nunca ouviu falar e que fazem um som “moderno porém extremamente genérico” copiado de bandas dos anos 70. Não faz o menor sentido ele fazer essa “crítica” em relação ao Thrash.
doggma
21 de setembro de 2012 @ 01:38
No caso do Sepultura e do Pantera ele forçou a barra pra provar sua teoria. Sepultura evoluiu do thrash pra outra viagem. “Roots” não é thrash. Tampouco Pantera, apesar de bastante influenciado pelo gênero.
Mas entendo a questão que ele levantou. O revival thrash passa uma ideia de estagnação, de reeditar acorde por acorde uma determinada era do metal em detrimento de qualquer tipo de evolução musical. Mas mesmo naquela época (80’s) tivemos uma infinidade de Sentinel Beast, Mordred, Heathen, Lääz Rockit, etc. Todos bem distantes do nível do Exodus, Anthrax e Slayer, que ainda soam muito thrash metal até hoje.
Com esse revival não é diferente. Temos uma maioria genérica formada por Gama Bomb, Municipal Waste, Toxic Holocaust, etc, e bons achados como Vektor, Evile e Sylosis, grupos tecnicamente superiores que apontam caminhos bem mais interessantes.
Também não sei o que ele quis dizer com “mercado” e como esse revival o afetaria. Estaria se referindo aos trintões que babam de saudade quando vêem um vídeo desses:
http://www.youtube.com/watch?v=sl2ZX0TfxLs
Ou dos moleques fãs de Korn e Slipknot, que nem tinham nascido em 1989?
Jessiê
21 de setembro de 2012 @ 10:56
Cara Pink Floyd é Pink Floyd único. Slayer é Slayer. Sabath é Sabbath. Ou seja o que é bom único se perpetua pela sua qualidade e nunca soará datado. Acada escutadela percebe-se nuances que antes talvez, até pela imaturidade (seja ela qual for) não percebemos. Esse lance de evolução do Thrash é coisa de crítico enrustico e esse papo é tão antigo quanto o próprio thrash que era chamado inicialmente de bandas que não davam contam de tocar “iron” mas tocavam melhor que venom. Thrash é Thrash, com H. E geralmente quem inventa demais se estrepa (Metallica, dependendo do ângulo, Testament em alguns momentos, Anthrax e por aí vai). Quem ouve thrash quer ouvir thrash quer ouvir Reiiiiign in blooodddddd!!!! Quando se tá a fim de algo moderno e inovador tem várias opções no mercado esse papo de tal banda é o futuro do thrash, futuro do metal nunca deu certo. Reign in Blood, Master of puppets, Bonded by blood… estão no panteão do metal, daqui 500 ainda tentarão soar desta forma e ainda haverá discussão da genialidade do som, sem falar é claro do Sabbão que aí é sacanagem tirarem um coelho da cartola lá pelos fins dos 60 no auge da Hippaiada e criar tudo da forma que é hoje.
Tiago Rolim
22 de setembro de 2012 @ 19:01
O cara realmente escreve bem, tem boas ideias, mas é muito “Maria-vai-com-as-outras”, saca? Exemplo; só um de vários, uma vez escrevi um texto sobre Caetano Veloso falando sobre o então recem lançado DVD dele o Zii Zie ao vivo, e ele me respondeu que ODIAVA Caetano em um nivel pessoal(?). MAS, no começo do blog, eu mesmo mandei um texto falando sobre a discografia inteira de Caetano e o cara publica na boa, ainda me elogia pelo texto. E p piora há umas duas semanas atras ele me posta um video de Caetano e fala o quanto o cara é um gênio da MPB…
Mais um, quando ele se “amigou” com a RC ele so era só elogios a mesma e de leve, falava mal da Rolling Stone, hoje ele brigou com a RC e adivinha de quem ele fala mal e de quem ele fala bem agora?
Ou seja com um histórico deste fica dificil simpatizar com o texto, ainda mais como bem apontado por aqui, é um texto cheio de furos e contradições enormes.
Marco Txuca
23 de setembro de 2012 @ 00:48
Mas chegou a escrever pra RC, cara? Pq o MESSIANISMO do artigo eu até ia dizer bater muito com a linha editorial da revista, q insiste em “defender” o metal (e agora tb, o “classic rock”) e em “promover” a “cena”. Doa a quem doer, ou ainda q imaginária ahahah
O depoimento do Jessiê, acima, eu pra variar endosso 100%. Tá cheio de coisa de banda q o cara citou aí – o tal Lamb Of God ñ é duma praia metalcore?? – q ñ durará o mesmo q os clássicos elencados.
(Q o digam as pautas cronofágicas deste blog futuramente ahahah)
Outras coisas ainda q me ocorrem:
* Nevermore é thrash? Evolução do thrash?
* o tal Trivium ñ era o tal “novo Metallica”? Mais q os Metallica’s novos?
* vou na do doggmático num ponto: os álbuns do Sepultura citados são tudo, menos thrash. Ou o cara quis babar ovo, dizendo serem “evolução do thrash” e eu ñ saquei?
***
No mais, queria abordar o assunto ainda duma outra maneira, nada a ver com o “artigo”.
Uma vez, assistindo o dvd “Big Four” com a patroa, eis q ela começa a questionar o seguinte: como a gente sabe q Slayer, Metallica, Megadeth, Exodus, Overkill, Nuclear Assault são thrash, se uma banda é bem diferente da outra?
O thrash metal é suficientemente amplo e plural ou nós, fãs, é q já nos condicionamos a ver tais bandas tendo mesmos traços em meio às diferenças de propostas?
marZ
23 de setembro de 2012 @ 07:39
Acho que essas bandas seminais rotuladas de thrash metal possuem sim caracteristicas em comum o suficiente para receberem o rótulo thrash. Diferente por exemplo das bandas da NWOBHM, que muitas vezes faziam música completamente diferente umas das outras (ex: Motorhead e Tygers Of Pan Tang) mas por terem surgido no mesmo espaço/tempo, ganharam o rótulo e faturaram em cima da onda.