METAL SONIA ABRÃO
Perguntar “por q” fazem, a esta altura? Desnecessário.
Likes. Grana.
Tento outra abordagem: um dos piores jeitos de envelhecer se dá quando a pessoa começa a idealizar/reinventar o passado. De modo a valorizá-lo ainda mais.
Em se tratando de certos personagens manjados de nossa fauna “metal nacional”, parece q o contexto pandêmico apenas otimizou o processo. A pagar ainda mais de “pioneiro” e “injustiçado”.
Esse aí (acima), ainda se acha acima do bem e do mal. Ñ acho q tenha uma obra relevante a ser revisitada. Vendedor de squeeze cuspido e baqueta usada em loja de Galeria do Rock. Arremedo de coach de orientação de carreira (só se for a carreira alheia). Cujo auge recente (e de vida. Tocou com Vinnie Moore e Primal Fear… e nada) foi virar banda cover de Iron Maiden.
Mas falhou no teste para o Dream Theater – porra, há quantos mil anos?! – e quer falar q quem critica “ñ conhece sua história”.
Eloy Casagrande, ex-baterista emo e atual “toca pra caralho” no Sepultura, produz conteúdo de verdade. Na banda, e solo. Tocando. Sem papinho.
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Outro q quase nunca menciono (por esquecimento mesmo), é BS, o metaleiro/roqueiro profissional da mídia, como foram/são Dinho Ouro Preto, Tico Santa Cruz, Andreas Kisser, Syang, Supla e João Gordo.
Tá aí há quase 20 anos fazendo paródia de Manowar pra provavelmente a mesma meia dúzia de metaleiros playboys isentões q ainda conseguem rir da piada. Q consomem “conteúdo” (cada vez mais) requentado do whiplash e provavelmente nunca ouviram falar – e ñ se interessam – por nada de metal no Brasil q ñ seja Franga e/ou Sepultura com o Max e Igor.
Ou comemorar “Viper Day” (sério) no Instagram.
Só q o cara tem algum lastro. Canta pra caralho e toca muito baixo. Foi a única vez em q vi banda cover sendo ovacionada e pedirem bis. Quando tocou com um Death Tribute numa abertura pro Exodus há quase 20 anos, na Led Slay.
E, salvo engano, tem programa de rádio na Kiss Fm. Ou numa outra estação, meio roqueira, ñ lembro agora. Parece q é gente boa e tudo.
E aí, o algoritmo de YouTube do celular fica me assediando com esse tipo de conteúdo saudosista safado. Falando em nome de quem já morreu. Intrigas entre os “hermes e renato”? Vixe. Ah, André Matos aprovou q fosse vocalista do Franga? Putz.
A dinastia dos “quase”: André Matos QUASE FOI pro Maiden, BS QUASE FOI pro Franga. Só faltaram combinar.
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A outra chatice é o caro João Gordo se prestando a oferecer “conteúdo” em “podcast” raso [redundância!] sobre… treta com Dado Dolabella e retrucos com o guitarrista do Raimundos.
Sujeito “mudou o mindset“, tá grande entregando marmita vegana, fazendo trabalho social, com programa de gabarito no YouTube, participando de projetos/lives quarentênicas… e se presta a esse tipo de “nostalgia”?
Quem consome isso ainda?
Reitero minha impressão comentada no post “Dissidência Agressora” ali atrás: JG tem filho, esses youtubbers são escória direitista, vão saber onde os filhos estudam. Teria q tomar mais cuidado.
Qualificar os likes.
Deixasse o passado imperfeito do subjetivo pra quem só possui ainda condição de chorar o q ñ viveu. É pelo cachê?
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Sei q postar esse tipo de coisa é um pouco dar importância pra esse tipo de coisa rasa e fútil (quem sabe tb modinha)(e ouço dizer q existem podcasts decentes), mas ao mesmo tempo ñ sei se fingir q ñ existe dissipa esse tipo de coisa na atmosfera.
Youtubber acho a nova praga do Egito.
André
18 de maio de 2021 @ 16:20
Youtuber já está aí há algum tempo. A nova praga são os podcasts de vídeo, popularizado por um tal de Joe Rogan. No Brasil, o Flow puxou o barco. Todos que vi até agora são péssimos entrevistadores.
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Aquiles: deve ser foda saber que ele NUNCA fará algo maior que o Angra. O Hangar nunca deu em nada. Na última “turnê”, segundo ele, o cara tomou um prejuízo de vinte ou trinta mil. Isso que ele é o rei do marketing, logística e o cacete.
Ele se enxerga com uma lupa. Disse que o disco Reason Of Your Conviction, do Hangar, é um clássico, mas, os números não correspondem ao status que o disco tem. Tem?
Sobre o DT: não há nada mais o que fizer. Ele falhou e pronto. Deve ser foda para os fãs (e, talvez pra ele) caírem na real e descobrirem que o Aquiles não é o melhor do planeta.
Tenho algo de positivo pra falar dele: desde do ano passado, ele tem feito lives com bateras (a maioria, pelo menos) nacionais e gringos. Já entrevistou até o Nicko. Algumas são bem interessantes. Mas, ele sempre dá um jeito de puxar a sardinha pro lado dele. O dinheiro arrecadado nas lives vai pra músicos que estão passando necessidades e tal. Isso é bom.
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Bruno Sutter: cara talentoso, gente fina, mas, muito isentão. Tem um corte dessa mesma entrevista em que ele fala do Sikera Jr, que fez uma live com o cara e que o cara é engraçado e não sei oq. Ah, vai à merda. Sem tempo pra essas merdas.
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João Gordo: os caras simplesmente não conheciam o Gordo. Até do rolê com o Nirvana, os caras perguntaram. Porra, é muito amadorismo. Mas, o Gordo se sujeita a isso. Não dá pra reclamar tb.
Tb concordo em relação aos filhos. Gordo não pode dar esse mole.
Parece que
André
18 de maio de 2021 @ 16:27
Opa, cortei kkk
Só mais uma coisa sobre o Aquiles: o cara, mesmo sendo o fodão do marketing e da logística, não aprendeu uma coisa elementar. Banda tem que ser autossustentável. Não adianta ter o próprio ônibus, ter cenário, ter uma bateria gigantesca, se o que a banda ganha não sustenta esse esquema. Ele mesmo assumiu numa das lives dele que tomou um prejuízo de cinco digítos na última do turnê do Hangar e que não vai mais fazer. Que bancou tudo sozinho. Sem contar que ele compartilha do hábito do Edu Falaschi de culpar o público pelos próprios fracasssos. “Você não foi ao show, não comprou o cd…”. É muito mimimi.
Jessiê
18 de maio de 2021 @ 22:18
A verdade é que a internet está infestada de todo mundo que é músico tentando levantar uma grana já que não tem nenhum tipo de evento. Todos tinham os canais mais foram obrigados a investir pesado e certamente este caminho é sem volta.
O resultado primário disto é que a maioria não têm o preparo suficiente para se mostrar tanto e acaba aparecendo a real e outras coisas que saem sem querer, ao vivo e a cores e que sim, merecem ser desculpadas, as vezes.
Sou totalmente alheio a essa geração, que convenhamos está na casa dos 50 (ou próximos), que surgiram no Angra ou suas proximidades, primordialmente por falta total de afinidade musical. Inclusive não aguento mais a galera me pedindo no IG para fazer vídeo do “VeraCruz”. Cruzes!
Mas me parece que essa galera se conecta sobremaneira para uma geração que não são exatamente headbangers e que curtem especificamente aquele som, Iron, Metallica, DT e um ou outro guitarrista e para por aí. O universo metálico se restringe a isso e em sua maioria é composta por isentos e assemelhados. Então acabam caminhando por estes mares.
O João é um cara extremamente legítimo e é inquestionável. Ao que me parece lhe falta um assessoramento pré-entrevista (para evitar o caso do youtuber que foi uma das coisas mais constrangedoras dos últimos tempos). Tudo que ele fala é extremamente visado e ampliado pelo que entendo seu cuidado em seus vídeos. No IG dele e nos shows o pau come solto.
Prolixo eu? hahaha
Marco Txuca
19 de maio de 2021 @ 00:22
Então.
Tendo a concordar com o despreparo e o lance de se excederem. Mas conhecendo (ainda q à distância) o perfil desses envolvidos, duvido q aceitem qualquer sugestão ou preparo. Ou mesmo edição.
Fica uma coisa rasa e antipática, igual a se estivessem numa mesa (camarote) do Manifesto falando sobre “metal”. O metal q conhecem, restrito e parado no tempo.
Pessoalmente, não consigo assistir 5 minutos desses caras (JG e Jessie são outros quinhentos) pq eu fico me sentindo de fora duma conversa pra qual não fui convidado (mas q teimam em querer q os ouçamos), e na qual os envolvidos não fazem qualquer questão de “situar” quem chega de fora.
“Bolha” define, repete e reflete.
FC
19 de maio de 2021 @ 11:08
“Mas, ele sempre dá um jeito de puxar a sardinha pro lado dele”.
O André foi certeiro nessa. Várias e várias vezes vi entrevistas em que do nada ele envereda para autoelogios.
Mano, deixa pro público, pra crítica e pros colegas essa coisa de chamar de grande baterista. Fica ridículo quando é a própria pessoa quem o faz, daí pra desandar pra caricatura é um pulo.
Essa questão do Dream Theater aflora ainda mais isso, até hoje ele fica remoendo essa história, parece o Barrichello com o Schumacher.
Vi esses dias que ele vai produzir um documentário sobre ele mesmo, contando sua própria trajetória. Aí o cara vai até a cidade de interior onde teve a primeira banda, pra ouvir os elogios dos colegas que não tiveram a mesma determinação que ele e foram pra outra área.
Cara, que necessidade é essa de autoafirmação??
O cara é talentoso, mas noto que ele tem uma necessidade grande de ficar lembrando o público disso sempre. Toda hora ele fica reafirmando que ele é bom, que ele fez não sei o quê, que ele tem uma história, que foi elogiado por fulano, como se alguém estivesse dizendo o contrário.
O Txuca que é tanto da psicologia quanto da bateria poderia explicar melhor isso haha.
Marco Txuca
21 de maio de 2021 @ 12:55
Deixa eu tentar:
eu vejo esse cara tão atrás do “sucesso” e do “reconhecimento” a todo custo, q ele ñ vê q ele já os tem. Ñ sei se é alienação boçal aí, ou se ele quer mais.
Ele ñ vai ter mais. E o auge dele foi o Franga? Azar dele. Faz questão de q achem q o auge foi a broxada no DT. Nunca vejo perguntarem por q ñ deu certo com Vinnie Moore e Primal Fear. Ñ chegou sequer a gravar com os caras.
Meu palpite: ñ deixaram ele vender luvinha, squeeze, sapatilha e máscara do Jason. Ou seria muito custoso bancar roadies (plural) pra montar e desmontar a tal bateria dele.
Aquiles e Amílcar vejo padecerem do mesmo erro: acham q ter bateria gigante é ser o melhor baterista. Infelizmente, ñ ganharam dinheiro suficiente com música pra comprarem uma Ferrari ahahahah
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Outro aspecto: tem uma molecada por aí, q eu chamo de “metaleiros Roadie Crew”, q foi criada na CONVICÇÃO de q o Aquiles é um Deus. E o Kiko Loureiro, Confessori, esses caras. Vivem numa bolha de só conhecerem Angra e arredores, Iron Maiden (“Brave New World” pra cá + as mais tocadas no Spotify) e Dream Theater.
Gostam de verdade das bandas, ñ é fazer pouco caso, mas gente q ñ conhece 10 bandas de heavy metal. Conhecem Sepultura só de ouvir falar. E o Metallica, começaram no “Death Magnetic”.
Conheci bateristas q foram alunos de Aquiles e Confessori. Impressionante o quanto se tornaram babacas tanto quanto. Montar bateria igual, tocar de luvinha, comprar as mesmas marcas de prato e baqueta etc.
Faz até parte, mas todos (e tb alunos de Mario Pastore) Gadobanger bostonóia ou “isentões” q exigem respeito pelas “opiniões divergentes”, mas q se recusam a ouvir opiniões q ñ as deles. E esses podcasts vejo assim: papo furado entre amigos com ilusão de telecomunicação.
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Outra coisa ainda, q deve ressoar nesse Aquiles: iguais e melhores a ele existem trocentos. Europa e EUA então… Aqui ele ainda se conecta com sua bolha, mas a fila tá andando e daqui a pouco os fanboys e alunos (ñ sei se o cara dá aula) do Eloy Casagrande vão tomar o lugar.
E ñ me parece q o Eloy seja cuzão como Aquiles, Confessori, Loureiro e quetais. Ainda há uma esperança ahah
André
21 de maio de 2021 @ 15:38
“Meu palpite: ñ deixaram ele vender luvinha, squeeze, sapatilha e máscara do Jason. Ou seria muito custoso bancar roadies (plural) pra montar e desmontar a tal bateria dele.”
Tem uma história de que quando vieram pro Brasil, a plateia ficou gritando o nome do Aquiles e os caras não gostaram. É o que deu a entender.
E, você foi certeiro sobre o Eloy: ele já tomou o posto do Aquiles. É jovem (acho que não tem nem trinta anos ainda) e toca tudo o que Aquiles toca. Na verdade, já deve tê-lo ultrapassado. Aquiles tá com 50 e tá fazendo cover de Iron Maiden e Angra. Mas, para a bolha dele, o Aquiles sempre será o maior.
Marco Txuca
22 de maio de 2021 @ 21:00
Duvido mesmo dessa historinha. Maior cara de papo furado. Alguém realmente acha q Vinnie Moore e Primal Fear não topariam “subir de divisão” no metal por aqui com isso?
Tocar por aqui todo ano? Ganhar dinheiro? Ah, tá. Mesmo álibi daquele besta do Mike Terrana. Q inventasse desculpa mais original.
Se rolou essa “ciumeira”, assinaram atestado de cretinos amadores igual ao Aquiles.