FILLERS (PORQUE QUILLERS)
O post “Ranqueando” deste mês, brigadiano logo ali atrás, sobre o “Piece Of Mind”, gerou um papo interessante proposto pelo amigo märZ: o de ser o disco, da fase dita “áurea” da donzela, com mais “fillers“. Músicas encheção de lingüiça.
A tabulação total dos votos feitos mostrou absolutamente isso: as faixas de 1 a 5 (“Where Eagles Dare”, “Revelations”, “Flight Of Icarus”, “The Trooper” e “Die With Your Boots On”) SOBRARAM em relação às preferências, ficando as 4 outras (“Still Life”, “Quest For Fire”, “Sun And Steel” e “To Tame a Land”), em 2º e 3º plano. Tidas claramente como músicas menores no álbum.
E aí ficou um papo pedido pra virar um post, sobre outros álbuns q porventura tenham esse mesmo perfil. Repletos de “fillers“, encheção de lingüiça.
Q ñ é o mesmo q músicas ruins, como o amigo doggmático propôs, citando “St. Anger” (todo ruim, repleto de músicas assim. Ou com uma ou outra música “menos pior”) em contraparte ao “Load”, segundo ele formado de bons sons + “fillers“. Sei lá, entendo mas ñ entendo.
Ou entendo do seguinte ponto de vista, complementar: “fillers” acabariam sendo aquelas faixas, ñ exatamente ruins, mas q combinadamente
- num disco fraco da banda em questão cairiam até melhor
- destoam das melhores músicas, q em si têm uma coesão considerável
- tvz tivesse sido melhor caso lançadas num greatest hits repleto de ‘lados b’ e ‘outtakes‘
- foram colocadas num álbum só pra constar, ganhar duração, ñ ficar tão curto o trabalho
Todo modo fica aí o assunto, e a tentativa de se encontrar outros álbuns nessa pegada.
De minha parte, venho pensando em “Rosenrot” (Rammstein), “Too Tough to Die” (Ramones. Mais q “Mondo Bizarro”, q me ocorreu ali no post), “Master Of the Rings” (Helloween) e “Test For Echo” (Rush). Fora “Piece Of Mind”, claro.
Quem dá mais?
Quem definiria melhor o conceito?
Quem se importa?
marZ
13 de março de 2012 @ 15:01
Acho que você definiu muito bem. Vou pensar aqui.
marZ
13 de março de 2012 @ 15:37
Mais complicado do que parece, na prática, definir o que seria um disco simplesmente ruim e um bom, ainda que contendo alguns/vários fillers. Sem ordem:
iron maiden: piece of mind
black sabbath: never say die
dio: sacred heart
judas priest: point of entry
judas priest: ram it down
manowar: fighting the world
megadeth: so far so good so what
metallica: load & reload
ozzy: bark at the moon
AC/DC: for those about to rock
van halen: women and children first
kiss: dynasty
Tentei colocar algum do Motorhead mas não consegui definir qual.
Nota: acho todos esse albuns exelentes e gosto muito deles, mas fica claro pra mim que algumas canções estão bem abaixo das outras, e na minha opinião se classificam como fillers.
Marco Txuca
13 de março de 2012 @ 17:58
Complicado mesmo, e gerador de discordâncias. Por exemplo: o “For Those About to Rock” já acho um álbum fraco. O “Ballbreaker”, q acho fraco, parece ter uns “fillers”. Daí, ñ sei se encaixa.
O mesmo pra “Never Say Die!”, pra mim um álbum sem inspiração. As duas ou 3 músicas boas dele, tivessem entrado no “Technical Ecstasy” tvz o melhorassem substancialmente.
Ainda q eu adore “Tecnhical Ecstasy”.
De minha parte, incluí “Master Of the Rings”, pq a versão q inclui um 2º cd, com sobras e covers, acho muito melhor q as músicas do cd lançado. Tanto quando o cd bônus do “Chameleon”, q ñ incluí por achar um álbum ruim.
Apesar de eu gostar.
E fiquei pensando tb: caso o “Mesmerize”/”Hypnotize”, do System Of A Down, tivesse sido lançado duplo, provavelmente seria incluído neste seleto rol. Ou poderíamos considerar UM ÁLBUM INTEIRO (no caso, o “Hypnotize”) como álbum como “fillers”?
Do Motörhead, tvz se encaixasse o “Snake Bite Love”. Mas deve ser pq li entrevista com Mikkey Dee se queixando q alguns sons (ñ falou quais) poderiam ñ ter sido incluídos, q eram dignos de “demos” ainda… Sei lá.
O “Alice In Chains”, do cãozinho tripode na capa, tinha chutado, mas Louie ñ curtiu. E acho ñ ser o caso mesmo. Mas a partir da comparação com o “Black Gives Way to Blue”, soberbo, q faz do outro um álbum com sons legais e outros ñ tão inspirados. Mas ñ “fillers”.
doggma
13 de março de 2012 @ 21:51
Então, entre esse aspecto de “canções bem abaixo das outras” e o de “gerador de discordâncias”, cometerei uma pequena heresia aqui. “Ride the Lightning”, músicas “Trapped Under Ice” e “Escape”.
Poderiam ser da categoria “fillers legais” e até render outra lista temática dos “melhores fillers”? Ou seriam simplesmente sons subestimados?
Marco Txuca
13 de março de 2012 @ 21:59
Heresia!! “Trapped Under Ice”, se fosse ranquear o “Ride the Lightning”, ficaria em 2º pra mim!
Acho sons subestimados esses. “Escape” tb é legal, vai!
Mas inventar sub-categoria (“fillers legais”) acho q vai mais atrapalhar q encaminhar o post, hum??
*****
Outras lembranças q me ocorreram: “Com a Corda Toda” (Garotos Podres). 3 sons legais, outro monte de encheção de lingüiça, incluídos 3 ou 4 enxertos de sons do 1º disco deles (ñ são regravações) pra… render meia horinha de disco.
“Ninguém Me Escuta” (Não Religião): disco fraco, fraco, fraco. 1 som legal (“Pecado”. Legalzinho) outros TODOS encheção de lingüiça, incluídos sons enxertados dos 2 álbuns anteriores dos caras.
Ñ a tôa, viram q o título era mais q um título e a banda acabou logo depois.
****
Do Megadeth, märZiano, acho q incluiria o “Peace Sells” na categoria. Pois as 4 últimas faixas ñ são assim ruins, mas estão bem abaixo das 4 primeiras. Ou “lado a”, doutros tempos.
O “So Far, So Good…” acho q tem músicas boas. As músicas fracas são só fracas. E nada me tira da cabeça de q foi a demo q eles entregaram pra gravadora ahah
***
E outras dúvidas heréticas q me ocorreram:
1. “Coma Of Souls” (Kreator) entraria numa lista “fillers”?
2. dos seguintes do Testament – “Souls Of Black” e “The Ritual” – qual tvz coubesse mais?
marZ
13 de março de 2012 @ 22:23
Quanto ao Não Religião: 1 som bom e o resto todo fraco? Aí já conta como album ruim.
O Peace Sells talvez proceda, realmente o Lado B perde de muito do A. Mas ainda fico com o So Far (já ouviu a versão remaster? muuuuuito melhor).
Concordo com o Doggma: também sempre achei Trapped e Escape fraquinhas, apesar de gostar. Mas são somente 2 faixas, é pouco.
Marco Txuca
14 de março de 2012 @ 03:13
Mais critérios ainda a definir então, märZiano:
1. qual proporção de “fillers” pra com as boas? (Se o Não Religião ñ serviu por excesso e o “Ride the Lightning” por penúria)
2. entra boa ou má produção de álbum? O remaster do “So Far, So Good…”, ñ entendi bem, isenta ou reforça o álbum “filler”?
***
Outra dúvida q me ocorreu, eu q ñ sou tão assíduo nos discos do Ozzy: “Ozzmosis” entraria pro rol??
marZ
14 de março de 2012 @ 09:17
Acho que isso tudo é pessoal, cada um que use seus critérios pra definir. Eu vou que tem que ser uns 40 a 50% das faixas.
O remaster do So Far não melhora a qualidade das composições, somente de como o album soa. Quis dizer que a impressão de “demo” que você mencionou muda completamente.
Ozzmosis pra mim é ruim de doer, por inteiro. Pra mim o pior album da carreira de Ozzy.
Marco Txuca
14 de março de 2012 @ 12:39
Bem… acho q já vou chegando em 10 álbuns assim, convictos.
E quanto ao q levantei sobre Testament e Kreator, alguém endossa ou veta??
Louie Cyfer
14 de março de 2012 @ 15:09
Endosso o The Ritual como ótimas músicas e outras do tipo “galera temo de entregar tantas músicas pra gravadora lançar o disco”.
Talvez um dos poucos q realmente endosso com sendo de “fillers” (aliás Jânio ficaria orgulhoso pelo Título do post… hehe) é o Hypnotize q é um tanto esquisito e chato. Engraçado q o álbum deles definido como Fillers (Steal this Album) é ótimo e muito superior ao comentado.
Como disse Marz tem motivação pessoal as escolhas, com certeza serão bem diferenciadas…
– Far Beyond Driven (esse é foda pq tem muitas das melhores musgas dos caras, mas tem uns fillers com força)
– Fly on the Wall – AC/DC
– Malmsteen – quase tudo depois do Marching Out…
– Ram it down – O Point Não Porra, adoro ele… e olha q temos uma foto segurando o vinilzao Marz!!!!!!!
– Red Hot do By the Way pra frente… sempre tem uma hora q enche o saco…e tome fillers!!
– Blackacidevil – Danzig – Se bem q acho q esse é ruim msm!!
– Ozzmosis
– Load e Reload
e por aí vai….
marZ
14 de março de 2012 @ 16:52
Sei que você se amarra no Point Of Entry, Louie, e eu também. Mas foi composto a toque de caixa depois do sucesso de British Steel e é recheado de fillers e canções pouco inspiradas.
Tiago Rolim
14 de março de 2012 @ 22:13
Cara do Iron TODOS os discos do Seventh Son… pra frente. Tem umas 4 ou 5 músicas boas/ótimas( e olhe lá!), e o resto é resto p encher linguiça de vegetariano(aquelas feitas de soja!).
Realmente o Load/Reload deveriam ser um disco só.
Ozzy a mesma coisa do Iron. Do Ozzmosis p frente… E olhe que sou fã doido de Ozzy visse?!
E é bom nem falar de Sepultura e Max Cavalera solo…
Marco Txuca
15 de março de 2012 @ 00:36
Vamos lá, q agora parece q engrenou:
* “Blackacidevil” pra mim, Louie, é disco ruim com umas duas ou 3 boas (as com o Cantrell, ñ coincidentemente)
* “Load” e “Reload” acho q encaixam no q doggmático dogmatizava no “Ranqueando” lá atrás: o 1º, um misto de sons bons com ruins (acho q só 1 “filler” – “Bleeding Me”), o 2º, um disco melhor com algumas piorzinhas. Tanto q já brincamos por aqui (ñ lembro quando) de fazermos 1 “Load” só…
* “Far Beyond Driven”? Tvz o “Vulgar Display Of Power” tenha mais “fillers”, hum?
* quanto ao SOAD, endosso 100% isto aqui:
“Engraçado q o álbum deles definido como Fillers (Steal this Album) é ótimo e muito superior ao comentado”.
Digo ainda mais: pra mim, só perde pro auto-intitulado inicial!
***
Tiago vem com radicalismos maidenianos ahah
Mas acho q mesmo o melhor disco pós “Seventh Son” ainda ñ é semelhante ao q estamos buscando como semelhantes ao “Piece Of Mind”: discão com umas faixas nada a ver. Sacou?
O “Max Cavalera solo” ñ entendi. Cuma?
****
Uma lista mais ou menos convicta q já venho formatando:
1. “Piece Of Mind”, Iron Maiden
2. “Tempo Of the Damned”, Exodus
3. “Peace Sells… But Who’s Buying?”, Megadeth
4. “Too Tough To Die”, Ramones
5. “Test For Echo”, Rush
6. “Master Of the Rings”, Helloween
7. “Rosenrot”, Rammstein
8. “The Miracle”, Queen
9. “New Adventures In Hi-Fi”, R.E.M.
10. “Com a Corda Toda”, Garotos Podres
Tiago Rolim
15 de março de 2012 @ 11:46
Sim, pois o nome “Soulfly” é nome fantasia p abrir firma hehehe. Ele faz tudo sozinho saca. As vezes(quase sempre), chama convidados e divide com eles uma letra ou uma música. Mas 99% é ele só mesmo. E ele ja admitiu isso até em entrevistas. Como ele não toca todos os instrumentos ele chama os funcionários sacou?
Tiago Rolim
15 de março de 2012 @ 11:48
Sério Marco, so o Piece Of Mind? Nem o Fear Of The Dark? Ou o Dance Of Death, ou o A Matter… , ou o The X Factor…
FC
15 de março de 2012 @ 15:46
Indo na carona do Tiago, também considero o Powerslave, o Fear of the Dark e o No Prayer.
marZ
15 de março de 2012 @ 19:37
Powerslave?! Pegaram pesado ae. =)
E não confundam sobras com fillers, vide o Steal This Album. Nunca foi anunciado como um “cd de fillers” e sim de sobras de studio. E concordo que não fica nada a dever aos albuns “regulares” da banda.
doggma
15 de março de 2012 @ 20:05
Pô, o “Powerslave” nããooo…
Louie Cyfer
16 de março de 2012 @ 08:45
Powerslave???
Ish… hehe.
FC
16 de março de 2012 @ 10:47
Pô, sempre achei Losfer Words, Flash of the Blade, Back in the Village e The Duellists encheções de linguiça. Ou seja, metade do disco.
marZ
16 de março de 2012 @ 14:19
Nuss!
Louie Cyfer
16 de março de 2012 @ 14:22
Nuss! (2)
… de boa FC! 🙂
Marco Txuca
16 de março de 2012 @ 18:19
Cara, vc só ouve as duas primeiras e pula pras duas últimas, hum?
Pensei q o consenso geral de “filler” no “Powerslave” seria só “Back In the Village”…
Acho q os critérios teriam q ser revistos. Lá do início. Q se vejam “fillers” no “Fear Of the Dark” ou discos pós “Seventh Son”, nada contra. Mas será q ñ se está confundindo “sobras de estúdio” ou “músicas fracas” com “fillers”??
Digam ae, märZiano e doggmático??
***
Outros discos q me ocorreram, o 1º a la “Piece Of Mind” (músicas muito boas com músicas claramente feitas só pra encher disco), o 2º meio q ñ…
“Descanse Em Paz” (Ratos de Porão)
“Bravo” (Dr. Sin)
E ae??
marZ
16 de março de 2012 @ 18:58
No caso do Powerslave, creio que concordo com Back In The Village e Losfer Words, mas o resto nem pensar! Acho que se deve mais a gosto pessoal mesmo.
Marco Txuca
16 de março de 2012 @ 19:10
Putz! “Losfer Words” “filler”??
Numa lista de 10 melhores sons instrumentais do metal, tá facinha no meu top 3…
marZ
16 de março de 2012 @ 21:27
Também me amarro nela, mas será que foi composta especificamente para o album? Me parece mais uma jam de studio que foi lapidada e colocada pra fazer número, apesar de ser do caralho. Mas essa é só minha opiniãozinha.
Quer saber de um puta disco clássico que é filler total? Detroit Rock City do KISS. Basta ler a bio deles pra constatar.
Marco Txuca
16 de março de 2012 @ 21:37
Os Rolling Stones tb são prodigiosos em fazer discos assim. Ñ tem a estória q uns 2 ou 3 deles foram feitos de músicas q “sobraram” de outros?
Lembrei dum disco, convicto, pruma lista minha definitiva: “Gothic Kaballah” (Therion)!
(q ainda por cima é desnecessariamente duplo!!)
Minha lista definitiva neste aspecto:
1. “Piece Of Mind”, Iron Maiden
2. “Tempo Of the Damned”, Exodus
3. “Peace Sells… But Who’s Buying?”, Megadeth
4. “Too Tough to Die”, Ramones
5. “Test For Echo”, Rush
6. “Gothic Kaballah”, Therion
7. “Master Of the Rings”, Helloween
8. “Descanse Em Paz”, Ratos De Porão
9. “New Adventures Of Hi-Fi”, R.E.M.
10. “Com a Corda Toda”, Garotos Podres
***
Quanto ao Jânio Quadros, Louie, a intenção foi fazer o “velho decrépito” rodopiar na cova
E pq ñ caberia o famoso “Bebo Porque é Líquido, Se Sólido Comê-lo Ia” ahah
doggma
17 de março de 2012 @ 17:08
“sobras de estúdio”, “músicas fracas” e “fillers” são coisas distintas, se auto-explicando em termos.
“Losfer Words” ninguém tasca.
Sinto que os “Use Your Illusion” foram subestimados nos comentários. Dois LPs duplos…
marZ
17 de março de 2012 @ 17:33
É verdade.
Marco Txuca
18 de março de 2012 @ 01:40
Pois é, conceituadores: parece q ainda reside confusão em “sobras”, “músicas ruins em álbuns bons” e “fillers”.
Até mesmo pra mim.
“Losfer Words”, se foi como levantado pelo amigo märZiano, foi mesmo composta em estúdio e “lapidada e colocada pra fazer número”, caralho, q inspiração os caras tiveram e q LUZ o tal Martin Birch teve!!…
Bem lembrados os “Use Your Illusion”, doggmático. (E, aliás, vc ñ fez uma lista aqui, ñ??). E fácil falar, agora q foram citados, mas eu tinha até lembrado deles. Na minha lista definitiva acima, coloco “Use Your Illusion II” no lugar do R.E.M.
Em 7ª colocação, jogando Helloween e Ratos De Porão um degrau abaixo cada.
FC
18 de março de 2012 @ 15:29
“Cara, vc só ouve as duas primeiras e pula pras duas últimas, hum?” – Nada, eu pulo 2 Minutes to Midnight, não aguento mais ouvir, igual The Trooper. Ok, exagerei em Flash of the Blade.
Enfim, acho que viajei no conceito, mas eu sempre achei que as citadas foram compostas no esquema “ainda tem tempo sobrando no disco, vamos compor mais algumas pra completar”.