Preguiça monstra de postar o videoclipe da “Enter Sandman” versão Motörhead e ranhetar sobre o tal “Motörhead day“. WTF?!
(algum dia pra vender quinquilharias? Tipo Dia das Mães e Páscoa? Ou então um desses milhares de dias q a internet “cria” por likes, como Dia do Beijo, do Amigo, do Sexo?)
(a hora em q criarem o “Dia do Carrapato Caolho Q Fuma Marlboro (Pelo Cu)”, daí eu deixo de implicância)
Preferi postar isso acima. Pauta “classicrock” e um tanto manjada – conhecia as histórias do ThePolice (“Roxanne”) e do Nirvana (“Polly”) – mas curti as outras e proponho elencarmos outras q faltaram.
Outras, plural. Sim.
Por ora, 2 erros famosos em músicas q me ocorrem:
“Whiplash” (Metallica): no último refrão, Lars errou e a bateria ficou no contratempo. Deixaram assim. Eu gosto.
a famosa introdução de “Fireball” (Deep Purple), em q o acorde fodástico inicial de Jon Lord foi acompanhado do ar condicionado do estúdio sendo ligado naquele mesmo instante
Monte de tecladista passou anos tentando achar aquele timbre, em vão. Segue o jogo?
Não é o primeiro fanvideo cometido, nem será o último.
Tampouco é o melhor q já vi.
Mas achei foda, muito foda.
Tanto q me fez lembrar q tenho o “StrangeHighways” por aqui, q devo “arrumar tempo” pra revisitar. Tvz. Alguma hora ahahah
Assim: tenho postado por aqui, e comentado com amigos, minha ranzinzice pra com youtubbers, influencers e podcasts basicamente rasos e fundados na idéia de q todo mundo é artista (Andy Warhol previu “famoso”, q é outra coisa) e interessante. Aham.
De q basta ligar uma câmera e ter seguidores. (Não se fala q se pode comprar robôs…). De q não precisa nem ter pauta, afinal a “inspiração” ocorre. SQN.
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Voltando ao vídeo acima: exala talento, recursos e esforço empregado. Ah, o videoclipe é arte morta? Não mesmo.
O tal Fábio Rocha, autor, desconheço se recorrente nesse tipo de arte, ou se alguém q trabalha com conteúdo (palavra-chave) e daí cometeu o vídeo pra se divulgar.
Vai q é só um fã de Dio q se prestou a esta puta obra de arte; de todo modo, investiu tempo tb na descrição do clipe, abrindo mão de qualquer direito autoral e dando a deixa de ter usado imagens de um “banco Pexels de imagens gratuitas”. Deu a letra, é isso.
A tecnologia não substitui a Arte, afinal.
E o final só faltou uma legenda de CHUPA pra Ricardos Confessori, metaleiros (masculinos e femininos) isentões de direita e congêneres. Ao mesmo tempo em q tanto faz: não entenderiam mesmo, curtem metal “só pelo som”, já compraram ingresso pro Manowar e não se aguentam de ansiedade pelo próximo Rock In Rio.
Com Franga,Shamerda e Nocturnall, claro. Bora apoiar o metal nacional e chorar pelo Andre Matos (sem acento).
Quão underground uma banda chega a ser? O MetalArchieves tem 166820 bandas, entre antigas e novas + ativas e encerradas, cadastradas. Não tem o CircusSatanae.
CircusSatanae é banda dum cara só, e entendi q radicado em MG, q compôs, tocou, cantou e gravou este “NuclearMoments…” em homestudio, bateria eletrônica e etc.
As letras são esquerdistas, sim. “De protesto”, como se dizia antigamente. E focadas na era bozolóide, com críticas a terraplanismo (“Flat Earth!”), classe média equivocada (“Brazilians Rightist”), aos banqueiros sanguessugas (“Banker’s Guillotiner”) e etc.
Mesmo a quem discordar, não dá pra entender muito. Os vocais ininteligíveis – algumas horas guturais, outras berreiro – e o inglês às vezes primário numas letras, não colaboram. O q fica é a mensagem. Clara. Óbvia.
E o som? Grindcoreavant-garde, o q significa barulheira inveterada e soando orgânica, entremeada por passagens melódicas, maneirismos à Fantômas e até versão pra “In the Hall Of the Mountain King” (de Grieg). Difícil explicar, mais fácil tirar 27’32” pra ouvir.
O principal atributo deste artefato (de 2021), pra mim são dois: produção e apresentação. De primeira, melhor q muito cd de banda majoritária: gravação e masterização nível gringo e capa + encarte em papel de ótima qualidade. Parece cd importado de verdade. Duma banda q não deve tocar ao vivo, não se propõe.
Lord Ciaabatator (o líder da horda) conseguiu algo aqui q penso q tem q ser ouvido por quem lida com som e/ou trabalha com produção. Além disso, faço recomendação a quem ainda (não por aqui) acredita de verdade q heavymetal no Brasil é só Angra (e dissidências atrozes) e Sepultura (com Max e Igor ainda): atraso de vida acho pouco!