TOMAS HAAKE FAALA E SE ENTREGGAH
Última parte fatiada q fiz da entrevista de Tomas Haake pra Modern Drummer Brasil recente (# 167).
No q cumpre lembrar q editei bastante coisa, bastante tranqueira (o entrevistador pareceu querer promover a própria banda tb, já q é baterista da banda de abertura do show recente) e perguntas chavões, q descrevo no ‘so let it be written’ caso interesse.
MD: Que processo você utiliza para memorizar músicas tão complexas como Bleed, Elastic, Dancers to a Discordant System para tocá-las ao vivo? Alguma dica para memorizar linhas como essas?
Haake: Uma vez que uma música esteja finalizada, eu simplesmente escuto, escuto, e então escuto um pouco mais para que cada parte da música se torne um movimento contínuo – em oposição ao pensamento de “certos padrões que se repetem”.
MD: Fisicamente, conforme os anos passam, as coisas ficam mais difíceis de tocar? Como você lida com isso?
Haake: Na verdade, durante os anos tentei tocar de forma mais relaxada e usar menos força. Isso, combinado com a mudança do kit para ser mais ergonômico, realmente me ajudou a sentir menos dor.
MD: Você tem algum plano de lançar material didático? Já pensou a respeito disso?
Haake: Penso a respeito disso, mas ao mesmo tempo sou um cara muito “baterista de banda” e não necessariamente um grande fã daquela coisa do “foco na bateria e no baterista”, mas vamos ver…
André
20 de dezembro de 2016 @ 07:54
Objetivo nas respostas. Ao mesmo tempo que o é didático e metódico pra caramba, ele passa uma imagem de despreocupação, se é assim que posso dizer. O entrevistador sempre usa um tom reverente e endeusador (exagero) e ele nem aí. Tipo, eu faço isso desde sempre, não tem nada demais. Mas, tem. Hehehe
André
20 de dezembro de 2016 @ 08:01
Sobre decorar as músicas, outro dia vi um músico dessa onda instrumental de “jazz” e mpb falando que ele não gosta de ouvir muitas vezes a música que ele vai tocar por que isso mata a espontaneidade. Pra mim, soa pretensioso, mas, quem sou eu, não é mesmo?
Por outro lado, já vi o Ed Motta explicando que esse tipo de papo é balela em muitos casos. Nos álbuns dele, tudo é definido por ele, até os mínimos detalhes. Não tem essa do cara chegar e tocar o que ele sente que é pra tocar na hora.
Marco Txuca
20 de dezembro de 2016 @ 12:00
A clareza e objetividade nas respostas é ímpar. E exemplar. Tá se lixando pra bajulações.
Como tb pra famigerada e irritante pergunta: “o q vc conhece dos bateristas brasileiros?”, cometida ao final. E ñ sem o entrevistador dar duas “brechas” anteriores, q ele ñ captou.
Resposta objetiva e sem médias diplomáticas: “não sou tão familiarizado com muitos artistas brasileiros. Os poucos q conheço são do metal, como Elóy Casgrande, do Sepultura, assim como seu baterista anterior, Jean Dolabella, e o baterista original da banda, Iggor Cavalera. Isso é basicamente o que sei sobre bateristas brasileiros”.
E como a entrevista se deu previamente por email, ñ duvido q Haake tenha pegado os nomes dos bateristas brasucas pelo Metal Archieves.
Pra quem lê a Modern Drummer mensalmente, sabe q o entrevistador queria ouvir do Haake elogios ao tal Elóy (herói?) e, quem sabe, ao Aquiles Priester (presta?), este último de páginas e páginas de anúncio na revista (propaganda de baqueta, de banco, de máscara, de sapatilha) em outros tempos.
Ñ, o cara ñ conhece o “metal nacional”. Deveria?
Marco Txuca
20 de dezembro de 2016 @ 12:04
Outro mito q cai é a pauta irritante da Modern Drummer Brasil em querer louvar em bateristas das antigas, heróis da bossa nova e/ou pilares da brasilidade q supostamente influenciaram meio mundo.
Na intro da matéria, o tal Edu Garcia (do tal John Wayne, q achei muito ruim) descreve o espanto:
“Dentre muitos assuntos no backstage, me assustei ao saber que o Tomas não sabia ler partituras, já que mostrei algumas de ritmos brasileiros. Acabei deixando com ele o livro do Nenê (“A Bateria Brasileira do Século XXI”), para quem sabe um dia se anime a ler. Fiquei me perguntando: como ele decora tudo aquilo?”
Cabeludo patriota sem noção. Só faltou desmerecer o cara por isso. Será q ele realmente pensou q o cabra um dia se anime a meter um baião no Meshuggah?
Bah
Andre
21 de dezembro de 2016 @ 16:05
Nao duvido. Esses idiotas vivem desse expediente de endeusar qualquer um. Nao que o Eloy e o Aquiles sejam qualquer um.
O Tomas ta se cagando pra ritmos brasileiros. Ja passou dessa fase. Deve ouvir jazz de vez em quando e olhe la. Ele mesmo citou alguns bateras de fusion que ele ouvia laaaaaaaaaaaaaaa no inicio da decada de 90 e que esses bateras de revista nao superaram ainda.
Marco Txuca
22 de dezembro de 2016 @ 03:24
Pra mim, Eloy e Aquiles são qualquer um. O q produziram de relevante até hj q ñ seja imprensa paga-pau tentando endeusá-los além da conta?
Ao mesmo tempo, tenho q se tivesse sido entrevista cara a cara, ao vivo, provavelmente fiascaria totalmente, à medida em q o tal Edu Garcia tinha pauta pronta e feita, e tvz ñ tivesse recursos/condições de rebater tanta resposta inesperada. Didática e metódica ao extremo.
(ñ a toa tb, q o cabeçalho da matéria conta com “colaboraram: Amílcar Chirstófaro, Armando Cardoso, Fernando Schaefer e Vlad Rocha” – “colaboraram” significaria gente q ajudou o sujeito com perguntas e/ou informações?)
E imagino q respostas como a q cita os “sepulturas” tvz criem algum “ranço” da parte dum certo público da revista, q às vezes poderia conhecer melhor a banda se fiando negativamente por esse tipo de pergunta “perfil do consumidor” meio torta.
Quando o q tenho é o Meshuggah ser das raras bandas atuais com uma proposta diferenciada, entende?
Marco Txuca
22 de dezembro de 2016 @ 03:34
Pego a brecha “didática e metódica” ainda, amigo, de aspectos q vc ponderava na 3ª parte ali atrás:
sujeito demonstra um conhecimento técnico e um viés democrático na banda q surpreende. Por ñ estarmos acostumados.
Assim: quando se trata de Maiden, sabemos q é Steve Harris quem manda ou formata resultado final; assim como pensamos em Dave Mustaine no Megadeth, Hetfield no Metallica carregando todos os outros nas costas e etc.
Vc pega a ficha de “The Violent Sleep Of Reason” e vê q 6 (SEIS) dos sons são parcerias do Haake com o baixista Dick Lövgren (“Clockworks”, “MonstroCity”, “By the Ton”, “Violent Sleep Of Reason”, “Stifled” e “Nostrum”), sendo autorias musicais e Haake tb cometendo sozinho as letras.
Quer dizer, baixista e baterista cometendo 60% dum disco duma banda fundada em guitarras rítmicas afinadas 3 tons e meio abaixo do habitual. Sem aparentes conflitos de ego ou liderança, já q em “Koloss”, participações do vocalista – q nada toca – se fizeram notar tb. Só eu acho isso muito foda?
märZ
22 de dezembro de 2016 @ 11:22
Combinação indivíduos talentosos + egos contidos?
Fosse a banda mega bem-sucedida com milhões de discos vendidos e shows em estádios (vide as que citou), continuaria a mesma coisa?
André
22 de dezembro de 2016 @ 15:31
Não faço ideia. Os caras sabem que o tipo de som que eles fazem não é pra milhões. Então, os caras vão tocando como dar. Mesmo assim, eles estão em um patamar que muitas apenas sonham.
Sobre o batera da revista desmerecer o Tomas por não saber ler partitura, pau no cu dele. O cara toca no Meshuggah e ele no John Wayne. Fim de papo.
Sobre o Aquiles e o Eloy, concordo em partes. Músico no Brasil que não faça parte da panelinha desse mainstream capenga, tem que virar músico de workshop e revista.
Marco Txuca
23 de dezembro de 2016 @ 00:16
Ôba!
.
märZ: além de tua equação, a idade. Tirando o baixista, novinho em seus 36 anos, todos ali já passaram dos 40 (o vocalista já está com 50 anos!) e certamente já se desiludiram com mainstream e céu de backstage atulhado com 50 groupies pra cada fio de cabelo bangeado.
Fora q cada um deve ter seu trampo na Suécia, no q redunda fazerem o q querem. Liberdade artística.
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André: “panelinha desse mainstream capenga” e “músico de workshop e revista” são as mesmíssimas pessoas.
Ñ acha espaço aqui? Pega a grana da 127ª guitarra – fica só com 126 – e parte pra tentar tocar fora. O tal do Aquiles até tentou, indo tocar com Vinnie Moore e Primal Fear, mas ñ deve ter durado pq ñ sabe ser acompanhante. (Eu acho: alguém tem provas/links?). Quer ser protagonista.
O Elóy é bão pra caralho? Arrume trampo no Soulfly, vá tocar com Ozzy, fazer teste em Primal Fear e outros da mesma 3ª divisão.
Se nego quer trabalhar, vai arrumar trampo. Se quer confete, ficando por aqui vai se foder o resto da vida prestando-se a ridículos inomináveis. Tipo Nocturnall.