TOMAS HAAKE FAALA E ME AGGRAHDA

Segunda parte de trechos q pincei da Modern Drummer Brasil recente (# 167) com Tomas Haake na capa:

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MD: Você influenciou toda uma geração de bateristas de metal, e você e o Meshuggah são responsáveis pelo nascimento de um novo estilo, o djent. Mesmo tocando em uma banda de metal, mas com uma nítida influência fusion, você se considera um baterista de metal? Por quê?

Haake: Eu definitivamente me vejo mais como um baterista de metal do que de fusion. Não acho que entre nossas influências o fusion ainda esteja presente. Isso foi algo que fez parte de nossa música mais no princípio da banda. Mas, de uma forma geral, não me considero um baterista de metal também – pelo menos não se você comparar meu estilo ao dos verdadeiros bateristas do gênero, como Gene Hoglan, Dave Lombardo etc. Esses caras são bateristas do metal realmente!

MD: Há algum baterista desta nova geração que chama mais a sua atenção?

Haake: Existem muitos ótimos bateristas jovens por aí! Caras como Matt Garstka, do Animals as Leaders; Matt Halpern, do Periphery. Meu baterista favorito do momento é Calle Bäckström, de uma banda de Estocolmo chamada C.B. Murdoc.

MD: Você tem uma rotina de estudos? O que mais gosta de praticar e quais são suas inspirações para criar algo novo?

Haake: Sempre fui relapso em termos de rotinas de prática, e às vezes fico semanas e até meses sem tocar. Realmente não ‘estudo por estudar’. Faço minha prática quando ensaiamos antes das turnês e quando estou aprendendo novas músicas antes de gravar um novo álbum.

MD: Você já afirmou que levou algum tempo para desenvolver o groove de Bleed com fluência. Teve algum outro desafio específico de nível similar?

Haake: Sim, Bleed foi de longe a música mais difícil de aprender, mas os desafios não são necessariamente os técnicos. Conforme ensaiamos e tocamos ao vivo junto com click, às vezes a música menos técnica pode ser a mais difícil de tocar devido ao andamento do metrônomo. Determinado estilo a um certo andamento pode fazer uma música ser mais complicada de tocar do que outra que soa extremamente técnica.