PITACO

Printando duma polêmica levantada por André Barcinski e replicada no grupo “GARAGEM” (aquele ex-pograma q ele apresentava e furava cds ‘ruins’ com furadeira…) no Facebook, q eu dei uma bedelhada.

A polêmica:

Meus apartes em 3 partes:

Muito me espanta Holland, q fez “Billy Elliot”, desconhecer. Ao mesmo tempo, não: a real é q Almodóvar me parece cineasta de nicho hipster. Mesmo aqui, mesmo nos EUA. Vou tentar abordar em 3 partes o assunto:

1) vejo um início hipsterado de “sou anti filme Marvel”, quando me parece q os filmes de super-heróis deveriam ser só um nicho de cinema. E se tornou hegemônico. Em parte pela falência do cinema perante a Netflix (os melhores roteiristas foram fazer séries, abandonaram o cinema), em parte pq só sobraram Marvel, DC e James Bond, na inércia. Aliás, o cinema está tão bizarro – alerta de spoiler – q assassinaram James Bond e a repercussão é zero.

2) elencos dos filmes Marvel/DC (aliás, precedidos pelos Harry Potter? Por Star Wars?), repletos de oscarizados: Anthony Hopkins, Cate Blanchet, Kenneth Brannagh, Robert Downey Jr, Tom Hiddleston, Brie Larson, Willem Defoe, Edward Norton, Benedict Cumberbach, Cristian Bale, Gary Oldman, Selma Hayek, Tilda Swinton, Bradley Cooper, Amy Adams, Natalie Portman, Ian McKellen, Hugh Jackman, Nicolas Cage, Michelle Pfeiffer, Michael Douglas, Emma Stone, Robert DeNiro, Joaquim Phoenix, Heath Ledger (aliás, os 2 últimos oscarizados, e os únicos do segmento), JK Simmons e etc. Monte de ator bom, fazendo filme comercial. Filmes artísticos? Cadê Woody Allen, Coppola, Scorcese? Morrendo ou requentando franquias pessimamente, como Ridley Scott

3) existe a Netflixzação e a Spotifyzação, q vem a reboque da molecada videogame: toda uma molecada sem cognição pra filme de mais de hora e meia, mas q empreende maratonas de mais de 10 horas de séries ruins. Q não ouve um álbum inteiro – e nem saca o conceito de álbum – só músicas avulsas, dentre as 5 mais ouvidas worldwide, ditadas pelos algoritmos. Vejo tudo isso como conseqüência e sintoma, não como causa. Acho mais grave estarmos expostos a youtubbers, digital influencers e atores da Globo oligofrênicos (segmento classe média/média alta, tornado ator pelo curso Wolf Maya), bolsonóias por convicção ou inércia, e q não perdem câmara ligada pra falar bosta. Tom Holland deve ter ouvido falar em Woody Allen, Coppola, Scorcese, tvz seja um caso excepcional. Ao mesmo tempo em q vejo uma molecada millennial, gamer, Netflix/Spotify ávida por conhecer mais dos assuntos, sem ranços ou sectarismo.

O problema é q a indústria do entretenimento parece ter engolido tudo. O buraco parece muito mais em cima. E embora eu só tenha graduação em Psicologia, uma pós em Musicoterapia e alguma idade + senso crítico, me sinto autorizado a opinar sobre tudo isso aqui. Pq o ruim não é roubar e não conseguir fugir: o ruim acho continuar bovinoafetivo, terraplanista, refém de Spotify e Netflix.

Matrix parece cada vez mais documentário q franquia ruim.