20 ANOS DEPOIS…


… o q “ficaram”?
… o q “ficaram”?
Release em “Ashes to Ashes” (2010) lavrado pelo chefão Leif Edling, descrevendo circunstâncias realistas e contingências tvz inimagináveis pra uma banda com o tempo de estrada q tem o Candlemass:
“Death Magic Doom was the turningpoint for us. All of a sudden we were back up here – in demand, getting great reviews, playing gigs for lots of people. Shit… even Sweden Rock Festival wanted us! The big stage at 5 PM, before ZZ Top and Twisted Sister. And we did good: 25,000 people cheered during our set… goosebumps!
Of course all wasn’t cool on stage. My wireless setup didn’t work in the first song, and I even had problems in the next. But that’s how it is with technology. The more hi-tech you get, the more problems you will have with it. Same thing in Greece. The soundcheck worked fine, but the second you walk on stage, no fucking sound from the bass rig. Smile… no problem… all is under control…
People always ask me, what do you prefer – a huge outdoor stage or a smaller club? My answer is ‘both’! I love the big summer festivals, the atmosphere, the party, hanging out with old and new friends, the massive crowds! But I also have a weak spot for the clubs. The sweat, the intimacy, the communication, the rawness!
On this dvd you get both! A great representation of Candlemass 2009. Two of the best shows we played this year. Sweden Rock Festival and Club Gagarin in Athens. Outdoors vs indoors. Big versus small. 25,000 people vs 1,000. Daytime… evening… One more polished and produced, the other really brutal and in your face. Hope you enjoy both as I do!
And last… what can be said about Greece that haven’t been said before? We love the food and the wine, the greek hospitality, a stroll around the Akropolis in the sun… The beautiful women! Not to mention the greek metal and doom fanatics that makes every show very special. Thank you so much… we love you all! Here’s the full show including mistakes and all (minus a broken snare and ‘Kill the King’, hehe..) … Enjoy!!“
Show inusual a q assisti na quinta última: primeira vez q decido ir de última hora, comprei ingresso na bilheteria ao chegar.
Ñ sou o maior fã, tampouco conhecedor convicto e invicto da discografia. Tb ñ sei opinar sobre o vazio deixado por Messiah Marcolin, uma vez q só tenho álbuns da “fase Robert Lowe”. Q sei ñ ser unanimidade. Fui pra curtir, sem idealizações ou expectativas prévias, e tb pela companhia de dois amigos fãs xiitas dos suecos. Foi legal por isso tb.
A apresentação? Hora e meia cravada, com bis. Difícil ver banda gringa romper esse protocolo. Lotou? Digamos q foi sábio da parte dos organizadores terem migrado o evento do Carioca Club pro Clash Club.
(e mesmo assim ñ lotou)
Repertório? Só velharia (só uma da “fase Lowe”), o q gerou comoção entusiasmada, por vezes pateticamente homoafetiva (cheio de tiozões dividindo o espanto ante tantas músicas antigas, ora se abraçando, ora brindando com breja, ora percutindo os bumbos nas costas do amigo)… no q comento ñ por homofobia, mas pelo ridículo da coisa.
Só fã de metal mesmo.
Abertura: o Helllight, q já tinha visto abrindo pro Tarot anos atrás. Brasucas q fazem um autointitulado “funeral doom“, q faz as cadências típicas do Candlemass parecerem Slayer, comparando. Cheguei com eles já tocando, meio encerrando. Troquei idéia com Fabio (vocalista/guitarrista + amigo dos amigos acima citados) sobre o quão difícil prum baterista é tocar músicas tão arrastadas. Disse-nos q os ensaios duram duas horas, com tempo suficiente pra passarem 5 (CINCO) músicas. E q ñ conseguem fixar baterista na formação. Pudera: tocam em 30 BPM – coisa q nem Kitaro consegue, sei lá.
***
Passa uns 15 minutos, sem passagem de som pentelha, tampouco introduções pré-gravadas manjadas, e os suecos irrompem com tudo no palco. O atual vocalista, Mats Levén, de histórico com Therion, Yngwie Malmsteen e 280 bandas outras (por alto) segurou a onda, vocalmente e em termos de carisma. Brincou com a cerveja oferecida à banda – “Skol” é “escola” em sueco – e com o tamanho da lata, pequeno pros padrões nórdicos. “Beer for kids”, dizia, entre gole e outro, entre som e outro, brindando: “Skol!” ahah
Estranhava o baixista, careca e barbudo, pouco parecido com o dono da lojinha, Leif Edling. Até q, pelas tantas, Levén o apresentou como sendo outro baixista, Lord K. Philipson. Exodus veio tocar aqui sem Gary Holt (na picaretagem miúda), mas os caras sem Edling ficou estranho como ficaria Megadeth sem Mustaine ou Annihilator sem Jeff Waters. WTF?!
***
A qualidade do som oscilou: horas q o vocal estava baixo, horas em q um dos amigos falava em ñ ouvir a caixa da bateria (falei q era pq estava bêbado ahah), mas no total passou. Faltando maior destaque pra Levén. Ao mesmo tempo, os sons são caracterizados pelos climas, pela soturnices e, por vezes, por um dedilhado torto cometido ou por uma timbragem no baixo quase saturada.
O amigo bêbado (fala, Inácio!) reclamou de “At the Gallows End” estar “muito metrônomo” – certinha, perfeitinha – quando nos tempos de antanho virava meio atropelo de andamentos entre os caras em determinada parte “rápida”. Mas é q os caras, sendo praticamente os mesmos, provavelmente aprenderam a tocar melhor os próprios sons. Ou o vêm fazendo com mais convicção e P.A.’s funcionando.
De qualquer modo, difícil a banda mais tosca existente (exceto Venom) ñ melhorar com o tempo. Candlemass melhorou com o tempo e entregou exatamente o q prometia: sons velhos, ambiência e profissionalismo. (Tirando a parte fajuta de “turnê de 30 anos”, claro. Com quantos parados?).
Em suma: um show acessível (150 contos na porta, fora o metrô), duma banda honesta (a la D.R.I. e Sacred Reich, parecem ter se tocado q música nova nada acrescenta ou agrega), numa noite perfeita pra quem acha q o Black Sabbath deveria ter parado no “Master Of Reality” ahah
Já vi shows bem piores e menos íntegros.
—
Set-list: 1. “Mirror Mirror” 2. “Bewitched” 3. “Prophet” 4. “A Cry From the Crypt” 5. “Emperor Of the Void” 6. “Under the Oak” 7. “At the Gallows End” 8. “A Sorcerer’s Pledge” 9. “The Prophecy” 10. “Dark Reflections” 11. “Crystal Ball” 12. “Solitude”
Ñ me considero aquele fã sangüíneo do Candlemass.
Nem bem um fã. Um pouco pq passei da idade. Outro tanto pq o “Nightfall” q tenho aqui no hd há alguns anos pouco me interessou reouvir. Por outro lado, adquiri recentemente os 2 discos recentes dos caras, “Death Magic Doom” (2009) e “Psalms Of the Dead” (2012), por estarem em promoção, e me surpreendi: nem tenho carteirinha do “sindicato” pra defender Messias Marcolino, daí considerar o tal Robert Lowe bom, meio um Tony Martin melhorado, coisa e tal.
Álbuns esses devidamente arquivados na estante… e eis me deparar semana passada com – noutra promoção! – este “Ashes to Ashes”, cd ao vivo (da turnê “Death Magic Doom”) com dvd bônus. E ñ o contrário, uma vez q veio em embalagem de cd. E VER a banda me fez mais sentido; acho q agora caiu a ficha, consegui entender. E recomendar.
Sao 2 shows, de julho (Sweden Rock Festival) e outubro (Club Gagarin, em Atenas) de 2009, com pouca mudança de repertório (4 a mais no 2º em relação ao outro): e fora alguns sons com os quais melhor me ambientei até agora – “If I Ever Die”, “Hammer Of Doom” (MUITO Sabbath), “The Bleeding Baroness”, e as antigas “At the Gallows End” e “A Sorcerers Pledge” – o q achei bem legal foram alguns aspectos periféricos da coisa.
Pá daqui, pá dali. Sei lá, entende? Divagação. E recomendação: 15 reais por isso foi muito pouco. E valeu bem a pena.