CANDLEMASS
Show inusual a q assisti na quinta última: primeira vez q decido ir de última hora, comprei ingresso na bilheteria ao chegar.
Ñ sou o maior fã, tampouco conhecedor convicto e invicto da discografia. Tb ñ sei opinar sobre o vazio deixado por Messiah Marcolin, uma vez q só tenho álbuns da “fase Robert Lowe”. Q sei ñ ser unanimidade. Fui pra curtir, sem idealizações ou expectativas prévias, e tb pela companhia de dois amigos fãs xiitas dos suecos. Foi legal por isso tb.
A apresentação? Hora e meia cravada, com bis. Difícil ver banda gringa romper esse protocolo. Lotou? Digamos q foi sábio da parte dos organizadores terem migrado o evento do Carioca Club pro Clash Club.
(e mesmo assim ñ lotou)
Repertório? Só velharia (só uma da “fase Lowe”), o q gerou comoção entusiasmada, por vezes pateticamente homoafetiva (cheio de tiozões dividindo o espanto ante tantas músicas antigas, ora se abraçando, ora brindando com breja, ora percutindo os bumbos nas costas do amigo)… no q comento ñ por homofobia, mas pelo ridículo da coisa.
Só fã de metal mesmo.
Abertura: o Helllight, q já tinha visto abrindo pro Tarot anos atrás. Brasucas q fazem um autointitulado “funeral doom“, q faz as cadências típicas do Candlemass parecerem Slayer, comparando. Cheguei com eles já tocando, meio encerrando. Troquei idéia com Fabio (vocalista/guitarrista + amigo dos amigos acima citados) sobre o quão difícil prum baterista é tocar músicas tão arrastadas. Disse-nos q os ensaios duram duas horas, com tempo suficiente pra passarem 5 (CINCO) músicas. E q ñ conseguem fixar baterista na formação. Pudera: tocam em 30 BPM – coisa q nem Kitaro consegue, sei lá.
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Passa uns 15 minutos, sem passagem de som pentelha, tampouco introduções pré-gravadas manjadas, e os suecos irrompem com tudo no palco. O atual vocalista, Mats Levén, de histórico com Therion, Yngwie Malmsteen e 280 bandas outras (por alto) segurou a onda, vocalmente e em termos de carisma. Brincou com a cerveja oferecida à banda – “Skol” é “escola” em sueco – e com o tamanho da lata, pequeno pros padrões nórdicos. “Beer for kids”, dizia, entre gole e outro, entre som e outro, brindando: “Skol!” ahah
Estranhava o baixista, careca e barbudo, pouco parecido com o dono da lojinha, Leif Edling. Até q, pelas tantas, Levén o apresentou como sendo outro baixista, Lord K. Philipson. Exodus veio tocar aqui sem Gary Holt (na picaretagem miúda), mas os caras sem Edling ficou estranho como ficaria Megadeth sem Mustaine ou Annihilator sem Jeff Waters. WTF?!
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A qualidade do som oscilou: horas q o vocal estava baixo, horas em q um dos amigos falava em ñ ouvir a caixa da bateria (falei q era pq estava bêbado ahah), mas no total passou. Faltando maior destaque pra Levén. Ao mesmo tempo, os sons são caracterizados pelos climas, pela soturnices e, por vezes, por um dedilhado torto cometido ou por uma timbragem no baixo quase saturada.
O amigo bêbado (fala, Inácio!) reclamou de “At the Gallows End” estar “muito metrônomo” – certinha, perfeitinha – quando nos tempos de antanho virava meio atropelo de andamentos entre os caras em determinada parte “rápida”. Mas é q os caras, sendo praticamente os mesmos, provavelmente aprenderam a tocar melhor os próprios sons. Ou o vêm fazendo com mais convicção e P.A.’s funcionando.
De qualquer modo, difícil a banda mais tosca existente (exceto Venom) ñ melhorar com o tempo. Candlemass melhorou com o tempo e entregou exatamente o q prometia: sons velhos, ambiência e profissionalismo. (Tirando a parte fajuta de “turnê de 30 anos”, claro. Com quantos parados?).
Em suma: um show acessível (150 contos na porta, fora o metrô), duma banda honesta (a la D.R.I. e Sacred Reich, parecem ter se tocado q música nova nada acrescenta ou agrega), numa noite perfeita pra quem acha q o Black Sabbath deveria ter parado no “Master Of Reality” ahah
Já vi shows bem piores e menos íntegros.
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Set-list: 1. “Mirror Mirror” 2. “Bewitched” 3. “Prophet” 4. “A Cry From the Crypt” 5. “Emperor Of the Void” 6. “Under the Oak” 7. “At the Gallows End” 8. “A Sorcerer’s Pledge” 9. “The Prophecy” 10. “Dark Reflections” 11. “Crystal Ball” 12. “Solitude”
Colli
27 de abril de 2016 @ 07:52
É uma banda que tenho um álbum, Dactylis Glomerata, que comprei por conta de ouvir muitas pessoas falando muito bem da banda.
Comprei logo que lançou ou pouco depois, tem um música que curti e nunca mais voltei para ouvir algum álbum.
Não tem nem como opiniar algo.
Show é sempre show, gostaria de estar lá, mas o valor foi salgado.
Inacio
27 de abril de 2016 @ 10:00
Mats leven impressionou. O som estava legal, não estava fantástico… A escolha do set list levou a galera a ficar mais parada, faltaram porradas que eles fizeram na carreira e inserir coisas de outros discos que “deram certo”.
No comentário do Colli eu digo que o Dactylis Glomerata é um disco de difícil digestão, como Michael Ammot na guitarra e se eu nao me engano tinha uns lances em sueco cantados né..
Sugiro que escutem os discos do messiah marcolin dos anos 80/90 e o último de 2005. São pesados e bem compostos e com o vocal do cara que é muito peculiar. O cara é foda. A fase do Robert Lowe é interessante, o cara é bem técnico mas um pouco mais tradicional no estilo de cantar, assim como parece ser o Mets Leven no geral.
Uma correção: Skol é o equivalente de “saúde!” em sueco. O lance do beer for kids foi em relação ao tamanho da latinha de 265 ml
FC
27 de abril de 2016 @ 12:27
Fiquei curioso com o Mats Leven no Candlemmas, a voz dele é muito boa pro hard, deve ter ficado interessante ouvir ele cantando nuns tons mais graves.
Marco Txuca
27 de abril de 2016 @ 14:00
Colli: o valor foi levemente salgado. Era 110 antecipado. 150 pra ver show de metal aqui em SP tá ridículo de barato.
2 anos atrás teve Kreator com Ripper Owens abrindo a 200 contos. Isso foi assalto. E eu ñ fui.
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FC: ñ seja por isso…
https://www.youtube.com/watch?v=rivCl8ACzqY
Mau
27 de abril de 2016 @ 21:37
Deviam tocar o álbum branco do Marcolino e Hammer of Doom! Não tocaram e acho isso uma falha, mas beleza. Hell light foi loco. funeral Doom mesmo.
COLLI
27 de abril de 2016 @ 22:37
Inacio, nem lembrava mais do Ammot na guitarra.
Também não lembro das parte suecas mencionadas. Ouvi pouco esse álbum.
Talvez ouvindo agora desce.
COLLI
27 de abril de 2016 @ 22:43
Pô… vendo esse vídeo e pelo menos nessa música o som está excelente.
E essa mãoxinha do Mats Leven jogando “feitiço” na galera hahahah no minuto 3:33 da música.
FC
28 de abril de 2016 @ 10:37
Curti, ficou legal.