QUEM DEU MAIS

Ñ me considero aquele fã sangüíneo do Candlemass.

Nem bem um fã. Um pouco pq passei da idade. Outro tanto pq o “Nightfall” q tenho aqui no hd há alguns anos pouco me interessou reouvir. Por outro lado, adquiri recentemente os 2 discos recentes dos caras, “Death Magic Doom” (2009) e “Psalms Of the Dead” (2012), por estarem em promoção, e me surpreendi: nem tenho carteirinha do “sindicato” pra defender Messias Marcolino, daí considerar o tal Robert Lowe bom, meio um Tony Martin melhorado, coisa e tal.

Álbuns esses devidamente arquivados na estante… e eis me deparar semana passada com – noutra promoção! – este “Ashes to Ashes”, cd ao vivo (da turnê “Death Magic Doom”) com dvd bônus. E ñ o contrário, uma vez q veio em embalagem de cd. E VER a banda me fez mais sentido; acho q agora caiu a ficha, consegui entender. E recomendar.

Sao 2 shows, de julho (Sweden Rock Festival) e outubro (Club Gagarin, em Atenas) de 2009, com pouca mudança de repertório (4 a mais no 2º em relação ao outro): e fora alguns sons com os quais melhor me ambientei até agora – “If I Ever Die”, “Hammer Of Doom” (MUITO Sabbath), “The Bleeding Baroness”, e as antigas “At the Gallows End” e “A Sorcerers Pledge” – o q achei bem legal foram alguns aspectos periféricos da coisa.

  1. Candlemass é banda média. Assumidamente média. Encarte contém depoimento do líder/dono da horda, Leif Edling, realmente tocado por terem tocado no Sweden Rock apenas antes de ZZ Top e Twisted Sister perante 25 mil pessoas, mas tb realizado por terem tocado pra mil pagantes num clube grego minúsculo, repleto de fãs duma devoção xiita e gritante
  2. tb média por terem voltado à Grécia 20 ANOS após terem ido da última/primeira vez. Parece fácil europeus se deslocando dentro do continente, mas parece ñ ser bem assim. Além disso, por terem músicos bons, tiozões bons, mas nada assim geniais
  3. no show sueco, Lowe passa 75% do show LENDO AS LETRAS em papéis colados no palco. Fica feio, soa amador. Corrobora informação do Metal Archieves de ter sido demitido por “mau desempenho ao vivo”. Embora no show grego isso ñ conste. Dá pra relevar pelo fato de ele mesmo nem ter feito as letras: Edling é um Steve Harris sueco e, aparentemente, menos déspota esclarecido. Cuida de tudo q se refere às composições da banda
  4. entrevista bônus bastante reveladora. Por um lado, uma grega bem fazona (sem escorregar pra paga-pauzice) por vezes fazendo perguntas óbvias e repetidas, por outro Edling e Lowe meio desinteressados em serem politicamente corretos (Edling cita falta de privadas como lembrança da visita em 1989!) e minimamente simpáticos. N q soem antipáticos – Lowe, sobretudo, quase nem fala; claramente vocalista contratado – mas me encheu saco ver Edling falando da necessidade de “férias de 6 meses” após a turnê… Como se fossem um Iron Maiden. Como se ñ quisesse presumivelmente admitir ter trampo civil na Suécia, q provavelmente objetaria gravarem e tocarem por aí a torto e a direito

Pá daqui, pá dali. Sei lá, entende? Divagação. E recomendação: 15 reais por isso foi muito pouco. E valeu bem a pena.