NA PAREDE
Perturbado e perturbador. Uma obra de arte em si, pra lá de complementar ao disco homônimo lançado 3 anos antes.
Digo “pra lá de complementar” pq tenho q em ñ existindo o filme, este filme, provavelmente “The Wall”, a “ópera-rock” (ainda chamavam assim à época), teria bem menos alcance e abrangência.
Vide as cenas icônicas do moedor de alunos, do rock star apoplético, do fascismo à espreita e recorrente (Roger Waters anteviu o rock de arena – AOR?), do professor psicopata castrador, da 2ª Guerra Mundial zero estilizada/idealizada por Hollywood, entre outras.
Sabe-se da encrenca q foi lidar com Waters na época (Alan Parker foi o 6º ou 7º na fila), mas o resultado ainda acho sublime. Parker nunca fez um disco, Waters autor-compositor q se pusesse em seu lugar. E assim foi.
Um dos grandes filmes do rock, q assisti demais, pela tv ou em tempos de escola (assistíamos em aulas de ensino religioso) e via dvd, quando já nem precisava: sei partes de cor sem esforço.
Queria ter passado pelo impacto de vê-lo no cinema há 40 anos. Imagino as reações, favoráveis e contrárias. Jamais indiferentes.
Lembrei ainda de Lulu Santos desdenhando, reduzindo e chamando a obra de egotrip. Bem… deixa pra lá.
FC
29 de julho de 2022 @ 10:36
Com qual intenção passava esse filme nas aulas de ensino religioso?
Marco Txuca
29 de julho de 2022 @ 10:57
É uma longa história, mas curiosa: estudei em colégio católico de playboy (o atual Arquidiocesano Marista), q lá pra meados da minha 7ª série achou melhor parar de ficar falando em Bíblia, JC, essas coisas.
Começaram a usar a grade curricular referida pra ensinar algum tanto de sociologia, filosofia e “temas atuais”: camada de ozônio, guerras pelo mundo, política brasileira.
E aí no extinto colegial, tínhamos 2 professores petistas (religiosos ligados à Teologia da Libertação, provavelmente) q aproveitaram pra nos ensinar Marx, mais-valia, fetichismo da mercadoria, esse outro tipo de “doutrinação” ahahah
Não lembro de pais e mães protestando na porta, e mesmo quem era conservador/reaça não reclamava. Afinal, eram aulas de ensino religioso, tinha até prova, mas não ia cair no vestibular ahahah
“The Wall” era mostrado pra ilustrar a educação castradora, o poder alienante do social, coisas do tipo. Acho q se condenava uso de drogas tb.
Estudei num lugar bem interessante eheh
André
29 de julho de 2022 @ 11:41
Acho que o filme funciona melhor que o disco.
märZ
29 de julho de 2022 @ 17:22
Vi dezenas de vezes, um dos filmes da minha vida, ja tive vhs e 2 dvds diferentes. Minha primeira vez foi aos 15 anos, no telão improvisado de um bar de surfista no litoral do ES… fiquei vidrado.