NA PAREDE

Perturbado e perturbador. Uma obra de arte em si, pra lá de complementar ao disco homônimo lançado 3 anos antes.

Digo “pra lá de complementar” pq tenho q em ñ existindo o filme, este filme, provavelmente “The Wall”, a “ópera-rock” (ainda chamavam assim à época), teria bem menos alcance e abrangência.

Vide as cenas icônicas do moedor de alunos, do rock star apoplético, do fascismo à espreita e recorrente (Roger Waters anteviu o rock de arena – AOR?), do professor psicopata castrador, da 2ª Guerra Mundial zero estilizada/idealizada por Hollywood, entre outras.

Sabe-se da encrenca q foi lidar com Waters na época (Alan Parker foi o 6º ou 7º na fila), mas o resultado ainda acho sublime. Parker nunca fez um disco, Waters autor-compositor q se pusesse em seu lugar. E assim foi.

Um dos grandes filmes do rock, q assisti demais, pela tv ou em tempos de escola (assistíamos em aulas de ensino religioso) e via dvd, quando já nem precisava: sei partes de cor sem esforço.

Queria ter passado pelo impacto de vê-lo no cinema há 40 anos. Imagino as reações, favoráveis e contrárias. Jamais indiferentes.

Lembrei ainda de Lulu Santos desdenhando, reduzindo e chamando a obra de egotrip. Bem… deixa pra lá.