JON ANDERSON
“Stereo” é som do Pavement q tem um trecho de troça com Geddy Lee (Rush) até bastante conhecido, onde Steven Malkmus pergunta algo como “qual é a da voz do Geddy Lee? Como ele consegue chegar (cantando) tão alto? Fico pensando se ele fala como qualquer outro cara”.
Essa foi a lembrança q me ocorreu durante o show solo do Jon Anderson ocorrido há pouco, em q fui (adivinhe, Rodrigo?) com a Patroa. O sujeito até pra falar com o público usa a MESMA voz. Deve fazer igual indo à padaria comprar queijo prato ou quando vai ao mecânico pedir pra trocar o óleo, sei lá.
Sei e vi q o sujeito, afora isso, é carismático pacas. Mesmo com o humor bobo e alguns trejeitos teletubbies de agradecimentos. Sei e vi o sujeito SOZINHO ao palco – ñ trouxe nenhuma banda – revezando-se entre violões (levando os sons sem firulas, solos ou efeitos), dulcimer, algum bumbo virtual nuns sons (pisava com o pé esquerdo num pedaço do palco q soltava som de bumbo), teclado (fazendo um “engana q eu gosto” – toca melhor violão) e ukelele.
Sei e vi o sujeito tocar montes de sons do Yes (ñ poderia deixar de ser): “Owner Of A Lonely Heart” (quase a mais louvada), “Sweet Dreams” (q abriu), “Long Distance Runaround”, trecho de “Starship Trooper”, teco de “Closer to the Edge” (salvo engano), “America” (versão pra som de Paul Simon), “Roundabout” (fechando o show antes do bis) etc. E tb som da parceria com Vangelis (sei lá o nome, mas um q foi hit, e executada enquanto contava história de ter sido obrigado pela gravadora a dublá-lo/tocá-lo na tv certa vez) e uns solo, incluído um dum álbum de 1975 (seria o “Olias Of Sunhillow”?).
Sei e vi platéia bastante comportada, molecada mínima (uns filhos indo com os pais), todos sentados em mesas, garçons passando ao largo, q soltou a franga a partir da “Rundabout”, ficando quase todo mundo em pé, acompanhando, cantando, batendo palmas. Sei q apesar dalgum sono prévio meu, e de alguns momentos soando repetitivos, vi o show de 1h30min passando quase sem perceber.
***
Foi legal. O cara é bão. A iluminação realçava a elegância do evento: ñ se tratava, afinal, de qualquer show acústico de qualquer zé ruela. A voz, praticamente intacta, pareceu cair melhor nesse molde. Quando, daqui uns 2 anos, o Yes anunciar triunfalmente a volta de Jon Anderson e o caralho a 4, tvz se possa ter a real noção da voz do sujeito, com recém-completados 67 anos e nem parecendo.
E a opinião categórica final foi a da Patroa, q dizia q mesmo ñ curtindo esse tipo de som, reconhecia talento e competência do sujeito, ao contrário daquele show VERGONHA ALHEIA e de boteco de 5ª categoria, perpetrado pelo semi-mendigo Chris “ñ sei pra onde ir com a carreira” Cornell, no SWU.
Assino embaixo!
Louie Cyfer
14 de dezembro de 2011 @ 11:13
Semi mendigofoi ótimo!!!
Hehehehe…. tmb não sei o q o cara arrumou com a carreira (ops…) dele, tirando o fabuloso Euphoria Morning, o resto é digno de pena…
Ah… Jon Anderson sempre foi particular pelo seu timbre único e o Yes é uma Banda abençoada pelos “Et’s” q nela integraram… deve ter sido muito bom.
Vi um show do Yes em BH (só não tinha o Wakeman e era o Alan na batera) e posso dizer q foi uma experiencia prazerosa, apesar da insana idéia de encher os primeiros 60, 70 mts da frente do palco com MESAS!!! Aí a mulambada (incluso este q vos escreve) ficava a mercê de garçons passando pra lá e pra cá atrás de uma grade protetora…
O cara foi visionário e já tinha inventado na época a pista VIP (se nao me engano 98 ou 99)… hehe.
Rodrigo Gomes
14 de dezembro de 2011 @ 13:35
Ah, ganhou o ingresso, não me diga, estou surpreso…
Edu Benega
14 de dezembro de 2011 @ 16:39
infelizmente fique sabendo mas não fui, esse ano tá bravo… não acaba…. mas o cara continua mandando muito bem, na última vez que esteve por aqui a filha participou do show; voltando ao presente: o cara é fd. foi literalmente dispensado sumariamente do Yes pela prima dona Chris Squire e cia por problemas vocais, penou um bocado com operações e tratamentos, deu a volta por cima, e continua fazendo seus shows na boa, no estilão hippie sessentão, violão e vamos nós, mandando bem. O estilo é questionavel, mas no universo R&R cabe tudo, do Trash ao Classico, Metal ao Blues tá tudo em casa…
Mônica Schwarzwald
15 de dezembro de 2011 @ 12:06
Gostei da resenha, Txuca! Mas como o cara toca tudo isto sem banda? Não ficou meio…..sem brilho?
Marco Txuca
16 de dezembro de 2011 @ 04:28
Ñ vou falar q ficou tudo bão. Como citei, a certo momento as coisas ficaram meio redundantes. Pq as versões eram despojadas, só o cara dando acordes, e tal.
Em versões às vezes só reconhecíveis pela linha vocal. (“Owner Of A Lonely Heart” foi a exceção). Tanto q, em “Roundabout”, a Carol conseguiu identificar uma passagem IDÊNTICA ao do riff de “Cat Scratch Fever”, do Ted Nugent! ahah
Mas alguma falta de brilho, fora isso, ñ rolou. Sujeito é simpático e carismático, contou histórias legais, fora q deve ter feito show sob oferecimento da Kaol ahahahahah
Marco Txuca
17 de dezembro de 2011 @ 03:05
Resenha profissional + fotos:
http://www.territoriodamusica.com/rockonline/shows/?c=1138