GANGRENA GASOSA
Hangar 110, 17.11.23
Prestes a começar o despacho show, o Leo me lança a pergunta: “será q o Gangrena vai caber nesse palco do Hangar 110?”
Começou a apresentação e me distraí.
Pq a pergunta q me fiz e me respondi ao longo da uma hora e meia de som foi: “foi melhor q o show do Centro Cultural Vergueiro há uns 5 anos?”, “sim, foi”.
Um pouco por conta da banda insuficiente de abertura antes e por termos perdido o Desalmado, a expectativa estava muito alta. E a mim, resolvida. Satisfeita ao final.
O Gangrena Gasosa tá tinindo. Melhor fase da banda, em show. Em q pese o guitarrista exu caveira japonês ter tido uns tilts certa hora (guitarristas não levam mais cabos extra no equipo?) e o som ter oscilado um pouco (bem pouco) numa horinha, nada consigo reclamar.
Músicas velhas, como “Surf Iemanjá”, “Terreiro do Desmanche” e “Centro do Pica-Pau Amarelo” compareceram. Sete das 11 músicas de “Se Deus é 10, Satanás é 666“, tb. Mesmo as passíveis de datação “Quem Gosta de Iron Meiden Também Gosta de KLB” e “Eu Não Entendi Matrix” me empolgaram. Pq não são as letras, são os sons.
Ninguém faz metal/hardcore endiabrado como o GG. Ninguém entretém uma platéia como o GG. Como Angelo Arede, com moral e marra pra zoar e intimar idiota q estava causando. Sujeito é carismático e preciso. Ainda mais num côro breve de “morra, Bolsonaro”.
A mistura de batuque e ginga e peso é alicerçada demais pelo baterista (não guardei nome), preciso, e pelo guitarrista (idem) q não comete um solo, um exagero, uma palhetada fora do lugar. Mão pesada demais. Falo sério quando digo (e já devo tê-lo feito quando do outro show) q esses caras deveriam estar na Europa, entorpecendo os gringos, chamando atenção, apagando filmes queimados de excursão zoada antiga, de outro tempo e outras entidades envolvidas.
Os vocais são precisos e entrosados. Discretos, só o baixista e a percussionista, novos (ou só ela nova?), mas pode ser q estivessem rogando pragas. Sons novos, como “Fiscal de Cu” e “Headboomer” tb entraram na mistura. E nem consigo dizer quantas foram as músicas: nem me lembrei de contar.
***
Rodas adoidado, calor desgraçado (só o baixista não abandonou o cosplay inicial) e gente amiga dos caras subindo ao palco pra cantar junto e pular. Base de fãs a banda tem, não sei qual seria o próximo passo.
Pq ao final só conseguia responder à pergunta do Leo assim: “por q esses caras não estão em palcos maiores?”. Ainda mais europeus, reitero. Não estou nem falando de Wacken, q é outra coisa.
Isso precisa ser resolvido. O quanto antes.
Leo
22 de novembro de 2023 @ 06:54
Marcão deliberadamente poupou vocês da resenha do Circus. Ainda bem. Pq eu não tive esse privilégio lá.
Fiquei puto com a ordem das bandas. Que não era uma inversão, mas não fazia o menor sentido. Pq o Desalmado tocaria antes? Pra galera ir mais cedo e consumir mais? Não funcionou. Primeiro, pq ninguém sabia. Segundo, pq era sexta e as pessoas não chegam a hora que querem. Chegam a hora que dá.
Enfim… Concordo com tudo que o Marcão disse.
Minha única questão (talvez, por ser arquiteto e achar que o espaço do show tem um peso gigante na minha avaliação) é que o show do Centro Cultural permitiu isso:
https://www.instagram.com/tv/CD7CqFJgXBO/?igshid=NTYzOWQzNmJjMA==
Isso não tem qualquer coisa que supere pra mim. Pq isso é o sentido de ser da música na essência. É a apoteose. Claro que só é possível num espaço como esse. E qualquer outro palco italiano não pode, de partida, oferecer.
No mais, concordo com tudo.
E GG come com farofa (literalmente) boa parte das bandas do país. Tem tamanho pra ser muito maior que é. Aqui e, especialmente, lá fora.
Leo
22 de novembro de 2023 @ 07:45
Aliás, vou começar uma campanha pra ressignificar o “hard farofa”.
Gangrena é hard(core) farofa da melhor qualidade! Rs
André
22 de novembro de 2023 @ 11:03
Chuto o motivo de não ser maior ou estar em palcos maiores. Não devem ser de nenhuma “panelinha”, não são ricos, não tem padrinhos tropicalistas (por opção. Duvido que não tenham sido abordados por alguém da patota) ou simplesmente não querem. Ou sei lá.
Trocaram a percussionista? Ela ficou um tempão na banda.
Marco Txuca
24 de novembro de 2023 @ 11:43
ChatGPT é o kralho.
Apresento a todos o ChatGPTxuca.
A quem interessar, procurem a resenha do outro show do GG a q fui em 2018 – no dia 3 de abril daquele ano – e vejam q a mesma é uns 80% idêntica a esta daqui. E não pq eu a tenha copiado.
Mesmas idéias, impressões, às vezes mesmas frases. Mudaram só as menções a uns sons lá q não rolaram aqui, desta vez.
Próximo despacho do GG vou pedir pra se o Leo estiver junto, q a faça. Q brisa.