GABBA GABBA HITS
“Mondo Bizarro”, Ramones, 1992 (Chrysalis/EMI)
O disco menos Ramones dos Ramones, a não ser por “Cabbies On Crack” e “Touring”. Mesmo tendo 13 sons em 37 minutos e pouco.
Johnny morreu sem curtir, contumaz q era em não gravar em discos de sua banda; até onde sei, gravou “Take As It Comes” (The Doors), q eu adoro. E acho superior aos covers todos do “Acid Eaters” seguinte.
Músicas alinhadas aos noventismos alternativos de então, quase hardcore e quase pop punk californiano, solo de Vernon Reid (Living Colour) incluído.
Não as foram 100% pq Marky se soltou como nunca (como já o fizera em “Brain Drain”), pra mim destaque instrumental severo. Fora co-autor inédito em 2 sons: “Anxiety” reaproveitada à frente nos Intruders.
CJ estreava tímido – devidamente apresentado em “It’s Gonna Be Alright” – embora cantando 2 sons, um deles hit. Dee Dee estava fora mas dentro, esquizóide como nunca (ou como sempre?), compondo 3 sons, 2 hits. Mudaram mas não mudaram, mas estavam diferentes.
O ponto é: não é meu favorito da banda, nem de longe. Nem de graça. Mais pra um disco solo de Joey, autor em 7 sons (nenhuma balada!), o q não o desmerece. Ao mesmo tempo, um dos q mais ouço dos Ramones.
Tô pra entender esse meu “coração envenenado”.
märZ
31 de dezembro de 2022 @ 16:16
Eu tive fases distintas na minha história com os Ramones. Na minha gênese metal os odiava sem nunca ter ouvido uma música sequer. Explico: em 1986/7 os metaleiros da minha cidade tinham um grupo inimigo bem claro, os que chamávamos de playboys. Filhinhos de papai ricos e bem criados, bonitinhos, cabelos parafinados, com carro na mão, roupas de marca e pranchas de surf na bagagem. E muitos desses surfistas curtiam Ramones, usavam camisetas da banda e tals. Logo, na minha lógica, não podia ser coisa boa.
Isso mudou quando comecei a ouvir punk rock e o LP duplo Ramonesmania bateu na minha mão. Adorei, ouvia aquilo o dia inteiro. Virou a década e a banda já estava bem popular por aqui, trilha de Pet Sematary, revista Bizz fazendo matéria, todos falando bem.
Saiu Mondo Bizarro, comprei o LP, gostei muito. Vieram pra cá tocar e fui no notório show do Canecão no RJ, onde teve treta com carecas, bomba de gás lacrimogêneo, polícia, bombeiros, Renato Russo chorando, etc.
Acho um puta disco, bem explicado por você no texto. É menos punk e mais radiofônico, MTV adorou e tocou muito. Não tenho nada negativo a dizer sobre ele.
André
1 de janeiro de 2023 @ 10:29
Não é meu preferido, mas, acho melhor que qualquer álbum do Green Day, Offspring, Nofx, Pennywise e outros derivados ramônicos.
Tiago Rolim e Silva
2 de janeiro de 2023 @ 10:06
Nunca fui fã de ramones. Gosto pq é rock. E rock é rock mesmo. Nunca os considerei “punk”. Sempre tive a sensação que,o que eles queriam mesmo era ser pop (no sentido de popular mesmo), o máximo possível.
Se fosse elencar as minhas 50 bandas favoritas, eles estariam lá pela posição 47,48…
Tido isso, gosto desse álbum. Pq é bem pop. E pq era impossível não ouvir esse (e o seguinte de covers), naqueles tempos. Se ouvia direto e em todo canto.