DE QUANDO CAPAS Ñ ERAM APENAS CAPAS
“Vinyl. Album. Cover. Art – The Complete Hipgnosis Catalogue”, Aubrey Powell, 2017, 324pp., Thames & Hudson Ltd.
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Capas e mais capas de disco. Todas catalogadas no livro acima, com a capa acima.
É uma das lembranças q trouxe de Londres. Livro sobre a (o?) Hipgnosis, estúdio britânico de arte gráfica responsável por capas icônicas no rock. Ñ só as do Pink Floyd e The Alan Parsons Project pra lá de conhecidas. Aliás, de monte de bandas até desconhecidas – Edgar Broughton Band, Racing Cars, Strawbs – e ainda de bandas conhecidas, como Scorpions, Led Zeppelin, Black Sabbath (“Technical Ecstasy” e “Never Say Die!”) e U.F.O..
Algo do tempo em q capas de disco valiam algo.
A Hipgnosis eram 3 sujeitos, Storm Thorgerson (o mais conhecido, falecido em 2013), Aubrey ‘Po’ Powell (o catalogador em questão) e Peter Christopherson, q até 1983 legaram ao mundo 372 capas aqui compiladas, uma a uma, acompanhadas de comentários, mais ou menos extensos, dos autores sobre concepção, execução e receptividade.
Thorgerson ñ nos é desconhecido: em “carreira solo” seguiu fazendo capas até recentemente, como as de “Skunkworks” (Bruce Dickinson), “Stomp 442” (Anthrax), “Pink Bubbles Go Ape” (Helloween) e do disco de estréia do Audioslave, autointitulado. Dentre outras tantas, já na “era cd”.
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Inclusive dirigiu os videoclipes de “Tattooed Millionaire” e de “Kids Of the Century”, pra lá de conhecidos e coerentes com seu estilo surrealista e “hipgnótico”.
E o assunto ñ nos é desconhecido completamente: em 13 de janeiro de 2014, fizemos uma pauta sobre capas da Hipgnosis por aqui, em: https://thrashcomh.com.br/2014/01/sleeve-by-hipgnosis/. Rever pode ser interessante.
Ñ é um livro estrito, q se leia na ordem correta/cronológica, ficando mais como um guia com o qual se consulta ou revê o q mais interessar; por isso fico tranquilo em recomendá-lo mesmo ñ o tendo lido todo (vai demorar pra rolar) e mesmo ñ tendo lido os textos introdutórios de cada um dos integrantes, nem mesmo o release escrito por Peter Gabriel.
Rescaldo duma era obsoleta, dum tempo em q música era vendida de modo obsoleto, mas tudo bem. Sou velho e ñ estou nem aí. Quase um livro arqueológico, q molecada mais nova e adeptos da “spotifização” tvz jamais enxerguem/agreguem valor. Q se danem.
E um dado obsoleto outro, q prezo um monte (alô, Tiago!): custou £ 24.95 na saída da exposição do Pink Floyd, a q me referi aqui outro dia. Arredondando, uns 100 foratemers. Hora q chegar aqui ñ vai custar menos q 200.
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CATA PIOLHO CCLXI – “Jogo dos 7 Erros Capístico”. Meio pra homenagear eheh
märZ
29 de setembro de 2017 @ 20:14
Invejável aquisição.
Marco Txuca
29 de setembro de 2017 @ 20:23
Foda.
Tiago Rolim
1 de outubro de 2017 @ 10:27
Adoro esses livros para simples referência. Tenho um de capas de jazz que acho massa tb. E aquele 1001 discos p ouvir é ótimo tb.
Tiago Rolim
1 de outubro de 2017 @ 20:33
E sim, esse disco dos míneiros é ótimo. Saudade de um tempo em que gravadoras se metiam a lançar bizarrices como essa.
bonna, generval
2 de outubro de 2017 @ 18:36
invejei também!!
agora não sabia que o Stomp 442 e o primeiro Audioslave tinham o mesmo capista. Auto-plágio, não?
Marco Txuca
3 de outubro de 2017 @ 15:12
O pior q o expediente do auto-plágio ñ é tão incomum. Capas de Hugh Syme (Rush, Dream Theater, Megadeth) tem alguns casos e algumas arestas “reaproveitadas” nesse sentido.
E bem lembrado o auto-plágio em questão, uma vez q só tinha me ocorrido o Scar Symmetry plagiando a capa do Anthrax:
https://www.metal-archives.com/albums/Scar_Symmetry/Dark_Matter_Dimensions/244326
(nada a ver, vendo agora)
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Quanto às bizarrices lançadas em certo tempo por algumas gravadoras, Tiago, ñ espanta a Cogumelo ter lançado o TJJFP, uma vez q estava à época lançando tb o Pato Fu…