A BANDA COM O GORDINHO PITBULL
Finalmente entendi o motivo do Exodus ñ constar do “Big Four”: justificativas de q nunca venderam muito são pura balela! Ñ entraram pq, se assim fosse, o evento teria q ser “Big Two” – Exodus e Slayer – com Anthrax (obviamente), Megadeth e Metallica sendo escorraçados da coisa toda. E olha q ao Slayer tvz coubesse – acordei herege hoje – ser banda de abertura.
Claro q o evento é (foi) tb algo retrô: Anthrax (escancaradamente), Megadeth e Slayer disfarçando com uns sons novos no meio, e Metallica fazendo o show da Broadway costumeiro. Mas parece FATO q o Exodus é quem carrega SOZINHO a bandeira do thrash metal estadunidense atual.
Gente por aqui vai tentar jogar o Testament no balaio, mas… q banda consegue ser absolutamente atual com os sons antigos E com os novos, todos misturados no set sem inadequações? Q banda tem dupla de guitarristas tão shredder mas, ao mesmo tempo, tão coesa? Ou um baterista – o mais subestimado do thrash, pra mim – de pegada única e q ñ ficou datada? Ou q arrumou um vocalista q conjuga o q de melhor o Exodus já teve em termos de vocalista, mas com carisma e atitude psicopata como poucos?
E q mantém lançamentos mais constantes q os bissextos e “catadões” dos da horda do Japa e do Índio?
Pessoalmente, domingo foi minha chance de me redimir com a banda: ñ os tinha visto das últimas duas vezes (amparado naquela ranhetice “ah, estão vindo pra cá direto!”), sendo q os vira apenas com Paul Baloff (1998) e com o vergonha alheia Steve Spirro, horrível, na finada (viva!) Led Slay. E a compensação foi total.
Uma hora e meia de som. Ñ teve bis, praticamente: tudo emendado uns nos outros. Iluminação e pano de fundo simples, porém eficazes. Som PERFEITO – confiram nos links abaixo: está audível em vídeo de You Tube, imaginem ali na hora, ao vivo! Nenhuma frescura tipo usar camisa da Seleção, tentar forçar português demagógico. Apenas 5 sujeitos humilhando em cima do palco, sem cansaço nem migués. Nem limites.
O amigo Louie Cyfer, a quem tive a HONRA de pessoalmente conhecer ali no dia (junto de Hugo e André, tutti buona gente), ao fim tentava especular sobre ter faltado algum som. Consegui forçar “Scar Spangled Banner” ou “And Then There Were None”, mas ñ pareceram faltar mesmo. Sons mais recentes, mesclados a sons ‘era Baloff’ (tocaram “Brain Dead”!) iam se sucedendo. Quando já ia me frustrando em ñ haver sons ‘era Zetro’, mandaram “Fabulous Disaster” e “The Toxic Waltz”, surpreendentemente.
Vai ver, ñ foi tão surpresa: ñ vi os últimos dvd’s, set lists europeus ou vídeos ao vivo no You Tube.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=noIdURQPQKI [/youtube]
O destaque total, fora instrumental, é o gordinho pitbull Rob Dukes, o tempo todo (desde a intro em playback incial) incitando a galera a fazer roda. Foi uma “Ciranda Cirandinha banger“ o evento o tempo todo, a ponto de alguém ter vomitado ali no chão e mesmo assim o povo insistir nas rodas, ainda q escorregando e caindo no negócio. A famosa roda gigante em “Strike Of the Beast”, em vídeo famoso do Wacken? Rolou ali adaptada, por Duke fomentada, tomando mais q 3 quartos da pista do Carioca!
Sujeito ñ tem os agudos Pato Donald do Souza, ou o carisma mulambo do Baloff, mas dane-se! Me pareceu o vocal ideal pra banda, finalmente. Agita q nem idiota junto dos colegas: fez base enquanto Gary Holt solava (com a mão esquerda) em “Blacklist” (e bebia breja com a direita), tentou fazer Jack Gibson rir (é o cara mais sizudo num palco desde Marky Ramone), ia trocar idéias com Tom Hunting etc., tudo naquele jeitão de PM de filme americano, atarracado e invocado.
Chegaram, ele e Lee Althus, a improvisar em riff em cima de “olê olê-olê-olê” da galera (citado abaixo na música “12” do set list), com os demais entrando e fazendo um típico som Exodus com o coro. Adicional o fato de haver uma equipe de tv alemã filmando ali: nego no meio da galera com câmera içada deve ter sofrido…
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=1xJ9Y0dsbHk&feature=endscreen&NR=1[/youtube]
Pra mim, “War Is My Shephard” e “Metal Command” valeram o clichê futebolístico de serem o caso de sair fora e pagar o ingresso de novo. Putz. “Deathamphetamine” ñ soou tão maçante como no disco. “Children Of A Worthless God” ao vivo fica IMENSA: da fase mais recente, tvz esteja próxima do status de HINO, sei lá.
O melhor show do ano até agora, fácil fácil.
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Quanto às bandas de abertura, boas surpresas tb: o tal Nervosa, de quem fui pra falar mal, vimos só o último som (culpa de ficarmos papeando, eu, Louie, André, o amigo Adônis Holt e a esposa, do lado de fora muito tempo). E são o “Destrúcho feminino“: a vocalista é praticamente um Schmier, portando baixo sob encomenda e camiseta vermelha do Coroner. Guitarrista e baterista loiras (são um trio) tb mandaram bem. O som estava muito bão. Depois, foram pra galera numa boa.
Tinha pessoal vendendo camisetas (maioria pra mulherada – q tinha muita ali) e parecendo bem gente boa, mas minha estranheza – patrulha de plantão! – é serem banda com clipe produzido, abrindo show gringo, mas sem nem DEMO lançada…
O Claustrofobia mostrou show de GENTE GRANDE. Coisa de gringo. Som exemplar (positivamente estranho o som das “aberturas” ñ ter devido em nada ao som da banda principal). Os moleques tocando PRA CARALHO. Baterista monstro, ñ só demonstrando técnica, mas tb noção de SOAR AO VIVO – dava pra ouvir os blasts e ñ era por causa de trigger.
Culpa, a meu ver, de serem escancaradamente banda q quer fazer MÚSICA, ñ SUCESSO e média com a galera. São a mesma formação desde o início, já desovaram o 5º álbum e querem mais é q se foda (ahah). Desnecessário achei o vocalista expressar-se tatibitatemente sobre o M.O.A., meio culpando o LUGAR pelo fiasco, poderia deixar quieto isso. Sons novos, do recém-lançado “Peste”, todo em português (deu até vontade de comprar – tinha merchan da banda ali tb, incluindo songbook interessante do guitarrista – mas esqueci), povoaram o repertório, q mim pareceu mais maduro sobretudo no quesito do batera parar de enfiar blast em música q Ñ PEDE blast.
Tudo der certo pra eles, vão se consolidando num epicentro q mescla o q o Sepultura (o vocalista é “muito Max”, né Louie?) abandonou no “Arise” com a firulagem q o Torture Squad sempre fez e q com eles sempre soou enfadonha, desnecessária. Já tentei curtir o som mais, acho q nem rola mais pra mim, mas admiro os caras, a competência demonstrada e a SEDE DE SANGUE, q ainda ñ esgotou em mimimis, auto-homenagens idiotas ou tiros no pé. Digno de menção o fato de ambas as aberturas terem sido aplaudidas, ao invés de costumeiramente ignoradas.
Enfim. Domingaço de som e foto (a Ross Halfin?) dos mafiosos Louie Cyfer, Txuca, André – me obrigando a fazer merchan de breja – e Hugo, pra encerrar:
Set list: 1. “The Ballad Of Leonard And Charles” 2. “Beyond the Pale” 3. “Children Of A Worhless God” 4. “Brain Dead” 5. “Deathamphetamine” 6. “Piranha” 7. “Blacklist” 8. “A Lesson In Violence” 9. “War Is My Shephard” 10. “Metal Command” 11. “Fabulous Disaster” 12. “Olê Olê-Olê-Olê” 13. “The Toxic Waltz” 14. “Bonded By Blood” 15. “Strike Of the Beast” 16. “Good Riddance”
Louie Cyfer
24 de abril de 2012 @ 16:22
Realmente um domingo pra lá de fodasso!!!
Muita cerva (desde cedo… hehe) e depois encontrar com o brotherzão Txuca (Adonis e esposa tmb!! Gente fina demais) e presenciar um dos melhores shows que já vi!!
Periga ser top 3 (O Carcass permanece no topo por ter sido uma turnê reunion – ponto pra eles né?) de tão arrebatador os MESTRES DA BAY AREA.
Como o Txuca disse, depois de ver os caras ao vivo é vergonhoso não os colocarem (nem que seja abrindo) no Big 4. Comercialmente falando não dá pra eles msm, porém no quesito “estar em dia com o carnê do baú” os caras dão na cara de quase todos (o Slayer tá nesse patamar tmb, e apesar do Megadeth estar com bons plays ao vivo decepciona vcs sabem pq).
Foi pedrada seguida de outra. Eu fiquei lá na frente, entrei no pit e claro, tava na linha de frente do Wall of death. É muita adrenalina pra ficar de fora.
Atuações impecáveis de todos, mas sobressaindo Gary e Rob, que aparentava pelos dvds da vida, ser um redneck fdp e cuzão, mas que provou extremamente oposto. Foi de longe o mais coração de todos. Igual criança, agradecendo tudo e todos, chamando-nos de loucos.
Bem frisado pelo Txuca é o mix de novas e antigas musicas. Ninguem virou a cara, pelo contrario, ate me espantei pq a galera conhece pacas e cantou junto! Inclusive riffs, levando Rob ao êxtase.
Bandas de abertura muito boas e destaque total para o “Claustro”. Mano, porradeira dos capeta!! Metal pra Macho! Comentando com Txuca e ambos concordamos:
1 – o vocal Marcus quer ser o MAX!
2 – O Claustro é o a continuação do SEP na época Beneath/Arise.
Muito foda, instrumental redondo, porrada ate a morte, porem bem tocado, com possibilidade de análises individuais por instrumento.
No fim das contas foi um puta finde. Agradecemos o Txuca pela carona de volta e ainda rolou uma cerva e rangão pra terminar bem a noite.
Até a proxima!!
Ah… credite a foto não ao Halfin, mas o Sr Instagram! hehehe.
Colli
24 de abril de 2012 @ 18:51
Eu eu no M.O.A.. Chuva do demônio, cevreja Glacial, três por R$ 5,50, ouvindo os brothres falarem do show do Exudus a todo momento tudo o que foi dito aqui.
Marco Txuca
24 de abril de 2012 @ 19:00
Tocaram no M.O.A. na sexta, no Abril Pró-Rock sábado e por aqui domingo, salvo engano. O q ñ me engano é q mudaram os set-lists de show pra show. Foda isso.
Marco Txuca
25 de abril de 2012 @ 03:02
Louie, contate o camarada Hugo (literal, ñ o estomacal), q ele tem estória memorável com Jeff Waters ocorrida há pouco lá no show.
Coisa pra vc corroer o próprio estômago de tanto remorso de ñ ter ficado aqui pra ver o Annihilator ahah
Louie Cyfer
25 de abril de 2012 @ 08:35
Vou sim… no show do Bitú por aí semanas atrás ele saiu numa foto tirada pelo Trevor perez que ficou estampada na paginal inicial da banda após passagem por aqui…
Marco Txuca
25 de abril de 2012 @ 15:28
È meio por aí a história… vc quer q eu conte ou espera ele te contar??
Hugo
25 de abril de 2012 @ 20:00
E aí amigos. O Jeff Waters saíu na maior naturalidade do mundo para fumar pela porta de entrada/saída do camarim no Carioca. O destino queria que eu estivesse exatamente neste momento para registrar uma foto com este que eu considero um “pai” da guitarra. Realmente foi uma sorte muito grande. Resultado: foto revelada e colocada num porta retrato para enfeitar a mesa da sala…. hehehe. E finalizando, Jeff Waters é um cara muito simpático. Um retrato de simpatia que também é possíver conferir quando este está destrinchando a guitarra no palco. Abraços a todos
Louie Cyfer
26 de abril de 2012 @ 09:11
Contou ele Próprio!!
Bem vindo irmão…volte por aqui mais vezes.
Banderas
26 de abril de 2012 @ 17:48
Eu fui no show e não te vi por lá.
Marco Txuca
26 de abril de 2012 @ 23:09
Eu acho q te vi. Vc tava de camiseta branca, certo? Acho q te vi nas rodas.
Mas sou true e assisti ao show com uma mão no bolso, outra no queixo, coçando.
Rodrigo Gomes
27 de abril de 2012 @ 08:53
“Mas sou true e assisti ao show com uma mão no bolso, outra no queixo, coçando.”
Pior que hoje só assisto show assim também. Vai ver é a idade avançada haha.
marZ
27 de abril de 2012 @ 19:38
Putaqueuspariucaralho que inveja!
Marco Txuca
27 de abril de 2012 @ 20:47
Rodrigo: eu SEMPRE assisti show assim, desde tenra idade. Ñ venha macular minha truezice com tuas caquetices ahah
***
Salve, märZ! De volta? Vá atualizando teus esperados depoimentos nas pautas pendentes.
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Hugo: compareça sempre por aqui!
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Louie, Banderas, Hugo e Adônis Holt (se estiver passando por aqui): os caras ñ tocaram “Iconoclasm” no show, certo?
Pq o cara q fez uma resenha DECENTE do show (ñ a mina ridícula q escreveu post de twitter) [http://whiplash.net/materias/shows/153044-exodus.html] lá no whiplash a descreveu constando do repertório. Deve ter tirado foto do set dos caras e assinado o recibo…
FC
28 de abril de 2012 @ 01:00
“Mas sou true e assisti ao show com uma mão no bolso, outra no queixo, coçando.”
Eu também só assisto show assim hoje em dia hahaha. Ou melhor, fico de braços cruzados, só mexo os olhos. Passar dos 30 é f***.
guilherme
28 de abril de 2012 @ 10:09
Porra eu tou batendo nessa tecla desde que o dukes entrou para o exodus (eu detesto o zetro souza).
O exodus era uma banda que eu joguei pro fundo do bau depois do bonded by blood, mas de todas as outras que fiz o mesmo a única que renasceu e ganhou status de banda number one pra mim foi o exodus. O testament conseguiu algo parecido (eu nunca gostei de testament nem dos classicos), mas depois que vc vai a um show do Exodus é realmente dificil imaginar outra banda de trash (sem h so pra encher o saco).
O show de BH junto ao kreator foi foda foda foda. Acredito que em matéria de ao vivo não tem pra ninguem só slayer e exodus mesmo.
INACIO
30 de abril de 2012 @ 14:27
bom, resumiu bem o que eu acho dessa porra toda. exodus é foda, e é uma banda viva, que lança discos e tal. só nao acho que precise desmoralizar os outros que estao na ativa, tambem sao muito bons, mas pra mim o exodus é o melhor mesmo
Marco Txuca
30 de abril de 2012 @ 19:21
Nem é q eu esteja desmerecendo as outras bandas, Inácio, vc sabe q eu curto todas (menos o Anthrax, mulambo metal); mas é q, às vistas desse show, a gente vê q o Exodus ainda tem VÍSCERAS!
Se renovou, se reinventou, sem se descaracterizar tanto. Graças a Holt e Hunting, os padroeiros da coisa.