VALE 5 CONTOS
“Nihil”, KMFDM, 1995, Wax Trax!/KMFDM Enterprises/TVT Records
sons: ULTRA * / JUKE-JOINT JEZEBEL / FLESH * / BEAST / TERROR / SEARCH & DESTROY * / DISOBEDIENCE / REVOLUTION / BRUTE / TRUST *
pre-production, sequencing, sampling, programming, arregements, manipulations & tracking by Sascha Konietzko & Gunter Schultz
.
Inicio a resenha admitindo, sim, q até 5 meses atrás, quando adquiri “Nihil” e um outro álbum do KMFDM, “Näive/Hell to Go” (uma versão autorizada/editada do “Näive” original), num balcão de ofertas, tudo o q eu conhecia – e até curtia – desses alemães era o clipe de “A Drug Against War”, de razoável divulgação em tempos de Mtv musical/Fúria Metal, naquele funesto embalo de Ministry e Nine Inch Nails sendo descobertos.
A pauta se pretende curta, por isso recomendo a leitura da história detalhada da banda no All Music, onde constam as inúmeras mudanças de formação, de q permaneceram somente os integrantes originais Sascha Konietzko e En Esch. Tanto quanto a copiosa discografia de já uns 20 álbuns, quase todos laconicamente intitulados – “UAIOE”, “Money”, “Angst”, “Xtort”, “Symbols”, “Adios”, “Attak”, “Blitz”, “WTF?” (o mais recente) etc. – de capas muitíssimo afinadas esteticamente (ñ sei descrever estilo gráfico, mas aquele tipo de capa q se vê formatção ou traços e se diz “ah, capa de KMFDM…”) e as atividades de Konietzko em remixes de formações EBM, góticas e industriais mundo afora.
Pois bem: consta “Nihil” ser o 7º álbum da banda, e um dos mais acessíveis. Procede e ñ a informação. Na verdade, tudo aqui é um híbrido de Ministry, NIN, EMB, Killing Joke, farpas industriais e alguma eletronice pop.
Quando inicia “Ultra”, parecendo música eletrônica de fato, logo entra uma levada de caixa baterística (orgânica) q remete ao Ministry; no refrão, dá-lhe NIN era “The Downward Spiral”. “Juke-Joint Jezebel”, a mais pop de todas, tem início ostensivamente EBM (batida grave na cara!), até contar com cantora disco – uma certa Jennifer Ginsberg – ajudando no refrão.
Quando “Beast” soa inicialmente mais acessível, meio dub, vem uma voz feminina e montes de guitarras; “Terror”, estranhamente pesada – a mais metal, fora “Trust” – parece Killing Joke, mas menos q muito som do Prong. “Disobedience” remete ao NIN safra “Pretty Hate Machine”, daí entram uns vocais mais graves (meio góticos) e um naipe de metais nada díspar. “Revolution” soa certamente pop, graça ao refrão feminino, mas é tb pesada e com um tecladinho meio brega, tvz intencional.
Guitarras pesadas, vocais femininos mesclado a outros graves/sussurrados, batidas ostensivas, baixos seqüenciados, teclados solando, climas atmosféricos (mas ñ por tanto tempo), letras (em inglês) torturadas e de subjetividade atormentada (outra conexão óbvia com o NIN): se os sons daqui são ACESSÍVEIS – tvz sejam estejam mais pra polidos, burilados – fiquei curioso em conhecer os outros álbuns. Ou lamento ñ serem banda dos EUA: excrescências como o Barbie Manson tvz fossem abortadas antes mesmo de nascerem. O melhor tvz seja sair ouvindo som após som, e assim constatar a MISTUREBA sonora muitíssimo bem ajeitada. Ou os sons mais pesados, meus preferidos, asteriscados acima.
Curiosidades do álbum ainda: “Trust” ñ é versão de Megadeth, nem “Search & Destroy”, de Stooges (embora eu ache ver com o Annihilator do “Waking the Fury”), tampouco “Ultra” é cover de Depeche Mode. Embora a referência tb sirva: fãs da horda de Gore e Grahan dos tempos anteriores a “Songs Of Faith And Devotion” poderão se lambuzar com “Nihil”. Músico estranhamente participante: Bill Rieflin, ex-baterista de PIL e Ministry, e recentemente participante do recém-dissolvido R.E.M. (!!!), toca bateria em “Ultra”, “Flesh” e “Disobedience”.
E por fim: KMFDM significa “Kein Mitleid Für Die Mehrheit“, q em inglês significa “No Pity For the Majority“, q em português poderia significar “Prefiro Ñ Ir ao Show da Pitty“, mas nem é isso. Sendo algo como “Sem Perdão Para a Maioria” – algum tipo de humor tipicamente germânico??
****
CATA PIOLHO CXCIX – jogo de 7 erros capísticos.
Influência assumida e descarada, só ñ precisavam ser tanto assim…