Eis o final de semana punk por aqui na Grande São Paulo (Aerosmtv o caralho!!): Zumbis Do Espaço sexta na Augusta, Garotos Podres domingo (pra finalmente desovar um dvd) no Hangar 110 e Plebe Rude, no SESC Santo André, sábado.
Fui só na Plebe (nunca os tinha visto, daí a preferência. Se bem q ninguém perguntou), e posso afirmar ter sido do cacete. Som ALTO como há muito ñ presenciava (nem no Motörhead!), local incrível, iluminação profissa, platéia devota e interessada (quase ninguém ali abaixo de 25 anos) e uma banda realmente interessada em tocar.
Durou em torno de 1h30min o show, q acontecia a reboque do lançamento do “Rachando Concreto”, recente dvd-compilação da carreira da banda ao vivo. Q se ñ recomendei categoricamente aqui no blog, à merda este editor-chefe!
E o mais legal foi q ñ se ativeram ao repertório extenso do tal dvd. Músicas novas (do chôcho “R Ao Contrário”) foram duas, uma boa: a “O Que Se Faz”, inicial. Músicas q ñ constam no dvd – “Códigos”, “Mentiras Por Enquanto” e “Vote Em Branco”, punk à moda antiga até o tutano – foram executadas. Assim como a tocante e esperada homenagem ao Redson (Cólera), segundo o vocalista Philipe “o único cara no rock nacional q nunca baixou a cabeça a ninguém”.
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Tocaram “Medo” na versão Plebe primeiro (pra mim, melhor), daí mais acelerada na seqüência, à moda original. Por conta de Redson ter achado a versão plebéia “meio lenta” (eheh)
Clemente (tb Inocentes) se vê bem integrado à banda. Duelos e solos de guitarra muito legais, decibéis a mil, veia The Clash. Em músicas em q ñ toca, só canta, vi uma desenvoltura q jamais imaginei do cara. E até q cumprindo legal os vocais q eram do Jander “Ameba”.
Momentos bem legais de interação com a platéia nas horas em q chutavam cachorro morto, ou seja, quando detonavam “as bandinhas de merda atuais”. Fizeram-no em “Minha Renda” (com interlúdio regueiro sarrista), de q lamento nenhum emo estar ali presente. (Pq papai e mamãe tvz tenham querido ficar assistindo “Supercine”). Mesmo q ñ entendessem ou se identificassem caso ali estivessem.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=4sufL7NmcV4&feature=related[/youtube]
Por outro lado, um aspecto melancólico: se vê os melhores sons serem de fato os antigos (1º e 2º discos). Q certas pautas ainda ñ mudaram (vide “Proteção” e “Até Quando Esperar”). Q em horas se portam, a la Capital Inicial (embora bem menos), como viúvos dos 80’s. E q, reiterando, estavam ali pregando pra CONVERTIDOS.
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O baterista era um cara novo, meio moleque (e ñ entendi o nome quando apresentando), ao invés do carinha q gravou o de inéditas e dvd recentes. E demonstrou pegada, embora ñ tocasse literalmente o legado do – ótimo – baterista original, Gutje Woortmann. Legal estar dotado dalgum sampler rente ao chimbau, donde disparou falas de Chacrinha (introduzindo “Minha Renda”), gaita de fole (q faz o riff de “O Que Se Faz”), sample de Sex Pistols (na a mim inesperada “Holidays In the Sun” tocada) ou até mesmo de tecladinho Joy Division q introduziu o baixista André X tocar palhinha de “Transmission”.
“Proteção”, catártica (até mais q a “Até Quando Esperar” derradeira), mesclou trechos de “Pátria Amada” e “Pânico Em S.P.” (Inocentes) e da datada “Geração Coca-Cola” (Legião Urbana). Os 7 sons de “O Concreto Já Rachou” foram devidamente executados (pena q a xinfrim “Seu Jogo” tb). Senti falta dalguma coisa do 3º disco – do 4º entrou a única boa, “Este Ano” – solenemente ignorado. Mas tudo bem. Teve música pra cacete.
Há muito ñ curtia tão autenticamente um show brasuca. Com culhão. E conteúdo. Visceral. Foi bão.