AO VIVO NO CIRCO VOADOR

Pauta invertida em relação à anterior: nada de “alguém conhece isto aqui?”…

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… mas sim, “alguém AINDA Ñ COMPROU esta bagaça?”

Segundo o cara da loja onde comprei, “está vendendo mais q água”. 1ª tiragem (creio q de 1000 cópias, ñ lembro bem), ainda em dezembro último (com 1 mês de lançado) simplesmente esgotou.

O q se justifica pela selvageria SEM CORTES do show filmado: simplesmente 25 faixas (duas são medleys) passadas em 1h e 2 minutos, sem interrupções. E com um reloginho pentelho no canto esquerdo da tela, sei lá por q catso.

Pra mim, é assim: tal como o Sepultura atual e o Metallica dum tempo atrás (anterior ao “Death Magnetic”), um Ratos De Porão inspirado é show OBRIGATÓRIO. Costumo dizer q quem curte som pesado e nunca os assistiu ao vivo deveria fazê-lo antes de morrer. Simplesmente assim.

O material, por outro lado, ñ achei tão infalível: algumas músicas dos discos recentes medianos (muitas do “Homem Inimigo Do Homem”, fora músicas ñ tão legais do “Carniceria Tropical”), “Agressão/Repressão” ñ escanteada (ô sonzinho chato!) e algumas antigas realmente desnecessárias (tenho certeza q Boka impôs enfiarem “Bad Trip” e “Mad Society”, de letras suas, no set-list). Me causando o ARREPENDIMENTO ALHEIO deles lá atrás ñ terem filmado o show do “RDP Vivo”, q teria saído ainda mais insano e clássico.

Tb achei bem incômodo Jão engrenando uma microfonia repetitiva entre som e outro, o q rola tvz por tosquice tvz por proposta ramônica mesmo (ñ dar tempo pra galera – e pra quem assistir em casa – conseguir respirar).

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Por outro lado… “Amazônia Nunca Mais” e “Descanse Em Paz” inteiras; “Velhus Decrépitus” e “Crise Geral” fechando; “Suposicollor” representando o incompreendido (até por eles) barra equivocado “Just Another Crime… In Massacreland”. Os medleys, um de sons do “Anarkophobia”, outro de sons do “Brasil” (“Lei Do Silêncio”, “Gil Goma” e “Farsa Nacionalista”, mais “Tatoo Maniax” e “Ignorância” enxertadas) me deram o gostinho de QUERO MAIS: por q ñ tocá-los inteiros?!?!

Hits obrigatórios? Constando todos: “Sofrer”, “Aids, Pop, Repressão”, “Beber Até Morrer”, “Crucificados Pelo Sistema” – ainda q ñ em suas consagradas versões (q a mim são a do, insisto, “RDP Vivo”) – e aí vão. Um João Gordo pouco falastrão (do q resulta fluir muito a apresentação), mas ñ intimidado ou “vendido”, e beirando o gore como quando tira a camiseta e ostenta cicatriz de cirurgia bariátrica…

O som é bem cristalino e as imagens, lancinantes. Vertiginosas. Sobretudo no início da apresentação, com gente subindo o palco adoidado (até mulher) pra dar stage-diving. E a banda, sem nenhuma frescura, trombando no pessoal e consentindo com a chuva de gente. Anos 80 na veia.

Em suma: artefato OBRIGATÓRIO!