AIN’T NO NICE GUY AFTER ALL

Saber da morte de Philthy Animal Taylor me trouxe duas sensações, imediatas:

  1. dèja-vu: tal como quando Jeff Hanneman se foi, foi numa quinta-feira, enquanto andava pela rua, com a esposa me ligando – ñ tenho internet no celular – pra contar
  2. juro q instantes antes da ligação, viajava numa idéia mórbida (lançada já como post por aqui, ñ tanto tempo atrás) de estranhar faltar gente famosa ligada à música falecida recentemente. Pelo menos nos últimos 2 meses. Conjuminava algo do tipo “nos próximos dias vai morrer alguém, e será o Mick Jagger“. E aí a esposa ligou com a notícia. Puta merda.

Maldito ‘fator x’.

animal

Vez ou outra me perguntavam: “Animal ou Mikkey Dee”?

Ñ sei escolher, nunca soube, jamais saberei. Ficou ainda mais complicado ante os 11 anos e pouco em q venho tocando no Motörhead Cover onde milito. (É a banda de q mais toquei sons na vida. E são os bateristas – bem mais q Pete Gill e Tommy Aldridge – q mais tive de lidar, igualmente). Inventei de responder assim: “do Animal, gosto mais de tirar os sons; do Mikkey Dee, mais de tocar”.

Mas ninguém nunca mais me perguntou…

Quase como tentar escolher entre Clive Burr e Nicko McBrain, no Iron Maiden. Como desempatar dentre bateristas estupendos, dos quais um jamais conseguiria/consegue tocar as partes alheias, e vice-versa? (E ainda mais q no Maiden eu prefira, disparado, o Nicko)

Baterista soberbo, louco de pedra, falso tosco e legítimo discípulo de Keith Moon. Já ñ militava há tempos, mas fica a obra, o requinte (as aberturas de chimbau improváveis) e o registro de ter sido o último baterista lesado vivo. E o único com coragem de usar dentes de tubarão em peles de resposta de bumbos. E de abrir shows com “Overkill”. Putz.

Sons preferidos, da vez, pra ilustrar: “Jailbait”, “Poison”, “Iron Horse” (do “No Sleep ‘Till Hammersmith”), “Limb From Limb”, “Shoot You In the Back” (q grooves!), “I’m So Bad (Baby I Don’t Care)”.

Pois o Motörhead lançou outras coisas além do “Ace Of Spades”, ñ sei se vcs sabem…