EXTREME NOISE TERROR

Inferno Club, São Paulo, 25/01/2012 – por Gustavo Martinez Gregianin, o Banderas

Tem coisas de sua vida que você se arrepende de NÃO TER FEITO. No meu caso, por exemplo, eu estava arrependido de perder o show que o Extreme Noise Terror fez em São Paulo em 2010. Quando soube do falecimento de Phil Vane (ex-vocalista da banda), a 1ª coisa que veio em minha cabeça foi “nunca mais terei a chance de ver o Extreme Noise Terror novamente”. Quando soube desse último show, eu resolvi ir: era como uma obrigação que impus a mim mesmo, uma maneira de melhorar o meu karma.

Quando entrei na casa, o Oitão tinha acabado de descer do palco, e teve Test tocando na porta, mas eu não vi. Com alguma espera, entra o Bandanos. Uma das minhas bandas favoritas, que tem uma performance excelente, mas que foi prejudicada por alguns problemas técnicos com o som, como as falhas no microfone do lead singer, Cris “Splatterhead”. Abriram com “Azul, Vermelho e Branco” e já emendaram com “Indiferença”. O público estava meio morto e vazio, porque no dia deste show era feriado só em São Paulo e tem muita gente que vem de outros lugares, outras cidades para este tipo de evento. Observei que estavam com um novo baixista, Lauro, que também toca no Braindeath. Tocaram também “Only For Good Thrasher”. No final, Fábio, vocalista do Paura, subiu ao palco pra cantar “Subliminal”. Muito legal.

Chega então a atração principal da noite: todos atentos e à espera dos acordes de “Deceived”… que jeito de iniciar o show! O novo vocalista chama-se Roman, vindo do Mind (alemão) e veio pra ficar, pelo que parece. Zac O’Neil também não pôde comparecer, foi tocar com sua outra banda, o Criminal (do Chile), quem veio em seu lugar foi Barney, músico que já tocou com o Raw Noise.  O show todo foi só arrebento!

Tocaram clássicos, como “Work For Never” e “We the Helpless”. O vocalista Dean Jones, único remanescente da formação original e LENDA, esteve sempre muito carismático com o público. Falando em público, destaco o elevado número de garotas bonitas presentes ao evento, acima da média. Pirei quando tocaram “Bullshit Propaganda” (uma das minhas favoritas). Não lembro de todo o setlist, e não o achei em lugar nenhum, mas me lembro de “Think About It”, “Religion Is Fear” e “Rapping the Earth”. O som estava excelente! O ronco das cordas era matador.

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Se você não foi, perdeu um excelente show que valeu o preço do ingresso. Eu paguei R$ 60,00, que é um preço justo, comparado aos exorbitantes montantes freqüentemente cobrados em MUITOS outros eventos de menor qualidade.

Hasta la vista, baby!