TOMMY VETTERLI

Eu vejo o whiplash todo dia, ñ tem jeito. Muitas vezes, pra caçar algum assunto, e tantas vezes em vão… Coisa rara é ver teco de entrevista traduzida realmente interessante, em q o assunto diz mais q o cabeçalho.

É o caso da com o ex-Coroner e ex-Kreator Tommy Vetterli, mais conhecido como Tommy T. Baron, dos tempos do ímpar (e ainda incompreendido?) trio suíço, por ali. Alguém já leu?

Pois deveria ser lida inteira.

Pinço cá 2 trechos, o 1º falando do último álbum, ½ coletênea, ½ de inéditas, ½ póstumo (“Coroner”), mas de um terço de banda tb (o baterista Marquis Marky – nome civil Markus Edelmann – ñ tocou nas inéditas), motivo de resenha Thrash Com H no já longínquo Junho de 2007 (caso de eu pensar em reprisá-la…);

o 2º. falando de sua passagem pelo Kreator, motivo de conversa entabulada entre mim e o amigo Yulo na lista de semana retrasada. E com o tipo de intriga q adoro ler, pq contada por personagem q viveu história, ñ por colunista ou jornalista q “ouviu falar”.

Ah, e dando conta, sim, da volta dos caras. Pra tocar num festival na França (!) em 2011.

Link é http://whiplash.net/materias/entrevistas/112446-kreator.html

coroner-band

No álbum auto-intitulado, Marky não tocou em todas as novas músicas. Por quê?

Este best of contém mais de 4 músicas novas. Marky tocou em duas delas, que são do tipo leves. Há duas ou três músicas mais pesadas que ele não gravou. Quando gravamos essas músicas o Coroner já havia se separado. Só fiz isso porque eu queria sair em turnê com Stephan Eicher, mas naquele momento estávamos sob um contrato com a gravadora, que me impediu de fazer isso. Nós concordamos com a gravadora para lançar um best of com algumas músicas novas, a fim de nos libertar contratualmente. Na época, tivemos que entrar no estúdio e gravar essas músicas, Marky não estava pronto porque ele não tocava bateria há quase dois anos. Por isso, contratamos um amigo chamado Peter Haas (nota: baterista do Mekong Delta à época) para gravar as partes de bateria.

Qual foi a razão para a separação? Eu sempre li que era por causa do Noise Records que não fez promoção para a banda…

Sim, essa foi uma das razões. Além disso, depois de 12 anos, era hora de fazer algo diferente. Nós estávamos apenas chateados!

Você não tem mais nada a dizer?

Não, não há nada entre nós. Nós não tivemos nenhuma briga na banda, ainda somos bons amigos e muitas vezes nos encontramos. Nós só queríamos fazer coisas diferentes. Eu queria trabalhar mais no estúdio. Então eu entrei no Kreator… Foi só o tempo para fazer algo diferente, é chato fazer sempre a mesma coisa.

(…)

A última pergunta é sobre Kreator. Você fez 2 álbuns com eles: “Outcast” e “Endorama”. No entanto, eles não foram muito bem recebidos por parte dos fãs por causa da sua direção musical mais suave, mais melódica e até mesmo gótica. Você realmente foi responsabilizado por isso. Não é um pouco frustrante?

Não, porque não era minha idéia. O problema é que o Mille (Petrozza) ouve muita música pop. Ele odiava metal. Ele queria fazer “música real”. Eu disse a ele sobre o ‘Endorama’: “você tem certeza que quer fazer isso?” E ele disse “sim! Eu quero ser mais comercial.” Eu era apenas um homem do lado dele. Eu estava aqui para ajudá-lo a alcançar esse objetivo. Quando um álbum não é muito bem-sucedido, é fácil dizer “a culpa toda é desse cara ai!”

Você está dizendo que o Mille não gosta de metal, então o que ele está fazendo liderando uma banda de thrash metal?

Ele tem que fazê-lo. Essa é a maneira como ele ganha seu dinheiro. Não há outra maneira.