LIXOMANIA

Sesc Pompéia – 23.03.23

Showzão.

Soube do show faltando uns 3 dias; comprei o ingresso na véspera, noutra unidade. E a baixa expectativa às vezes é o q causa a melhor apreciação.

Lembrava ter assistido ao Lixomania, no mesmo Sesc, ñ lembrava quando. E ñ lembrava se tinha gostado, provavelmente ñ.

Tive q dar busca aqui no blog e encontrei: novembro de 2017, abrindo pro Ratos de Porão. Nossa, numa época estranha da vida, deixa pra lá. Recomendo a releitura do post.

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Fora a disponibilidade, o preço em conta e minha meta de tentar ver uns 30 shows este ano, o q me atraiu no evento foi a promessa (cumprida) de participações de Jão, Clemente (Inocentes) e Ariel (Condutores de Cadáver/Restos de Nada).

E estava cheio. Mesmo com greve (justa) dos metroviários. Era uma 5ª feira à noite tb, igual 6 anos atrás.

Pouco teve de bolor (ao contrário de 2017): banda repaginada, provavelmente só o vocalista Moreno mantido, com baixo, duas guitarras e 2 bateristas; bateristas q trocaram no meio do show, sem aviso, e o segundo bem melhor q o primeiro, q ñ era ruim. Mas tudo moleque, pra aguentar o tranco.

Ñ sei dizer das músicas, fora as q Moreno anunciava: “OMR”, “Quero Ser Livre”, “O Punk Rock Não Morreu”, “Os Punks Também Amam”, “Gerente”, “Presidente”, “Estado de Sítio”, “Violência e Sobrevivência” e etc. O punk é “veia 77”, dá pra sacar influências de Buzzcocks e Stiff Little Fingers e a banda estava muito bem ensaiada, emendando os sons.

O som no local estava tb excelente, ajudou demais. A vibe nostálgica era complementada por punks (homens e mulheres) da antiga por ali, inclusive um tal Tikinho, guitarrista original e fundador, por várias vezes saudado mas q ñ quis subir ao palco nem tirar foto.

Punk, caralho.

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Achei legal Moreno no início saudar “aqueles q se foram durante a pandemia”. Dedo na ferida necessário, pq a negação parece ter virado norma. Ainda saudou gente da “turma” q tinha falecido recentemente, mas sem choradeira.

E o melhor do rolê foram mesmo as participações: Jão entrou meio zoeiro, falando histórias da Vila Carolina e mandou – é muito estranho ver o cara sem guitarra – “Parasita” e “Corrupção”. A partir dali, o show virou meio um “Feijoada Acidente – Brasil”, o q foi foda.

Sai Jão, tocam “Buracos Suburbanos” (Pzykóse), uns 2 sons, daí sobe Clemente. Solene, sério, mandou “Pânico em SP” e “Garotos do Subúrbio”, fodas. Daí uns 2 ou 3 sons, Ariel sobe, manda umas doideiras e tocam “Direito a Preguiça” e “Desequilíbrio”, atualíssima.

Daí em diante teve mais som, eu tava na vibe, desencanado de tirar foto ou de tentar guardar nome de música, e acho q é meio por aí. A tal da “imersão”. Ou ñ? Uma hora e 15 minutos totais, plenos.

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Baita show, baita vibe, o bolo de capim santo com geléia de amora q eu comi antes estava excelente, e dali foi voltar voando pra perto de casa e pegar a Esfiha Imigrantes (aê, Leo e Danny!) aberta.

Cheguei faltando 20 minutos pra fechar e comi. Tivesse usando coturno, teria sido ainda mais épico o meu “pé na porta” ahahah

O punk rock ñ morreu.

PS – as fotos, eu q fiz. O vídeo, ñ