SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA TRASH SEM H
“Cine Trash”, coletânea, 1995, Band Music
sons:
- “Trash” – Alice Cooper
- “Super Charger Heaven” – White Zombie
- “Prevail” – Kreator
- “Raining Blood” – Slayer
- “Sabbath Bloody Sabbath” – Black Sabbath
- “Predator” – Accept
- “Self Destruction” – Criminal
- “Wish” – Nine Inch Nails
- “Starfucker Love” – Psychotica
- “Anya” – Deep Purple
- “Saravá Metal” – Gangrena Gasosa
- “Life Waterful Man” – Full Range
- “Trash Theme” – Nightmare Team
A outra modinha noventista q ñ a do mangue beat q ñ engoli foi a do Coffin Joe.
O Zé do Caixão em inglês pra mim foi coisa de meia dúzia de críticos cult estadunidenses, praticamente mais entusiasmados com tosqueira do q praticamente com algum valor cinematográfico da obra mojicana. Lixão inusitado e cintilante de 3º Mundo, tb meio vergonha alheia, dum tempo q o q atraía esse tipo de gringo era isso e ñ adotar criança pobre da África.
Só faltou deslumbrados de plantão por aqui – tipo André Barcinski – quererem q o cara ganhasse algum Oscar honorário…
Por outro lado, a onda rendeu frutos (podres) por aqui. Zé Mojica ganhou a tal sessão “Cine Trash” na Band. Q, salvo engano, era inicialmente de sábado à noite, pra passar a ser praticamente nas tardes dos dias úteis – tempos interessantes pré-noticiário de “celebridades” – sempre com algum filme b pra quem curte filme b.
E um desdobramento óbvio da sessão televisiva foi a coletânea aqui citada. Das piores q já ouvi, tanto pelo critério ESDRÚXULO de mistureba de bandas e sons, como pelo ÁUDIO RUIM q oscila de faixa pra faixa, e ainda por equívocos memoráveis de faixas aqui apresentadas.
Equívoco memorável #1: “Raining Blood” veio na versão mequetrefe q alguns “Reign In Blood” nacionais tiveram, de começar a faixa pela parte final de “Postmortem” (aquele recomeço e última estrofe, do “do you want to die”). Pff!
Equívoco memorável #2, suposto: a “Sabbath Bloody Sabbath” daqui é ao vivo e ñ me parece coisa do Black Sabbath. Aparentemente, tiraram dalguma gravação ao vivo do Ozzy e mudaram pro nome da banda. Equívocos adicionais: “Predator” e a ótima “Prevail” tiradas de discos obscuros das respectivas bandas – a 2ª ainda pior, pq tirada de disco (“Cause For Conflict”) q acho q nem saiu nacional…
“Wish” tá em versão tb esquisita, terminando em fading. E com a paradinha pré-refrão limada! “Trash”, xinfrim, foi nitidamente colocada pra rimar com o nome da coletânea. Pelo menos “Super Charger Heaven” e “Anya” (esta, com clima inequívoco de música de filme) foram colocadas integrais, sem palhaçadas.
Criminal era uma banda chilena, era isso? Faz parte do rol de sons insossos aqui contidos, junto dos de Psychotica (quem?) – q soa um sub Barbie Manson em demo de ensaio – e dum certo Full Range, nacional, bem tocado, mal cantado, longo e grooveado esquisito. E q me soou meio Gruntruck (alguém lembra?). A do Gangrena Gasosa francamente poderia ter sido melhor escolhida.
A “cereja” na farofa com frango morto e cidra na encruzilhada praticamente é o derradeiro “Trash Theme”, de co-autoria de Mojica, Faisca (será o guitarrista?) e Rogério Brandão e Jodele Larcher, diretores do pograma. Simplesmente uma cama mal gravada – coisa de guitarrista com bateria eletrônica gravada meia boca – bastante clichê pra imprecações do Coffin Joe. Q ao menos tem o mérito de ñ ser TÃO vergonha alheia como foi “Prenúncio”, infeliz parceria com o Sepultura safra “Against”.
Ao menos, sem desafinações e erros de concordância. E até praticamente com algumas rimas. Ao menos naquilo q entendi da bagaça.
Quero dizer o seguinte: “Cine Trash” é muito tosco. Paguei 10 contos nele, e até valeu. Pq ainda consigo encará-lo com BOM HUMOR. Recomendo a quem praticamente encontrá-lo tb o fazer. Pq ñ pode haver coisa pior q isso, o q é um valor – deturpado, sim – da coisa. (Fazer um catadão com as mesmas músicas, via download, vai ficar melhor).
Caso vc – vc, vc!! – ñ compre “Cine Trash”, praticamente seu intestino vai se transformar em cobra e te devorar por drento ahah
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CATA PIOLHO CXCVII – “Wolves”: Marduk ou Machine Head? // “Bled Dry”: Napalm Death ou Dew-Scented? // “You Can’t Stop Rock’n’Roll”: Twisted Sister ou AC/DC?
Rodrigo Gomes
28 de outubro de 2011 @ 21:35
Comprei essa tosqueira assim que saiu, nem lembro quanto paguei, mas até acho que essa coletânea é passável. Agora, te corrigindo pela segunda vez sobre o mesmo assunto: o Cause For Conflict saiu nacional sim, tanto é que o meu é nacional. E saiu nessa época dessa trilha mesmo, pelo que me consta.
Marco Txuca
28 de outubro de 2011 @ 22:08
Ah, tá. Acho q lembro.
É q a minha surrupiada era alemã, e a q recomprei tb. Como a Gun Records é meio conhecida pelo domínio doméstico de seus discos e cast, fiquei com a impressão.
Mas “Prevail” é melhor de ouvir no CFC.
E me tire a dúvida: “Anya” está integral ou foi editada na coletânea, afinal?
Tiago Rolim
28 de outubro de 2011 @ 22:34
Pô Zé do Caixão é foda vei! Só o filme ” O ritual dos Sádicos”, ja vale uma olhada na filmografia do cara! Sem falar da “A Estranha Hospedaria dos Prazeres”, e dos Clássicso 2 1ºs filmes do doido.
Essa coletânea nunca vi, e pelo relatado, nem quero. Mas “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”, já dizia o mestre Tim Maia…
doggma
28 de outubro de 2011 @ 22:59
Pô, Cine Trash! Achava que só eu tinha pego a fase que passava à tarde, porque fiquei desempregado bem nessa época, haha. Eles reprisaram aquele filme dos ETs palhaços assassinos umas trocentas vezes. E, com medo da maldição do Zé, eu assistia todas as vezes até o fim.
Até que essa trilha é até bem descoladinha, apesar das macetadas de estúdio e do jeitão de chinelagem. Relíquia trash com algum thrash. Será que alguma das bandas compiladas viu a cor do direito autoral?
Jairo
28 de outubro de 2011 @ 23:54
Cine Trash era meu terror das tardes brasileiras, não perdia um dia.
marZ
29 de outubro de 2011 @ 01:56
Que tosco.
Cause For Conflict é o único album do Kreator que não possuo, nunca achei pra comprar. =/
Marco Txuca
29 de outubro de 2011 @ 02:36
A única pessoa q COM CERTEZA viu cor de dinheiro com este disco foi a dona do sebo onde comprei!
FC
29 de outubro de 2011 @ 21:41
Cine Trash era um clássico! Lembro vagamente do Zé anunciando o CD nos intervalos. E ainda lembro do programa pois foi meu último momento “estudante Sessão da Tarde” (aquele que não trabalha, estuda de manhã e não faz nada o resto do dia). Se eu não me engano, a Band na mesma época passava “Contos da Crypta”.
No Cine-Trash lembro de um filme (pode até ser esse que o doggma falou) que tinha uns ET’s anões verdes que no final comem (no sentido antropofágico) a mãe do protagonista em cima da mesa. Foi muito tosco.
Louie Cyfer
1 de novembro de 2011 @ 16:28
Eu preferia o Cocktail com a apresentação do Miele.
Muiitoooo melhor, se é que vcs me entendem…. hehehe.
doggma
1 de novembro de 2011 @ 18:57
Aê tu pegou pesado… se for assim, prefiro até os finaizinhos do Viva o Gordo, quando o Jô botava uma gostosa fazendo strip, hahaha
Marco Txuca
1 de novembro de 2011 @ 20:16
É pra ser trash, é? Acho q eu ganho:
eu assistia a todos os “Gigantes Do Ringue” (tv Record). Acreditava q era de verdade, e anotava combates, juízes e vencedores num caderno!
Meu pai inclusive, chegou a me levar pra ver ao vivo. Provavelmente a maior vergonha alheia da vida DELE.
Hell.Mann.
18 de junho de 2014 @ 03:29
Coletânea altamente tosca. Sempre achei estranho essa mistureba de sons, mas é melhor que muitas que já vi por aí. Quanto ao extinto e saudoso programa? Maravilhoso. Quem dera se voltassem a passar algo similar. Cine Sinistro também foi bom, mas o ”Trash” era imbatível.
Hoje em dia não tem mais NADA similar! filmes lado-B impagáveis, tosqueira de primeira. Bons tempos. Hoje em dia, tá tudo uma bosta. Sem mais.