RATOS DE PORÃO
Sesc Santana, 14.12.23
Show numa quinta-feira às 19:30 num local na Zona Norte em q milagrosamente cheguei a tempo vindo da Zona Oeste (Barra Funda) às 18:20*. Graças a alguma divindade ou ao mercado financeiro?
Nada: graças a Debora, minha namorada, q domina uma traquitana chamada celular e suas opções de trânsito alternativo. Enfim. Chegamos já na 1ª música, “Alerta Antifascista”. E como q pra compensar o perrengue, eis q nos thrills e reels do Instagram do JG, estamos ali filmados filmando a descida da escada pro local.
Local aberto, meio um quintal do Sesc. Só o palco coberto, e ao lado das piscinas onde um pessoal fazia aula de natação.
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E o q houve de diferente em assistir o RDP pela 3ª vez em 2023?
Primeiramente o som. MUITO ALTO. Especialmente em se tratando de local aberto. Algumas fotos mais próximas q fiz (e a banda esteve muito próxima do público), foi tapando o ouvido esquerdo.
A outra coisa foi o set-list, levemente alterado em relação à Virada Cultural em maio, e ao Lata Velha em outubro. JG avisou q estavam ensaiando pra 2024 sons de “Just Another Crime… In Massacreland“, a fazer 30 anos de lançado. Anunciou q fariam 3 sons dele, eu só percebi duas, mal ae.
Ou tvz tenham tocado só duas mesmo, “Satanic Bullshit” e “Bad Trip”, q admito: só reconheci pq foram nomeadas.
Outras gratas surpresas achei voltarem a tocar “Crianças Sem Futuro” e “Igreja Universal”, q nunca ficam datadas. “Mad Society” eu dispensaria, mas ver a banda 3x este ano não me deu poder de veto. Tocaram “Sofrer” tb, e é preciso conhecer o repertório pra sacar q o set-list foi só um guia pros caras, q o preencheram diferente numas horas.
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Achei o público diferente tb, até pra público de Sesc: muito punk velho, muita tiazinha com roupa de oncinha, muita mulher só de sutiã. Tvz fosse o calor senegalesco, tvz seja o público da Zona Norte.
E de qualquer modo, não houve treta ou assédio. Rodas, montes. E a banda, impiedosa. Com a galera pedindo comentários de JG, q em “Morte Ao Rei” foi citando nominalmente bolsonaristas a serem presos. Q em “Beber Até Morrer” zoou q não eram mais disso, e q Jabá – ex-baixista – está fodido do fígado.
Em algum momento, um pessoal começou a pedir “Conflito Violento”, q dos sons mais recentes parece estar virando clássico. Tocaram sem piedade.
Um puta show, acontecido a despeito da Enel, um puta lugar, cerveja (Heineken) disponível pra quem curtisse, som alto e uma banda q se recusa a envelhecer. Até pq tem repertório pra ficar revistando… até morrer.
Não acredito q alguém presente tenha saído desapontado. Não eram 21h ainda quando encerrou, o q é ótimo pq sexta-feira seria dia útil e pq o público parece não mais ser aquele tipo q topa esperar o trem e o metrô abrirem. Não ganho um puto ou ingresso pra dizer isso (nem peço): q venham ainda mais shows pesados nos Sescs em 2024!
Set-list: 1. “Alerta Antifascista” 2. “Aglomeração” 3. “Morrer” 4. “Mad Society” 5. “Crianças Sem Futuro” 6. “Satanic Bullshit” 7. “Bad Trip” 8. “Amazônia Nunca Mais” 9. “Farsa Nacionalista” 10. “Ignorância” 11. “Lei do Silêncio” 12. “Morte Ao Rei” 13. “Necropolitica” 14. “Crucificados Pelo Sistema” 15. “Descanse Em Paz” 16. “V.C.D.M.S.A.” 17. “Guerrear” 18. “Políticos Em Nome do Povo…” 19. “Caos” 20. “Realidades da Guerra” 21. “Igreja Universal” 22. “Sofrer” 23. “Conflito Violento” 24. “Aids, Pop, Repressão” 25. “Beber Até Morrer” 26. “Crise Geral”
*a ausência de vírgulas no período foi pra conferir vertiginosidade
Leo
19 de dezembro de 2023 @ 11:49
Queria muito ter ido.
Mas em janeiro tem de novo.
Minha nota fica pra camiseta do JG.
Na semana que o Max solta o “no Cavalera, no Sepultura”, achei afrontoso. Rs
Marco Txuca
20 de dezembro de 2023 @ 01:44
Timing q dispensou explicações.