PERSONAGEM
Conversava com Jessiê no sábado e me surgiu o insight de pessoas aqui em São Paulo q na virada dos 80’s pros 90’s basicamente se fizeram em cima dos roqueiros e metaleiros.
Curiosamente um mesmo zeitgeist, mas em bairros vizinhos. Em vetores opostos. E sem relação entre os envolvidos.
Na Aclimação, a filha da puta da bispa Sônia e seu klan Hernandez patrocinando bandas, estúdios e organizando festivais ali no cinema abandonado tornado templo (aquele q caiu há alguns anos, na Lins de Vasconcelos), escrupulosamente inserindo pregação entre banda e outra.
Comprava tb espaço na tv Manchete, passando o “Clipe Gospel” nas madrugadas. Deu no q deu. Bostonaro está aí e a estelionatária louva. E nós aqui estranhando o banger isentão de direita. Aleluia.
No Ipiranga, por sua vez, um sujeito “muito inteligente” com uma lojinha na Bom Pastor 1515 apareceu do nada via inserções comerciais na tv Gazeta vendendo tênis de skatistas e camisetas de surf wear. No programa chamado “Grito da Rua”, de skate e surf.
Ñ toca nem nunca tocou guitarra, nunca fez nem backing vocal em disco algum, mas representando a Vision vestiu tudo o q era banda de metal e hardcore por aqui uma certa época: Sepultura, Ratos de Porão, Viper, Volkana, Zero Vision, Raimundos e etc.
Turco Loco/Alberto Hiar tvz seja uma figura estranha pra quem ñ é daqui da capital, mas já foi pra lá de onipresente e continua personagem relevante. É dono da marca Cavalera e etc. A lojinha 1515 ainda existe, tornada outlet da Cavalera.
Encontrei esse “Panelaço” linkado acima e mandei pro Jessiê. Resolvi tornar pauta aqui. JG, em seu estilo próprio, praticamente insultou e tirou (de boa) muitas verdades, muitas histórias. E o sujeito ñ fugiu da reta, nem bancou o inocente ou se valeu de politicamente correto.
Os 2 primeiros minutos são perfeitos. Histórico resumido. E na altura dos 20 minutos, pra mim a melhor descrição da treta do Sepultura. Se nunca existiu uma cena por aqui, ñ foi por culpa dele. Muito foda.
FC
22 de setembro de 2020 @ 14:30
Votei nele na minha primeira eleição, única e exclusivamente pela identificação com as bandas. Ele chegou a prometer uma pista de skate perto da minha casa, mas nunca rolou.
Figura e política à parte, as roupas da Vision eram bem boas. Cavalera eu tive bastante no final dos 90’s, mas parei de usar quando mudou o nicho (leia-se, virou moda e ficou cara).
Adorei a parte da entrevista quando ele diz que o Alckmin nunca gerou um único voto pra ele.
märZ
22 de setembro de 2020 @ 18:03
O nome dele vem circulando na midia rock ha décadas, acho que nem precisa ser de SP pra estar familiarizado. E curioso como não existe ninguém que consiga dizer algo positivo sobre a tal Monika Bass Cavalera. E Gloria não fica atrás.
Jessiê
22 de setembro de 2020 @ 20:02
März tem razão em tudo, basta ver os encartes. Até porque a gente destrinchava essas informações.
Por outro lado as narrativas de diferentes pessoas sobre os fatos dão um panorama sobre o passado e razão ao Paulo que sempre levou paulada no cantinho dele.
Jessiê
22 de setembro de 2020 @ 20:05
Tenho uma camisa da Cavalera da copa de 2002 do Sepultura que usei muito e continua em perfeita conservação, dada a qualidade.
Hoje uso raramente pela identidade indevida. Por mais que concorde com o Arede que não devemos deixar tomarem nossas coisas como se fossem deles.
Gustavo
23 de setembro de 2020 @ 10:23
Cavalera fez um belo terceiro uniforme da Lusa em parceria com a Penalty.
Trazendo pra este post o que debatemos naquele do “Paranoid”… Se o Turco Loco surgisse hoje, provavelmente iria direto no rap, funk ou trap.
Sobre o Sepultura, é marca registrada da banda misturar negócios e família. haha
Leo
24 de setembro de 2020 @ 06:38
Excelente entrevista.
Aliás, esses programas do Gordo, via de regra, são muito bons.
Interessante ver que um nego com visão nesse meio nada de braçada.
E concordando com ele: o Central panelaço é do caralho. Puta ideia massa!
É o espírito do que serão os comércios contemporâneos no futuro, lugares de identidade, e bem decente.
Marco Txuca
24 de setembro de 2020 @ 12:01
Então Leo, outro dia falava numa postagem do Rodrigo lá no Facebook sobre o Jão. Q vc teve oportunidade de conhecer no Underdog.
Conta aí aquela história de vc e a Danny lá, e ele servindo mojitos. Achei demais.
André
25 de setembro de 2020 @ 17:15
O Underdog mudou de nome, não é? Tenho vontade de ir lá.