NUCLEAR ASSAULT
por märZ
24.04.19 – Correria Music Bar, Vila Velha/ES
Eu calculo umas 250 pessoas, não mais do que isso. E creio que era o esperado.
Público meio a meio, no que diz respeito a old school e gurizada, o que me surpreendeu um pouco: onde estão todos os meus amigos que séculos atrás curtiam metal, compravam LPs, gravavam fitas, faziam suas próprias camisetas? Há tempos desapareceram, quase em sua totalidade.
Mesmo em meio às minhas amizades atuais, sou pelo menos 5 anos mais velho que os demais. Meus contemporâneos envelheceram, engordaram, casaram, tiveram filhos, encaretaram, “traíram o movimento”.
Pior pra eles, pois o Nuclear Assault fez um show muito legal e divertido no Correria Music Bar de Vila Velha, aqui no pequeno e secreto Estado do ES. “Eles são mulambos demais”, amigos me alertaram, tendo-os visto anteriormente. Achava que isso se traduzia em performances ruins, mas não necessariamente. Despretensiosos, sim. Mas com certo charme e competência.
Dan Lilker e Erik Burke são hippies maconheiros de coração, o segundo inclusive tocando descalço, uma característica sua. John Connelly é um toco, pequeno e com alguns kilos a mais, e o batera Nicholas Barker um Buda atômico, praticamente imóvel a não ser por mãos e pés.
Entraram no palco despretensiosamente e deu pra perceber que nem roadie trouxeram, o único em atividade sendo funcionário da própria casa. Fizeram um show empolgante, acelerado e quente. Connelly reclamou do calor algumas vezes, e todos suavam em bicas. Inclusive o público.
Não encontrei o setlist por aí, mas foi aquele desfile de semi-clássicos dos 3 primeiros álbuns, e uma que não reconheci, suponho que do mediano EP “Pounder”. Ao vivo, nota-se ainda mais claramente a influência do hardcore americano em suas músicas, algo pelo qual sempre foram notórios e diferenciava seu trabalho de outras bandas de thrash metal da época.
Show legal, ingresso barato, local pequeno, pouca gente, Devassa gelada, som razoável pra bom (a não que, como eu, se teimasse em ficar colado no palco, onde só se ouvia bateria e baixo). Zero de pretensão, 90 de atitude. Valeu ter ido. Mulambo eu, mulambo tu.
Jessiê
5 de maio de 2019 @ 15:32
Nem fiquei sabendo. Foi quanto o ingresso? É o tipo de show que me deslocaria longe para ir e certamente me divertiria muito. Game Over e Handle with care são seminais.
Marco Txuca
6 de maio de 2019 @ 01:03
Parece q foi 60 kitgays + kg de alimento.
Aqui em SP foi na quinta e sexta, dias seguintes, a 30 kitgays cada. No Sesc Belenzinho. Mas ñ consegui ir em NENHUM. Vendeu tudo (650 lugares cada show) em 20 minutos pela internet.