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19 Comments

  1. bonna, generval v.
    20 de outubro de 2020 @ 14:53

    Me surpreende muito não ter ‘aquela’ do Guns N’Roses.

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  2. märZ
    20 de outubro de 2020 @ 16:53

    Uma das coisas que me vêm á cabeça vendo essa lista é que talvez os artistas do glam metal (ou hair metal ou seja lá o nome que se dê a esse hype oitentista nos uza) dos anos 80 ainda seja vistos como “uncool”, bregas, ridículos.

    Eddie Trunk fala disso no podcast: que pelo tempo decorrido, essa leva de bandas já era pra ser vista como “classic rock” por toda uma geração, e suas músicas tocadas na programação de rádios voltadas a esse tipo de programação. Mas não é oc aso, ainda rola preconceito, visto que se pulou toda uma fase no rock e os anos 90 já estão sendo regurgitados.

    Deixei os uza em dezembro de 2000 e me lembro que esse período do meio dos anos 80 e as bandas hair/glam eram descritos em tom jocoso pelos meus amigos e também por radio djs.

    Será que o trauma foi tão forte assim?

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  3. Marco Txuca
    20 de outubro de 2020 @ 22:22

    Qual “aquela”, bonna?

    Se vc ñ especificar, fico com ao menos 3 “aquelas” na cabeça ahahah

    Bifurcando e repassando:

    1) acho q o trauma do hard poser foi grande, sim. O maior legado do grunge e anos 90 foi botar a MÚSICA de volta no foco, ñ os personagens, a maquiagem, a conversa mole. Comparo esse hard (jamais metal) a uma era q só saudosistas (alô, Rodrigo Gomes!) e gente deslocada no tempo e no espaço (tem uma “ceninha hard” aqui em SP) ainda apreciam.

    Ficou mais ou menos como a época da Jovem Guarda por aqui: ñ deixou legado, e quem ainda curte muito é sujeito a bullying

    2) outra coisa é o tempo: já se vão quase QUARENTA ANOS da década de 80. Nós lembramos dela pq a vivemos; tem molecada de 18 anos hoje, nascida em 2002, pra quem os anos 80 é coisa de avô. E a gente, nos 80, meio q repudiava os anos 60, ñ? Tipo “coisa de velho”

    Quando brincamos com as listas de “anos 60, 70, 80, 90, 00 e 10”, tvz tenha passado batido discutirmos isso. Pra nós anos 90 foi outro dia. Pra quem tem 18 anos hoje, é o q eram os anos 60 pra nós. Futebolisticamente falando: enchia o saco ver os órfãos de Pelé falando da Copa de 70 em 1994, provavelmente a primeira Copa do Mundo q vimos a Seleção ganhar. Estamos em 2020 e a distância pra 1994 é a mesma pros neymarzetes aborrecidos

    3) Foo Fighters tem 26 anos de lançado o primeiro disco. Dave Grohl pinta cabelo e barba e ainda existe um clima de “banda nova”, gente jovem etc. Se pegarmos das bandas clássicas e contarmos 26 anos dos discos de estréia, constataremos a decadência pq passaram (tinham passado) e a fama de dinossauro/superado q o FF ñ tem

    Black Sabbath – de 1970 a 1996 estavam no “Reunion”
    Pink Floyd – de 1967 a 1993, estavam prestes a lançar “The Division Bell”, com auge e decadência já tendo passado
    Rush – de 1974 a 2000, estavam pra voltar com o “Vapor Trails”, returbinando a carreira pra mais 15 anos
    Deep Purple – 1968 a 1994: começo da era Steve Morse. Já faz tempo!

    O Guns N’Roses é caso único, antropológico e sem precedente: de 1987 a 2013 continuaram no auge, decadentes e dinossauros e relevantes (vivendo do próprio nicho) ainda assim.

    ****

    Nesse intervalo entre 1994 e hoje surgiu muita banda de “rock” light (Coldplay, Imagine Dragons, Kings Of Leon, Arcade Fire) das quais parece q passamos batido, com exceção de White Stripes e Queens Of the Stone Age. Catso: o q acontece com o Foo Fighters? Q tem fã q nem associa Grohl ao Nirvana.

    Ainda existe muita má vontade com o Nirvana por aqui, ainda mais dos metaleiros q tb continuam a abominar Alice in Chains e Soundgarden. Mas o documentário “Punk” (tem passado no Bis), q o märZ me indicou certa vez reflete a tremenda reverência q os roqueiros da época tiveram com a horda do Cobain. Tvz esteja chegando a hora de recalibrar esse juízo de valor

    yeah yeah y-yeaah

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  4. Marco Txuca
    20 de outubro de 2020 @ 22:26

    Outra coisa ainda: coincidentemente hoje faz 30 anos do início da Mtv Brasil aqui. Lembro até hoje do primeiro dia (assisti cada minuto) e dos 2 ou 3 videocassetes q danifiquei de tanto deixar ligado com fita “no ponto” pra gravar.

    Simbolicamente ainda, encontrei hoje num bazar aquele disco do Dee-Lite e comprei ahahah

    (só quando cheguei em casa vi a nota celebratória no Facebook)

    Mas cito a Mtv Brasil como algo q provavelmente interferiu no nosso radar musical por aqui, ñ?

    Eu já ouvia música demais em 1990, e me nutria de Bizz e Rock Brigade, mas a Mtv Brasil (e ñ só o Fúria Metal) me deram ainda mais coisas pra ouvir, q eram coisas q eu só lia a respeito. Ou q conhecia comprando discos “às cegas”.

    E terminaram no último dia, último videoclipe, passando o de “Maracatu Atômico”, na versão Chico Science. Coerente.

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  5. Rodrigo
    21 de outubro de 2020 @ 08:27

    Sou saudosista e deslocado no tempo então aprecio. Teve esse lance da baixa popularidade do hard nos anos 90, mas nessa época foram lançados discos tão bons iguais os clássicos dos 80.

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  6. FC
    21 de outubro de 2020 @ 10:09

    O trauma e a rejeição com o hair metal foi tão grande que ele nem deixou herdeiros, é um mico, uma coisa pra ser esquecida. Claro que ainda tem um nicho pequeno de banda nova do gênero, mas é irrelevante em termos mercadológico (falávamos do The Darkness esses dias por aqui, não?).

    O grunge, por outro lado, ainda existe, mesmo que camuflado. Não mais aquele puro (Soundgarden, Nirvana, Pearl Jam e Alice in Chains), nem o pasteurizado (Bush, Creed, The Nixons, Puddle of Mud).

    Mas se vocês pegarem qualquer trilha de filme que necessite de um pouco de ação, ou aquele comercial de carro mais voltado para jovem, a música ainda vai ter uma guitarra propositadamente suja e a voz ainda estará atrelada a um timbre Cobain/Vedder.

    Terá sido à toa que no início dos anos 90 Hetfield e Mustaine tenham feito aulas de canto para buscar novos recursos vocais?

    Ou seja, há 30 anos esta estética ainda é o padrão, a lista do post não surpreende em nada.

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  7. André
    21 de outubro de 2020 @ 10:22

    Aí, eu pergunto: quem parou no tempo foi o público ou os programadores de rádios? Tenho certeza que a maioria deles são tiozões que passaram dos quarenta. Ao mesmo tempo que rejeitam os anos 80 (sendo o glam metal o principal alvo), também rejeitam praticamente tudo produzido no século XXI.

    Lembro de um texto do Lúcio Ribeiro, de quem tenho várias ressalvas, mas, que fez um comentário pertinente sobre as rádios rock do Brasil. Ele criticou a alienação dos programadores que atochavam Aqualung e Sultans Of Swing nos ouvintes e ignoravam todo um universo de bandas novas. Essa lista é um reflexo disso.

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  8. André
    21 de outubro de 2020 @ 10:35

    Ainda sobre o preconceito sobre os anos 80. Alanis Morissete regravou King Of Pain do The Police e justificou dizendo que adorava “a música brega daquela época”. E, ela tava falando de The Police, não de Poison ou Def Leppard.

    Enfim, as pessoas estão se lixando pra diversidade musical. Elas querem aquele fast food embaladinho e pronto pra consumo e só. Esse papo de que a internet universalizou a distruibuição de música é lorota. Pelo menos, isso não reflete no que é consumido pelas pessoas. Música é cultura, mas, é vendida como entretenimento barato pela mídia.

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  9. André
    21 de outubro de 2020 @ 10:35

    Assistam isso aqui. Genial.

    https://www.youtube.com/watch?v=DGtLDpgmMWI

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  10. märZ
    21 de outubro de 2020 @ 15:53

    Coincidentemente, Eddie Trunk menciona esse comercial e algum outro com música do Skid Row de fundo como as únicas exceções envolvendo esse tipo de banda hoje em dia.

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  11. Marco Txuca
    21 de outubro de 2020 @ 18:16

    Algo q queimou muito o filme dos hard poser foram os reality shows tb. Os caras já eram caricaturas ambulantes, viraram caricaturas perambulantes.

    Barbie e o cara do Poison fizeram reality pra arrumar namorada. Tommy Leexo fez sex tape com a Pamela… Tipo nível pré-sal Noturnall.

    Ñ tem credibilidade q aguente.

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  12. André
    21 de outubro de 2020 @ 19:35

    O Vince Neil fez reality show pra tentar reerguer a carreira. Teve que emagrecer e gravou música feita por encomenda pelo Desmond Child. Vergonha alheia total.

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  13. Marco Txuca
    23 de outubro de 2020 @ 11:56

    Eu acho q o FC matou a charada: de certo modo, o “grunge ñ morreu”. Foi fabricado logo após, sem nem esperarem esfriar o cadáver (Candlebox, Creed, Days Of the New, Nickelblargh + Silverchair e STP q vinham correndo por fora subindo de divisão) e o rock virou essa coisa insossa com cara de grunge + punk pop.

    É tudo meio Foo Fighters e Green Day (outros q ñ entendo até agora COMO ainda estão por aí), de modo q a produção em série ñ parece ter deixado um VÁCUO pras pessoas sentirem saudade. Tvz esse povo dessa rádio rock continue preso ao rock q ñ morreu. E q o Strokes, o Interpol e The Darkness ñ “salvaram”.

    (parêntese pra banda do Grohl + Milley Cyrus nos últimos dias pagando de roqueira, gravando Cranberries, Led Zeppelin, Pink Floyd e aparentemente prometendo disco novo com versões de Metallica. Adotando o marketing de “gente legal q ñ deixa o rock morrer e apresenta o rock pras novas gerações”)

    No q eu puxo a coisa do Lúcio Ribeiro: esse é um crítico indie cujo foco é criticar os dinossauros e defender o q é novidade, “revelação”, “hype”.

    Os hypes q o cara tanto adora, envelheceram. Nunca foram rock, ñ sobreviveram a si próprios. Viraram flashback q pouco toca em rádio ou trilha de filme. Ao mesmo tempo, concordo com o lance das rádios por aqui, q SÓ TOCAM as mesmas 4 ou 5 músicas do AC/DC, The Cult, Deep Purple, Creedence, Queen, e aquela UMA ou DUAS de sempre do Thin Lizzy e do Jethro Tull.

    Pessoalmente, ouço rádio (a 89fm) 5 minutos por dia, quando acordo. Pq acordo com rádio relógio. E a programação em si ñ mudou NADA nos últimos 30 anos. Por isso q no carro, há anos venho carregando 5 pendrives lotados pra ouvir a música q eu gosto e quero.

    Últimos dias, por exemplo, minha playlist tem sido Capital Inicial oitentista, Cannibal Corpse noventista/zerentista e Rhapsody.

    Ñ sei por q ainda existe rádio. Lavagem de dinheiro?

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  14. André
    23 de outubro de 2020 @ 16:52

    “rock virou essa coisa insossa com cara de grunge + punk pop.

    É tudo meio Foo Fighters e Green Day (outros q ñ entendo até agora COMO ainda estão por aí)”

    Resumiu o rock atual. Diluíram o grunge e o rock alternativo em geral num som family friendly. Enquanto isso, o hip hop dominou o mercado enquanto som contestador e rebelde, ainda que tenha passado por um filtro. Já existe um tal de hip hop emo, algo assim.

    Por falar em emo, o tal My Chemical Romance causou uma comoção ao anunciar o seu retorno (nem sabia que tinham acabado). Aí que eu me toquei. A galerinha de franjinha e zóio pintado do começo do século já são trintões. Não á toa, foi esse pessoal que se comoveu com a volta dessa bosta de banda.

    Reply

  15. André
    23 de outubro de 2020 @ 16:53

    “Ñ sei por q ainda existe rádio. Lavagem de dinheiro?”

    Só se for.

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  16. bonna, generval v.
    23 de outubro de 2020 @ 18:24

    Txuca, a “aquela” do Guns é aquela cuja introdução é toque de celular de um monte de sertanejo, funkeiro e pagodeiro por aí. Não conhecem nada de rock, mas acham que “aquela” que é boa!

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  17. märZ
    23 de outubro de 2020 @ 20:50

    Detalhe: essa lista top 10 não é de uma rádio rock específica somente, mas um apanhado de todas as ditas radio rocks dos UZA, uma média.

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  18. Marco Txuca
    24 de outubro de 2020 @ 15:07

    Continuo no vácuo, bonna: “Sweet Child O’Mine”?

    Quanto ao rock “q passou despercebido”, mas hoje comove trintões com revival, teve esse My Chemical Romance, Panic At the Disco e Incubus. Passamos batido por essa onda.

    O grungy-pop AOR rock do Foo Fighters vai se tornando o rock de arena, o grunge universitário, o Boston Kansas Journey Toto Cheap Trick Eagles Styx Fleetwood Mac da vez. O rock corporativo q o Nirvana teimava em combater…

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  19. bonna, generval v.
    24 de outubro de 2020 @ 19:24

    Sim! A onipresente “Sweet Child O’Mine”.

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