EPICA
O miguxo Rodrigo, quando resenhava o show da Otarja lá em seu http://rosesonyourgrave.zip.net/, falava em Epica e Afta Farofa como bandas “xexelentas”. Concordo com o 2º caso, ñ tanto com os holandeses da ruiva cantante, q após o show sábado só me fizeram crer ser banda mal assessorada. Ou ainda imatura.
Bem…
Fora Dream Theater, Rush e o Saxon em dias surtados, q banda no mundo vem pra cá fazer show de 2h15min, incluídos 2 bis e pontualidade britânica na entrada?? Foi o q vi ali no Citibank Hall; assim como um local superando um pouco os 3/4 de lotação, fazendo crer q a banda TEM FÃ por aqui, sim.
Pq nem vieram badalados/jabazados como da outra vez (2005), em q até tocaram no programa do Jogro Soares e no da Yone Borges, e em q, 3 dias após o show no Via Funchal (lugar grande, e em companhia do sub-Queensrÿche Kamelot), tocaram show acústico (e nada gratuito) numa 3ª feira de Blackmore estrumbado; o Citibank Hall é bem menor e queimei a língua em achar q eles, como representantes da 2ª divisão do metal pó pó pó, teriam público menor por causa disso. Q nada.
O problema (maior) é q eles têm músicas MUITO GRANDES. Tacaram “The Obsessive Devotion” – 7 minutos e pouco – após intro, logo de cara. E outras tantas, como “The Phantom Agony” e “Chasing the Dragon”, todas acima de 5 minutos. E FALTA REFRÃO. Claro q duas ou 3 apresentam algo semelhante a, e q grudam na cabeça, mas no geral os sons são de difícil assimilação, embora com RIFFS muitas vezes ásperos (coisa q o Afta Farofa, ao menos do q eu conheço deles, ñ consegue fazer) e executados à maestria.
Tirando, claro, algum problema com o microfone da tetéia Simone Simmons, resolvido lá pelas tantas. E tb alguma impressão de ela ñ estar 100%: volta e outra punha a mão no transmissor, tentava ajustar a respiração diafragmática, parece q teve partes executadas guturalmente pelo Mark Jansen… Sei q andou doente, coisa e tal, motivo pra banda haver cancelado toda uma turnê no 1º semestre, mas várias vezes saía do palco, dando a entender alguma dificuldade ainda.
Ainda outro truque, bastante manjado pra quem já viu o Nightwish, ali tb se fez presente: backings corísticos pré-gravados pra dar sustança (e ñ para disfarçar) nalgumas partes vocais. Enfim.
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Mas ia falando de má assessoria & imaturidade: na real, a banda poderia pegar facinho a vaga do Nightvixe, falido completamente, e q ñ será preenchida pela Otarja e suas músicas de show de golfinho na Disney. Ñ o faz pq o “dono” da banda (e namorado da Simone), Mark Jansen, parece insistir em fazer músicas longas, com poucos refrãos e quase nada de solos de guitarra.
Quem sabe arrumassem um produtor decente, q ñ o filho da Xuxa (Sasha Paetch), cometedor daqueles coros em série idênticos aos do Crapsody, ou q ñ o cara do Atrocity, q produz a patroa (Leave’s Eyes) e o Elis (q é A outra banda pó pó pó q consigo aturar), com resultados igualmente – e no mau sentido – homogêneos… Vai, um Valdemar Sorychta q fosse, pra dar melhor orientada, polir arestas etc. Quem sabe um próximo álbum ñ venha na medida?
Vai ver q nem é a ambição do povo ali. E aí, q se foda um blogueiro brasileiro mequetrefe tentar dar pitaco. Os caras (e mina) vão ficar sabendo, afinal??
Um trunfo tremendo – pra ñ ficar só em defeito – foi a turma haver mudado de baterista, incorporando o q gravou o “The Divine Conspiracy” (q é o q tem a Simone pelada na capa. E q pena ñ ter sido usado de banner… ahah), um certo Ariën Van Weesenbeek, q ñ é assim o cão chupando manga, mas é muito foda. Baterista de berço death metal – tocou no Aborted e no God Dethroned – deu ao Epica requintes técnicos dos mais interessantes. Ou alguém por aqui já viu marmanjo true bangeando e bradando punhos no ar (culpa tb dos riffs, claro) com bandas tipo Nightwish, Afta Farofa e similares?? Eu vi.
Até blast beats num som rolou!
Outra coisa ainda desse Ariën, q me faz compará-lo com o (bom) baterista do Arch Enemy em show por aqui ano passado: diferentemente dos brejeiros, a bateria deste cara TINHA SOM DE BATERIA. O cara é técnico, tem PERSONALIDADE e ñ fica se escorando em trigger, como faz o tal Daniel – e q espero ñ fazer no show do Carcass aí chegando! – e trocentos bateristinhas supostamente técnicos, inclusive brasileiros… Fez solo, inclusive, demonstrando técnica, sensibilidade, bumbos a milhão (usando pedal duplo) e dinâmica (aquilo de forte-fraco).
Falta tb alguém chegar pra Simone e falar pra ela se soltar mais. Naturalmente q ela chama atenção TAMBÉM pela voz e, vez ou outra, timidamente, arriscou alguma dancinha mais ousada ou fazer caras e bocas. Mas o Jansen é q se comunica mais com a galera.
E ponto tb a eles em terem aprendido mais q duas frases básicas em português. Se comunicaram com 4 ou 5 frases bem ditas, quase sem sotaque. Ao mesmo tempo, o baixista Yves e o guitarra outro, Ad (outra inquietação minha: pra quê duas guitarras ali? Nenhum dos 2 sabe nem solar – se bem q o anão do Nightwish acho bem mais ridículo nesse quesito – e em mais de duas vezes Mark andou pelo palco com a guitarra pendurada), ficaram lá no canto deles sem interagir muito. Parecendo coisa de músico contratado.
Bem, o q vi foi um show decente, com o louvor alvissareiro de ñ ter tido show de abertura nenhum (ñ nos enfiaram goela abaixo nem o Ki-Cu Loureiro dessa vez, viva!), músicas porradas funcionando bem ao vivo (a despeito de minhas ressalvas pentelhas) – e q incluíram momento true de tocarem “Crystal Mountain”, do Death (q provavelmente eu e mais uns 2 ali conheciam), com Jansen dizendo ser influência da banda – fora momentos balada (“Solitary Ground”, cantada a plenos pulmões pelo público, e “Linger”, ambas só voz e teclados) e algum breve instante do mesmo Jansen se achar (por conta da reação febril da galera, e q o fez cometer barbaridades como disputa pra ver qual lado gritava mais – ugh! – ou ficar um tempo nos ridículos ‘are you ready?‘), tudo desculpável por ñ ter perdurado.
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O 2º bis, segundo a especialista e fã q me acompanhava – minha patroa – pareceu inesperado. Deu sensação de a banda como um todo querer dar mais à galera, q pediu e pedia sempre mais (aposto q pra muitos as duas horas passaram muito rápidas). (Outro momento ridículo foi Jansen vir usando camisa dos bambis, pra fazer média, mas beleza). E em ñ bastando, ficaram no final ali no palco agradecendo e distribuindo todos os copos e garrafas de água de q tiveram direito – Simone empunhou a caixa de papelão de Minalba, q tb foi disputada pela galera – prum público completamente, mas ñ obsessivamente (ahah), devoto e cúmplice. E entregue. Curti e me deu vontade de ouvir melhor.
PS – se alguém porventura encontrar frases ou expressões pinçadas daqui em resenha da revista do Velho Babão, favor me avisar. Parei de comprar a mesma
PS II – adendo João Alves: eu e a patroa havíamos comprado nossos ingressos antecipadamente, mas mesmo assim ainda ganhei um par em promoção de véspera. Levamos uma prima dela e vendi o q sobrou a um cambista q comprava ingressos q ñ fossem de promoção (?!?!) – daí, vendemos o da patroa.
PS III – fora as minas apreciadoras desse metal mais melódico, e figuras ridículas fantasiadas (se achando góticas) de praxe, eram visíveis alguns nerds ali perdidos. Mas tb entregues à catarse coletiva. E munidos do kit óculos + assistir ao show de braço cruzado & coçando o queixo + exclamarem sozinhos a cada música algum “pqp, eles vão tocar essa!” ahah
Carol
23 de setembro de 2008 @ 12:42
Fala Patrão!!!
Eu adorei o show!! Foi du k….!!
Apesar da Simone ter desafinado em uma música logo no começo do show, foi muito bom!!
O Épica realmente surpreendeu neste ano ao vivo !!
Pra mim não faz diferença que o baixista e o guitarrista não falaram com a platéia, não fez falta…
O importante é que eles tocaram tudo igual aos CD´s !!!
Ainda bem que a Simone não tirou a roupa no palco porque senão você ia apanhar !! 🙂 🙂 🙂
Rodrigo Gomes
23 de setembro de 2008 @ 13:10
hahahahahahaha, metal pó pó pó foi otima. No mais, eu vi aquele show de 2005 do Epica e não me desceu mesmo, bandinha chata, chata. Prefiro até o After Forever, que está longe de ser uma maravilha. Bem longe. Ah, e PQP, ganhou ingresso mais uma vez? Inacreditavel. E valeu pela citação.
Marco Txuca
23 de setembro de 2008 @ 13:19
Salve, Rodrigo!
De nada!
No mais, ouça o “The Divine Conspiracy” e se SURPREENDA!
Marco Txuca
23 de setembro de 2008 @ 13:22
E tá falando o quê? Vc ñ ganhou pro Sodom??
Rodrigo Gomes
23 de setembro de 2008 @ 13:35
Sim, pela segunda vez em mais de 15 anos ganhei um ingresso. Aliás, como ficou sabendo?
Marco Txuca
23 de setembro de 2008 @ 13:50
Visito Universo Do Rock freqüentemente.
Foi ali q ganhei ano passado cd do Sunset Midnight (q ainda ñ agüentei ouvir inteiro) e o protoolzado “Carnival Of Sins” dos teus chapas Mötley Crüe.