DORSAL ATLÂNTICA
Sesc Belenzinho, 4 e 5.11.22
Foi catártico. Foi um desafogo. Mas minha expectativa era a dum EXORCISMO. E ñ foi, pq o mesmo foi dia 30. E tudo bem.
Saquei de cara na sexta q Vândalo estava se poupando. (Sábado, transbordou). Entraram atrasados e ñ fizeram o set todo. (Sábado, todos os sons e ainda tinha 5 minutos antes de fechar). Muito discurso – zero vazios – esquerdista, sim, muita pertinência, explicações sobre “Canudos” q até então ñ tinha me atentado.
[paralelismo certeiro entre a Guerra de Canudos e o impeachment de Dilma Rouseff – a História do Brasil é um loop bostejante]
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Jogo ganho, ao mesmo tempo. Só q sem salto alto. Zero bolsominions na platéia. (Aliás, vou querer saber da cobertura de certos sites e zines; estavam lá os colaboradores ou preferiram Gadomundos na Áudio?). Côros de “hei B VTNC”, “Lula Lula”, mas muita serenidade. Ñ acabou essa merda ainda.
Se em outros tempos Carlos Lopes tvz soasse messiânico, ou o Antonio Conselheiro do metal no Brasil, o q vi nos 2 shows foi o sujeito vivido e sábio. Sem falar alto, sem dedo na cara, apenas mostrando o quão à frente sempre esteve.
Se a* Dorsal Atlântica estava à frente do tempo, hoje lhe é totalmente contemporânea.
Tava cheio? Sábado, sim. Mais q o Crypta mês passado; chuto umas 300 pessoas (“ingressos mais vendidos q a capacidade”, disse Vândalo). Sexta, igual Crypta, umas 250 pessoas.
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E o som? ALTO pra caralho. Trio, né?
Vândalo/Lopes – Vandalôpes fica feio – tocando a mini-guitarra, guitarra baiana assumida (no 2º show explanou sobre), q às vezes dava umas bugadas… mas quem liga?
Comparsas bastante cúmplices (ñ apresentados sexta), apesar de eu achar q o baterista cansava dos discursos; parecia querer mesmo tocar. O baixista fazendo vozes junto, às vezes terminando estrofes pra Lopes tb é uma puta sacada.
E agradaram a todos.
Quem esperava os discos recentes, foi a 1ª parte dos shows: 2 a 3 sons avulsos de “2012”, “Imperium” (em ordem inversa), “Canudos” e “Pandemia”. Quem esperava os hinos de outrora, tivemos “Tortura”, “Vitória”, “Metal Desunido”, “Caçador da Noite” [as duas últimas ñ na sexta] e “Guerrilha”.
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Clima favorável, platéia sintônica (mas ñ rebanho), som muito alto (mas nítido), repertório azeitado e coeso, banda competente… Um puta show. Tem tiozão q saiu de lá sentindo q foi o show da vida, zerado o sebastianismo. E eu ñ os critico. Nem posso.
Ñ foi o meu show da vida, nem daria. Mas foram os shows q eu estava PRECISANDO comparecer. Dorsal está a milhas dos cabrestos de selos e do metal nacional: deixa a playboyzada com seus podcasts e bolhas de apartamento.
Carlos Lopes apenas contempla. Olhando do alto.
*segui a concordância do próprio
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Set-list: 1. “Ave Imperium” 2. “Imperium” 3. “Grand Finale” 4. “Stalingrado” 5. “Meu Filho Me Vingará” 6. “Belo Monte” 7. “Não Temos Nada a Temer” 8. “Cocorobó” 9. “Gravata Vermelha” 10. “Pandemia” 11. “Burro” + “A Internacional” [só sábado] 12. “Infectados” 13. “Tortura” 14. “Vitória” 15. “Metal Desunido” 16. “Caçador da Noite” 17. “Guerrilha”
FC
9 de novembro de 2022 @ 12:56
Muito louco esse negócio de guitarra baiana. Ele usou pra gravar os últimos discos? E o som, é legal? Porque nos trios elétricos o timbre é tão ardido que chega a ser irritante.
Quanto aos sites e zines, devem estar discutindo a nova formação do Noturnall.
William Rolim
9 de novembro de 2022 @ 13:20
Fui os 2 dias . Apesar de achar o último dia melhor por questões técnicas principalmente equalização do som . O público estava bem mais insano no primeiro dia assim como os discursos do Carlos . Vlw a pena ir os 2 dias ????????????
Ps: sobre bolsominions na plateia eu ví 2 ex – des-conhecidos lá , antes do início do show a língua coçava para soltar : ” o que vcs estão fazendo aqui? ” …. rs enfim pelo menos acho q saíram com alguma coisa na cabeça do show
André
9 de novembro de 2022 @ 16:43
Na minha ignorância, minha única referência de guitarra baiana é o Armandinho do A Cor Do Som. Concordo com o FC que o som irrita depois de um tempo. O Vândalo deve usar mais pra fazer uma cena. Ou o som faz diferença?
Marco Txuca
9 de novembro de 2022 @ 17:45
Sou testemunha de q faz, sim, diferença. Se alguém estava lá e não olhou pro palco, achou q era uma “guitarra de verdade”. Com distorção e a mão pesada do Vândalo, de baiana a guitarra só teve nome e tamanho.
Sujeito tb não é um exímio fritador (shredder), mas conseguiu cometer uns solos tb. Únicos perhaps foram umas horas – uma no show sexta, duas no sábado – em q a guitarra “sumiu”, mas daí técnico de som ressuscitou.
Reitero: guitarra normal. Não precisa nem do VAR.
Marco Txuca
9 de novembro de 2022 @ 22:33
Caralho. Tiago avisou, acabei de ver:
Fui repostado no Face da Dorsal!
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid0RBCGwQVxBLnb3H37kj3gjvp3rdmA6H6hTSY4N1MUNAo8UrCFsxHEwnV5zH22qVG5l&id=100047339503415
André
10 de novembro de 2022 @ 11:37
Parabéns, Marco! Certamente, repostaram por ser resenha cometida por quem entende do assunto e estava presente. Whiplash e similares deram zero notas sobre o evento.
Marco Txuca
10 de novembro de 2022 @ 12:35
E certamente não o farão, André. Pq não se afinam ideologicamente com a Dorsal (e Vândalo nem precisa disso. É livre) e pq não tinha ali área de “credenciamento de imprensa”, se é q vc me entende.
Show de 40 lulas, 20 a meia e 12 pra credenciados do Sesc (meu caso), mas esse povo só sabe entrar de graça em evento.
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Saúdo o Wiliam, q provavelmente veio via página da Dorsal. E a quem maís estiver lendo vindos/vindas de lá.
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