CADA DIA MAIS SUJO E AGRESSIVO
O Leo me mandou este aqui sexta, no WhatsApp:
E a surpresa, a mim, maior q a agressividade envolvida, foi a de ñ ter postado nada ainda sobre o Lockdown. Ou postei só foto?
Fui procurar: a real é q postei em setembro último – e torço pra q ñ tenha sido de fato o último setembro de todos – o Revolta, projeto covídico-quarentênico envolvendo João Gordo, Pryka Amaral, Castor, Moyses Kolesne e Iggggor Cavalera.
Outro nível de surpresa: “Desprezo” é dado como o TERCEIRO single do Lockdown. JG, Antonio Araujo (guitarrista do Korzus), Rafael Yamada (baixista no Claustrofobia) e Bruno Santin (baterista do Endrah). Na minha confusão mental, chegava no máximo a segundo, e pesquisando no YouTube vejo q já são QUATRO os sons lançados.
(mesmo eu ñ tendo encontrado os quatro)
Há um som em inglês, “Hymn Of Hate”, q achei muito bom – e cuja letra provavelmente ñ é do Gordo) tb.
Quero dizer, pegando a deixa do ditado antigo – de uma era anterior aos memes – “numa crise, enquanto alguns choram outros vendem lenço” (e o Palhaço Assassino lava dinheiro com leite condensado + chiclete enquanto sabota vacinação), João Gordo vai aproveitando o embalo. Imagino q ñ de graça, mas ñ parecendo oportunista e/ou mercenário.
E ainda mais interessante: demonstrando a voz pra lá de pertinente em death metal. Q a gente sabe q o sujeito conhece e curte. O fato de estar em Português e ao mesmo tempo ininteligível achei foda. Ñ é o “Gordo do Ratos” fazendo participação: é um outro Gordo, q andava latente, ou o mesmo Gordo fazendo algo diferente.
Ao mesmo tempo, achei mais “música” e mais banda q o Revolta.
***
Vejo uns senões: produção um tanto digital demais. Tem hora q o baixo cobre a bateria. E tb os comentários no YouTube: ainda tem lá os “isentões” bovinos chamando o cara de “gordo lacrador”, e os tr00 (é a mesma merda dos outros) afirmando q JG “ñ tem condições” de fazer death metal.
Aí vale aquele outro dito: “tá criticando… mas faz melhor?”
Ñ fazem. Foda-se esse Gado.
Thiago
27 de janeiro de 2021 @ 00:09
Só pra registro, vi em algum Panelaço da vida que o guitarrista do Korzus escreveu tudo, instrumental e letras. Ou cansou de isentão, ou viu que a horda está condenada ao marasmo.
Rodrigo
27 de janeiro de 2021 @ 07:31
Ou então nem todo mundo pensa igual numa banda, o que é natural.
Marco Txuca
27 de janeiro de 2021 @ 12:13
Marcello Pompeu, se perguntarem, provavelmente vai dizer: “vai perder amigo por causa de divergência na banda”? Ahah
Imagino q provavelmente nem ouviu o Lockdown. Q nada tem a ver com Korzus, num primeiro momento. Mas poderia ter sido feito e embalado sob a “marca” Korzus.
Daqui a pouco esse Antonio ranca fora e os caras vão taxá-lo de “paga pau de gringo” tb?
Leo
29 de janeiro de 2021 @ 00:24
Eu acho que JG faz por cash, mas só aceita o que interessa e convém.
Acho que, politicamente, todo mundo ali faz concessões: o JG, no Ratos, convive com o Jão, que tem um bar que faz piada escrota com carne; o Yamada convive com os irmãos D’Angelo, que dizem que *político é tudo igual”, o cara do korzus com o Pompeu,. ..
Acho que existe um limite pra tolerância, mas não me parece ter chegado pra eles nos seus contextos de origem.
E, se chegará, só o futuro dirá.
E aí vamos ver quais são as reações.
Mas, se parar por aí, a banda já terá cumprido um papel importantíssimo de fazer som excelente musical e politicamente.
André
29 de janeiro de 2021 @ 19:50
O Ratos de Porão tá fazendo hora extra, na minha opinião. Há tempos que a relação entre os caras (Jão e os outros 3) parece desafinada. Repararam que todos estão com projetos paralelos, menos o Jão. Que eu saiba, pelo menos.
Leo
30 de janeiro de 2021 @ 08:37
André, ele tem o Periferia S/A, que lançou o Fé+Fé=Fezes no mesmo ano do último disco do Ratos, e é excelente.
Tem tb o Underdog (acho que até mudou de nome agora), que é um bar que deve dar um bom trabalho.
Fora isso, acho que sempre foi um cara mais reservado, na dele.
Mas não acho que seja indicativo de qualquer coisa.
Marco Txuca
30 de janeiro de 2021 @ 15:14
Do q eu sei (algo q o Leo ou o märZ já me falou uma vez, ñ lembro quando), o Jão É o Ratos de Porão.
Embora o Gordo seja o integrante mais conhecido, quem manda ali é o Jão, integrante original e chefe mesmo. Recomendo aos amigos aquele show/dvd do “30 anos de Crucificados Pelo Sistema”, com Jão na bateria e q na parte do documentário/entrevista/making of se percebe isso.
Jão ensinando Mingau e Jabá os acordes certos e um certo clima de reverência a ele nos papos. Até quando tira sarro pra cima dele, Gordo faz de modo mais respeitoso. E ñ pq ele seja um cuzão (conta aí a história do Underdog, Leo), mas pq é o integrante original e ideólogo da banda.
Tenho impressão de um cansaço normal: Boka sempre teve outras bandas (menores), Juninho veio duma cena hc/straight edge e tb tem outras bandas (e vive de alugar equipamento pra bandas tocarem no interior) e o Gordo me parece estar aproveitando da quarentena e da condição física zoada pra fazer uns sons.
Acho q é de consenso por aqui q JG ñ deve aguentar fazer mais (muito) show com o Ratos, muito menos turnê fora do Brasil. Aí os caras vão se virando, fazendo uns rolês por fora, se mantendo ocupados.
O Periferia é praticamente o “Ratos raiz”. Era Jão, Jabá e Betinho (formação pré-“Crucificados”), mas recentemente estava com o Boka na bateria. Betinho parece estar além do diâmetro corporal e peso razoável pra tocar bateria.
Leo
31 de janeiro de 2021 @ 10:48
Cara…
O underdog é um restaurante de carnes que apostou no reforço do perfil típico do consumidor que tem: o cara escroto paulistano.
Nada contra.
É um nicho.
Faziam piadinhas como “aqui, seu cachorro é bem-vindo. Mas seu filho tem que ser amarrado na calçada.”. O Jão é (ou era, mas acho que ainda é) um dos sócios, junto com um cara chamado Santiago. Cresceram, fazendo excelentes carnes, cortes e pratos argentinos, num modelo mais raiz de churrascaria. Abriram um armazém de carnes (Del Campo) pra vender produtos, Santiago abriu umas cabanas numa fazenda pra locar via AirBNB,… Sempre mandando bem na cozinha.
Até o dia em que resolveram fazer uma piada sobre chefe escroto que bate no funcionário como promoção usando uma atendente.
Não preciso nem dizer que foram “cancelados” prontamente. Houve uma reação foda da internet.
Eu mesmo parei de acompanhar.
Não sei em que pé está. Soube que tinham mudado de nome, não sei se o Jão continua como sócio, enfim… Mas é mais ou menos isso.