BLUE ÖYSTER CULT
Preâmbulo sobre o Blue Öyster Cult: ñ são, nem nunca foram, o “Black Sabbath estadunidense”. A quem objetar dizendo q alguns riffs e bases até remeteriam à horda de Iommi, retruco q tb em outras 30 mil bandas!
Fora astuto lance marqueteiro dos 70’s (ou aquele do “banda de heavy metal de gente q pensa”, q algumas publicações, como o All Music, insistem em perpetuar), só vejo razão para alguém defender a tese se repararmos nalguma semelhança FÍSICA do guitarrista Donald “Buck Dharma” Roeser com Tony Iommi… meio um cruzamento de Tony Iommi com o Batatinha, da turma do “Manda Chuva”.
Ah, mas os caras têm letras tratando de ficção científica e/ou contos de terror. Ótimo, mas Voïvod e Celtic Frost tb, e daí?
Outra sobre o Blue Öyster Cult, q no início do show me ocorreu, a la Kerry King tripudiando das 3 guitarras no Iron Maiden certa vez: 3 guitarras e FALTA PESO!
Analisando friamente, por outro lado, vemos q há um rodízio guitarrístico: Eric Bloom simplesmente NUNCA SOLA, fazendo só bases (ficando por várias vezes apenas com sua guitarra pendurada) pra Buck Dharma (usando somente guitarras Steinberger?) ou o outro guitarrista, Richie Castellano, mandarem ver nas fritações. Além disso, reveza com Castellano o teclado nuns sons.
Então, ñ são 3 guitarras o tempo todo, e minha cisma sobre achar os discos deles mal gravados (por me faltar o tal “peso”) foi elucidada sexta-feira ali no HSBC Brasil: simplesmente ñ se trata, nem nunca se tratou, da proposta deles SEREM PESADOS. Ou ñ extremamente pesados. Pra aloprar um pouco: BÖC estaria mais prum Eagles (ñ o Eagles Of Death Metal!) mais pesado, ou prum Dire Straits from hell eheh
O q ñ desculpa o som RUIM do show. Aparentemente ñ passaram o som previamente, só pode ser. Ou ñ interromperiam o show antes do 3º som por conta de “pobremas” no ampli de Buck Dharma. O som da bateria estava nojento, opaco, regulado como o cu da mãe do técnico de som: o Motörhead Cover onde toco tem vídeo no You Tube filmado toscamente com som de caixa e de bumbo mais nítido. A iluminação tb era aleatória e redundante: a banda ñ tem, ou ñ trouxe, técnico de iluminação próprio.
Isso, porém, são pormenores e ranhetices de minha parte: o q eu e a Patroa vimos foi um bom show, porém curto (ñ chegou a hora e meia), duns caras q são só 2 integrantes originais – um Blue Öyster Cult Cover Oficial digno – acrescidos dum pessoalzinho mais novo segurando a onda e cumprindo bem as funções.
Q o diga Rudy Sarzo, baixista mais rodado q Túlio Maravilha, meio q atuando à parte naquilo tudo: andava pra lá e pra lá, fazia umas poses e confirmava impressão do amigo Marcio Baron (q o ouviu dando entrevista na Kiss fm) de ser gente boníssima: tanto q em “Godzilla” deixaram-no fazer uns solos, com Bloom destacando cada artista/banda por onde passou (Dio, Ozzy, Whitesnake, Quiet Riot), levando a galera ao delírio ante alguns riffs dessas mesmas executados. Dúvida ao miguxo Rodrigo: por q esse cara ñ vai prum Mr. Big??
Ñ sou AINDA grande entendedor da banda: tenho aquela meia dúzia de 7 álbuns, e ñ fazia idéia do q seria um set-list desses caras. Q foi eminentemente setentista. Reconheci “Cities On Flames With Rock And Roll” (ô letrinha xarope ahah), “Godzilla” obviamente, “Burnin’ For You” e “(Don’t Fear) the Reaper”. E sentimos falta de “Veteran Of the Psychic Wars”, razão de eu ter ganhado os ingressos (“João Alves” está de volta, moterfuckers!), da qual só tivemos gostinho pelo show do Tarot em 2010.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=qUEejYt-0sY[/youtube]
Pensei q seria o único cabeludo de preto abaixo de 40 no recinto, q ñ estava lotado. Ñ havia molecada por ali, mas bastante nerd (gente tvz perdida pensando se tratar de show do Rush ahah), com tiozões (e umas tiazonas) predominando. Momento nostálgico outro q tivemos: antes de entrar vimos rodinha onde conversavam o celebridade Régis Tadeu junto de Fábio Massari e Gastão Moreira (né, Patroa??), q certamente foram pra área ou pista VIP tomar algum uisquinho e ñ se misturar à plebe.
Impressões outras, voltando à banda: legal o trabalho de vocais, ora revezados, ora harmonizados. A instrumental “Buck’s Boogie”, extensa, ñ me cansou. Muito pelo contrário: ponto alto. Eric Bloom em seus infalíveis óculos escuros (o levantava um pouco, quando ao teclado, pra se situar ahah) lembra um Billy Gibbons de moto clube, sem maior espalhafato.
Tb pareceu ñ esperarem a receptividade q tiveram. Cartaz pentelho (atrapalhando quem estava atrás) insistentemente pedia autógrafos pós-show, por exemplo. Durante momento solo outro de Dharma no bis, antecedendo “(Don’t Fear) the Reaper”, galera gritava o nome da banda a ponto de Bloom, Sarzo e Castellano sacarem seus celulares pra filmarem o ocorrido. Aposto q vão querer voltar, a la Nazareth e Focus.
Entre mordidas e assopradas, afinal, digo q curti o show. Embora ñ estivéssemos nas melhores condições (cansados e eu, resfriado). Jamais imaginei q veria esses caras ao vivo, muito menos aqui em São Paulo. Ñ estar lotado ñ acho q signifique falha de divulgação (q eu saiba, desde outubro ou novembro já estavam anunciadas data e local), preço ou filigranas tais. É q, como o próprio nome entrega, são uma banda “cult“. Voltarem, será o mesmo, ainda q num lugar menor e mais adequado, como o Carioca Club, creio eu. Quer show lotado, faça/vá a um show de axé!!
***
Set-list: 1. “The Red And the Black” 2. “Golden Age Of Leather” 3. “Burnin’ For You” 4. “Buck’s Boogie” 5. “Shooting Shark” 6. “Cities On Flames With Rock And Roll” 7. “Then Came the Last Days Of May” 8. “ME 262” 9. “Godzilla” + solos Rudy Sarzo e Jules Radino 10. solinho Buck Dharma 11. “(Don’t Fear) the Reaper” 12. “Perfect Woman” 13. “Hot Rails to Hell”
Flávia
28 de fevereiro de 2012 @ 08:29
Pô, mais um para a lista dos “perdi”… Mas ótimo que foram bem recepcionados apesar do pouco público e que provavelmente voltem talvez anualmente como outras bandas fazem por aqui. Sou totalmente a favor de várias chances de ver um show perdido.
Edu Benega
28 de fevereiro de 2012 @ 14:34
pelo jeito nota 8,0. banda das antigas, que ná época, que m elembre nunca emplacou muito, já tinha seu público “cult” de iniciados… eu mesmo só tenhos três bolachinhas, agradáves, mas não de cabeceira…
Mônica Schwarzwald
28 de fevereiro de 2012 @ 14:55
Gostei da resenha, Txuca, e gosto muito do BÖC, tenho 2 vinis deles. Considero eles, junto ao UFO, uma banda de “metal aprimorado” com letras, riffs e vocais bem feitos. Só que não me arriscaria a assistir a um show, assim como do Nazareth etc, eles estão “requentando” sucessos antigos, vindo para agradar, deslumbrar os tupiniquins e encher o bolso com nosso rico dinheirinho. Até o Bob Dylan que, com mais de 70 anos e, depois de fazer a maior cara de bunda por ocasião do show dos Stones em Sampa, onde ele deu uma aparição com uma má vontade enorme, está vindo para cá. Só que este, não posso perder já que o John é fanzaço do cara de carteirinha e Brasília (pasme) faz parte da turnê.
Marco Txuca
28 de fevereiro de 2012 @ 15:00
A “matéria” é mais deslumbrada q os links dos músicos em si. Mas a impressão de q gostarma se confirma:
http://whiplash.net/materias/news_842/149277-blueoystercult.html
Navalhada
28 de fevereiro de 2012 @ 18:26
O baterista João Kleber Cover foi prejudicado pelo técnico de som.
Marco Txuca
28 de fevereiro de 2012 @ 21:30
Putz.
Jeferson Gaucho (evil twin)
29 de fevereiro de 2012 @ 14:39
Poxa cara, que bom que curtiu o show, é claro que sempre teremos este olhar crítico em cima, mas fora vc eu tb escutei de bastante gente sobre a qualidade do som. Eu gostaria de ter ido! abraço