AMORPHIS
Algum tempo atrás, conversando (ñ aqui) sobre discos recentes, lembro do amigo Leo Musumeci (bissexto por aqui) defender as bandas de “segundo escalão”, como Amorphis e Moonspell, q ainda dão o sangue em novos lançamentos, ao invés de medalhões como Slayer e Iron Maiden, q vêm lançando álbuns só por lançar, protocolares, compostos e gravados na pressa (custa menos tb), pra daí terem pretexto de sair em turnê.
Álbuns como souvenirs de shows, coisa assim.
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Situemos o Amorphis nisso: 13 álbuns e 3 ep’s na bagagem, pouco mais de 25 anos ativos e formação atual q dura já 8 discos. Acomodação? Álbum novo qualquer nota? Zona de conforto?
“Under the Red Cloud”, disco recém-lançado e motivo da atual turnê sul-americana [Santiago dia 25, Montevidéu 26, São Paulo 27 e Roça’n’Roll dia 28] nem acho o melhor da banda, mas tb ñ o pior. Teve 6 (SEIS) sons no set-list sexta-feira (60% dele); coisa de banda q ñ vive no passado ou pra agradar trues. Q até foram contemplados com sons – três – do “Elegy” (pra mim o melhor) e dois do “Tales From the Thousand Lakes”.
Ñ q o público estivesse dicotomicamente dividido entre “trues” e “fakes“: a comoção era genuína, dum pessoal q a tudo cantava – inclusive riffs (em “On Rich And Poor”) – e participou dum jeito q roqueiros de micareta e bangers de selfies JAMAIS farão. Teve até uma mina meio maleta dando cinto de balas (durante um som!) pro vocalista Toni Jousten.
Fator determinante para isso foi a escolha do Hangar 110 pra noite, o q a princípio julguei equivocado (achei q lotaria a ponto de ñ se conseguir respirar lá dentro), mas q se revelou lugar acolhedor e cúmplice no evento. Exemplo maior: eu e a esposa conseguimos curtir tudo praticamente da beira do palco, sem empurrões nem sufoco. E como direito a ela conseguir filmar “Silver Bride” – q depois vejo se consigo postar.
Demos sorte tb de ficar do lado do palco do guitarrista “bom” – q faz mais riffs e único a solar – Esa Holopainen. A banda, por sua vez, teve q se espremer no palco exíguo (o tecladista Santeri Kallio ficou encaixotado no fundo à direita, mas tudo bem: é finlandês e nem iria agitar ou dar stage diving), q mal comportou o banner gigante por trás. Talvez os tenha feito sentir-se em casa ou nos shows europeus de igual tamanho.
Ñ houve miguelice de show de uma horinha, bis forçado de 2 sons e bate o cartão. 17 sons totais em quase 2h de apresentação. E se os caras pouco são de interagir com o público, tb ñ foram frios, muito pelo contrário. A timidez dos caras é escancarada: no máximo jogarem umas palhetas, distribuírem uns adesivos ou bater na mão do pessoal à beira-palco. Pareceu q ficaram satisfeitos, mais do q surpresos.
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Foi nosso terceiro show deles, e pra mim o melhor. Legal ver certas inseguranças, como quando tocaram “Relief”, com os sujeitos se entreolhando e olhando pra Holopainen, pra ñ errarem. Meio clima de ensaio. São seres humanos, ñ deuses longínquos do heavy metal. A do uso de pedal duplo pelo baterista, mesmo tendo montado bateria de 2 bumbos pra ficar bonito. A de microfone todo incrementado falhar durante um som e Jousten ter um no palco de backup. A de ter dado algum problema num microfone na bateria, após um som, e ñ se estressarem enquanto arrumavam. Etc.
A esposa, fora curtir os sons, disse ter babado pelos “bonitões”… no q só posso lamentar a Luana Piovani jamais ter feito parte de banda de metal finlandesa. Bah!
Teve venda de merchan, no q aproveitei o q ñ gastei (a mais) no Young Gods + Nação Zumbi pra comprar uma camiseta da turnê. Custou mais q o ingresso do show da véspera, mas q se foda. Comprei tb, de 2ª mão ali na lojinha, autobio de Dee Dee Ramone (concluída ontem) + cd do The Haunted, no q a lojinha da Overload (alô, Gustavo Garcia!) me deu de brinde cd de The Reign Of Kindo, coisinha meio estranha… Mas beleza.
Melhores momentos: a ausência de banda(s) de abertura, o preço decente dos ingressos, “On Rich And Poor”, “Relief” e “Death Of A King” (pedrada!)
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Set-list: 1. “Under the Red Cloud” 2. “Sacrifice” 3. “Bad Blood” 4. “Sky Is Mine” 5. “The Wanderer” 6. “On Rich And Poor” 7. “Drowned Maid” 8. “Dark Path” 9. “The Four Wise Ones” 10. “Silent Waters” 11. “Relief” 12. “My Kantele” 13. “Hopeless Days” 14. “House Of Sleep” / 15. “Death Of A King” 16. “Silver Bride” 17. “Black Winter Day”
Colli
1 de junho de 2016 @ 22:03
Nunca ouvi a banda. Acho que por puro preconceito.
Marco Txuca
1 de junho de 2016 @ 22:46
Tente “Elegy”, “Circle” ou “Skyforger”.
bonna, generval
2 de junho de 2016 @ 10:26
Já ouvi alguma coisa e não lembro. Vou recomeçar por estes também.
Ah! Essa autobio de Dee Dee Ramone é um lixo, não? Ele erra até a cronologia dos discos que participou.
Marco Txuca
2 de junho de 2016 @ 10:36
Pô, eu curti! Ele entrega q o Marky Ramone usa peruca ahahah
Tem q suspender o juízo crítico pra curtir. E ler as outras tantas bio e autobio ramônicas pra tirar o q é correto de fato… Mas tvz seja um desvio meu, por conta do trampo.
Colli
2 de junho de 2016 @ 14:07
Por falar em bio, ontem começando a ler a bio do Nazi, descobri que o pai dele é de Colatina Bonna!
Com relação a autobio mencionada nem fui atrás, mas até fiquei curioso pela “tosquidão” aparente hehe.
Colli
2 de junho de 2016 @ 14:07
Ah, Txuca, vou ouvir esses álbuns para ver qual é.
Marco Txuca
3 de junho de 2016 @ 01:00
Se bem q, dada tua truezice, amigo, tvz fosse melhor começar com o 1º álbum, “The Karelian Isthmus” e com 1 ep dos primórdios, “Privilege Of Evil”.
Dali seguir pros outros. Ou desce ou embirra duma vez ahah
Gustavo
6 de junho de 2016 @ 13:51
Salve, Txuca! Valeu pela presença (não te vi lá!).
Reign of Kindo é uma banda que já trouxemos pra tocar no Brasil algumas vezes. Lançamos o CD pra divulgar mais eles por aqui, e como logicamente encalhou, a gente dá de brinde na lojinha. Melhor a música circular do que ficar tudo guardado no estoque. kkk
Abs
doggma
8 de junho de 2016 @ 07:54
Amorphis, Opeth, Pain of Salvation, My Dying Bride… hei de ouvir tudo isso um dia.
Marco Txuca
8 de junho de 2016 @ 13:24
Guarde uns 2 ou 3. Amorphis tá no 13º álbum…