EMBATE
versus
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… o q ficou?
… o q ficou?
Fato consumado e repercutido. Mas bora printar, inclusive a nota oficial:
O Festival Maranhão Open Air (MOA) vem, por meio desta nota, informar sobre a necessidade de uma reformulação em sua segunda edição.
O principal motivo foi a baixa venda de ingressos antecipados, o que gerou insegurança para todos os envolvidos na produção. Compreendemos a hesitação do público em comprar com antecedência. No entanto, para um evento dessa magnitude, é crucial ter todos os detalhes previamente organizados, visando evitar possíveis comprometimentos a desenvoltura do festival.
Assim, decidimos manter apenas um dia de festival, que ocorrerá em 21 de outubro (sábado), com a participação de 16 bandas.
Agradecemos a compreensão de todos. Foi uma decisão difícil, porém, estamos empenhados em proporcionar a melhor experiência possível. Expressamos nossa gratidão às bandas que, além de compreender o atual momento, têm nos apoiado nessa jornada.
Deixamos claro que, apesar dessa reformulação, todos os serviços e a infraestrutura oferecidos no festival serão mantidos. O evento será realizado no Espaço 77, próximo à praia do Araçagy – MA.
O festival passará a ter um novo valor de R$175,00.
Para aqueles que adquiriram a modalidade passaporte, apresentamos as seguintes opções:
Pedimos desculpas sinceras por qualquer expectativa criada em torno de determinadas bandas, assim como lamentamos pelas bandas que não farão mais parte do cast. Optamos por agir com antecedência para entregar um excelente festival para os fãs e o público com o intuito de viabilizar o evento diante da atual conjuntura.
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Impressões (baseadas tão somente em implicância) deste q vos bosta bloga:
Black Flag e Black Pantera antes confirmados será q ficaram sabendo do cast? O q estavam fazendo em festival de isentão de direita? L7, Torture Squad e Dr Sin tb não mais; o último, tvz por não ter data vaga na agenda? Ahah
I Am Morbid e Primal Fear tocarão aqui em São Paulo no mesmo dia, mas locais diferentes. Pq o esquema maranhense miou ou pq as datas por aqui sabotaram interesse? Os primeiros periga virar o Ripper Owens death metal: chamando, vem pra cá toda hora.
Banda cover roubando espaço do Korzus.
… o q ficou?
Finzinho de release em “Attitude – The ROIR Sessions” (1989) por Ira Kaplan, vocalista e guitarrista (modo de dizer) dos indies Yo La Tengo:
“Reggae’s the key to the Bad Brains‘ achievement, in part because songs like ‘Leaving Babylon’ alternate with the thrashers, but more so because of how the Bad Brains have fortified the destructiveness of hardcore with the lazy determination of reggae. The result is a simmering anger that rarely bubbles over into outrage, and instead takes on an ominous quality all its own. It amounts to a realization of punky reggae ideas articulated but unacted upon – by The Clash and Bob Marley and maybe others. It’s loud (though not always) and it’s fast (through not always). And it pleases me very much. Movements come and go. The Bad Brains are real!“
Sesc Belenzinho, 29.09.23
Admito: fui pra achar ruim. Pra falar mal. Por curiosidade antropológica de conferir quem seria o público do Vulcano em 2023, e consequente contraste com o público do Black Pantera, q assisti no início de setembro. E pq a 12 reais, até show ruim.
(mas nunca show do Korzus nem do Shamangra, q a 12 centavos eu pediria troco)
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Faltando meia hora pro início, parecia vazio. Não me dei conta da galera do lado de fora enchendo a cara no bar ao lado (cultura headbanger raiz?). Repleto de veteranos por ali, tvz eu fosse dos mais novos. Banda mais nova em camiseta era o Slayer ahahah Não: apareceu um banger com Troops Of Doom, outro com camisa do Crypta. E um metaleiro tiktoker (famoso pra bolha dele) ali deslocado, mais pra ser visto do q pra estar lá.
Ninguém de sites ou revista oficiais. Por q não havia credenciamento? Tanto faz. Acabou enchendo.
Bem mais q Eskröta e The Mist recentes; menos q Crypta, Krisiun e Dorsal Atlântica. E mais, comparando, q Black Pantera. Pq outro público mesmo. Exemplo: mulherada presente, aquelas tiazonas com cinto de bala e provavelmente iniciadas no metal com Doro Peste e Leather Leone.
Todo mundo começa no metal com quem quiser, permanecer parada no tempo tb é opção. Mas ninguém fuleirão, no final. Só gente mais velha mesmo, das q tem pouco rolê pra ir.
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E o Vulcano veio bem a caráter, nesse sentido: bateria de 2 bumbos vintage, zero backdrop no palco, tampouco som de introdução. Entraram no palco juntos, afinaram um pouco as guitarras, baterista fez contagem no chimbau e mandaram pau.
E foi um puta show. Uma hora e meia à moda antiga. Nenhum som emendado no outro, sempre uma pausa pro vocal contextualizar, falar umas gírias tchaptchura, e tudo bem assim.
O som estava impressionante tb. Old school demais: tudo ALTO e audível. Técnico de som deles mesmos, soube aproveitar o equipamento. Há muito tempo não saía surdo – há anos meu ouvido já não apita, aliás – dum show.
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E o maior destaque achei a participação do ex-vocalista, Angel. Q era previsto cantar uns 3 ou 4 sons e ficou mais. Vi true chorando ali na pista, de verdade.
E com razão. Continuou dividindo os vocais com o “novo” em outros sons, de boa. Ora o microfone ia pra platéia, tb de boa. Ora levavam pro técnico de som entoar refrão. Foda.
E a presença desse Angel achei quase sobrenatural: poderia ter sido um encosto invocado pelo Gangrena Gasosa e teve mais voz e presença de palco aos 60 anos (a comemorar no dia seguinte) q o vocalista titular. Q não é ruim.
Melhor som, disparado? “Death Metal”. Hipnótica.
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Meu ponto é o seguinte: tecnicamente são toscos. Mas aperfeiçoados na tosqueira. Teve hora com uma “atravessada”, mas demonstraram ser banda entrosada e ensaiada. Tvz pq tocaram no Setembro Negro outro dia tb, mas não aparentaram ser banda q ensaia só quando arrumam show. E tá cheio de banda assim. Ponto pra eles.
Outra coisa: são underground de verdade e por vocação. Sem mimimi, falar de “cena”, de “dificuldade”. E na beirada pro amador ruim, o q não são. Não soam paródia. As músicas em Português não soaram constrangedoras, muito pelo contrário. Tampouco o público presente.
Meio q todos ali vindos dum outro tempo, sem nostalgias tóxicas ou apologias demagógicas. Apenas um bando de gente, banda e público, irmanados pelo metal. Chupa, Manowar. Todo mundo voltou à realidade logo após, e faz parte.
Como tvz um dia o metal brasuca imaginariamente tenha sido. Como um show de metal brasileiro tem q ser. Deram aula.
Até q eu encare algo do mesmo nível, ou superior, este ano, o melhor show nacional de 2023. Mais até q o Ratos de Porão na Virada Cultural. Pelo som, pela coerência. Por me calarem a boca. Pelo todo.
… o q ficou?
Nunca tinha ouvido falar, algoritmos cochicharam.
Alimentem seus feeds, pessoas.
O som nem achei grande coisa, gore comum; e tem trigger na bateria. O Necroscum é francês, o disco de estréia “Gates Of Misery” tem título clichê e monte de nomes de música clichê (e em inglês – não é de mau gosto isso na França?) e saiu há quase um mês.
E esse tipo de som, pelas letras, sempre curti imaginar, mais q visualizar mesmo. Mas não deixa de ser afável o videoclipe.
Por sinal, deve ser fácil e barato fazer videoclipe (mídia moribunda?) atualmente, hum?
MEUS DISCOS DO CAKE, RANQUEADOS:
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WhatsAppin’: (coisa antiga, soube ontem) os caras foram tocar no gelo. Chupa, Metallica! https://www.loudersound.com/features/tesseract-ice-stage-concert-lapland
Adoro Zappa, mas concordo: https://igormiranda.com.br/2023/10/frank-zappa-solos-chatos-longos-john-mclaughlin/
Bolsonazis e comunidade judaica racista xatiaram https://oglobo.globo.com/blogs/ancelmo-gois/post/2023/09/mpf-arquiva-pedido-que-pretendia-proibir-shows-de-roger-waters-no-brasil.ghtml