WENDY O WILLIAMS
(Que Doro Peste o que…)
Amigo meu esses dias mandou email intitulado “banda pornô”, me perguntando “como se chama aquela banda que tem uma atriz pornô como vocalista, e que ela aparece com os peitos de fora em todas as capas”?
Intuí se tratar da Wendy O Williams, carreira solo, e que fora do Plasmatics. E mandei montes de links pro cara ir mais a fundo (ui!) no lance.
Devidamente transformados aqui em mais um post pra ninguém ler.
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Curioso que a moça seja muito lembrada como “atriz pornô”. Nunca foi. Nenhuma capa de nenhum disco a tem de peito de fora. O que fez foi cometer umas atuações atrozes nuns filmes-b, o mais famoso, “Reformatório Só Para Mulheres” (ou coisa do tipo), que quem for do tempo que o SBT chamava ainda TVS certamente assistiu umas 3 vezes, sempre com aquela tarja (não soprano) “pela 1ª vez na televisão” ahah
Consta haver feito também um episódio do McGyver. Mas isso após encerrada a carreira musical, que durou 10 anos (de 1978 a 1988).
E o que/quem foi então a Wendy?
Praticamente “o Lemmy de saias”, como esse amigo diria. Estivesse viva, certamente daria jeito de endossar “Rock Out” (do ainda recente “Motörizer”): “rock out / with your cock out” ahah
Cantava no Plasmatics, que tinha o arranque e a postura punk com o som na beirada do heavy metal bruto, áspero, rude. Tipo o Motörhead dos primórdios mesmo. Usava penteado moicano – em cima, com certeza eheh – e cantava de biquíni no palco, às vezes com os peitos de fora mal disfarçados ora com fita isolante, ora com creme de barbear.
Foi presa algumas vezes – e o texto sobre ela no www.allmusic.com tem passagem interessante em que policiais que a prenderam certa vez prestaram queixa de ELA os ter molestado ahah – por meiguices ao palco tais quais simular masturbação com marreta, quebrar televisões, portar metralhadoras de brinquedo.
Gente boníssima, em suma.
E bem relacionada, pois em alguns momentos na carreira contou com auxílios luxuosos:
* em 1982 gravou single, “Stand By Your Man” (dum certo – certa? – Tammy Wynette) com Lemmy. Consta na coletânea “No Remorse” motörhéadica, junto dela mandando ver em “No Class” e “Masterplan”, também da horda de Lemmy
* também nesse ano, lançou junto aos Plasmatics álbum intitulado “Coup d’Etat”, que fora render a ela indicação ao Grammy (!!!), foi produzido or Dieter Dierks, à época produtor badalado do Accept
* 1984 lançou “WOW”, que além de servir como abreviação do próprio nome foi também artifício pra driblar problemas legais envolvendo o nome Plasmatics, contando com produção de Gene Simmons e participações de Ace ‘manguaça’ Frehley, Eric Carr e Paul ‘bichona’ Stanley nuns sons. Fora 2 ou 3 sons do Kiss na bagaça, aparentemente 1 composto pra ela: “Ain’t None Of Your Business”.
Na seqüência cometeu (em 1986) “Kommander Of Kaos”, o único que tenho, ainda em fita cassete (e que parei de ouvir pra não gastar…), com o som do Kiss acima citado em versão ao vivo e outra versão motörhéadica (“No Class” foi registrada no anterior), “Jailbait”, que pra mim supera a original. E que recomendo veementemente.
Apesar da contundência dos álbuns, parece que acabou nunca vingando comercialmente.
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Links de participações dela com o Motörhead (registrado no dvd “The Birthday Party”):
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=SoE_GHiGhLI[/youtube]
E de participação de MEIO Motörhead – Lemmy e Würzel – em show dela:
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=C13cxhIFK9s[/youtube]
Em 1988, lançou disco aparentemente equivocado – de rap! – e recolheu-se da cena musical, indo trabalhar com animais abandonados e professando o vegetarianismo, fora ter feito alguns bicos em filmecos e seriados. Sempre em forma.
E a nota triste foi a de seu SUICÍDIO, ocorrido aos 49 anos, em 6 de Abril de 1998. Com um tiro na cabeça. Se diz que andava sofrendo de depressão.
Lemmy dedica “No Class” a ela, no ao vivo “Everything Louder Than Everyone Else” (lançado em 1999), descrevendo-a como “uma grande amiga”. Impressão que dá é que era muito louca, mas no bom sentido. Não tão autodestrutiva, mas confrontadora. Dadaísta. Excêntrica. De feminilidade sexy E impositiva, não vulgar.
E talvez não tão influente – ainda? – como trocentas mulherzinhas surgidas no heavy metal duns 15 anos pra cá. (Que Angela Gossow o quê!…). Até porque a era do Politicamente Correto parece ainda não ter hora pra acabar. Mas que recomendo downloads e procuras biblio e discográficas (2 ep’s e 6 álbuns) porque acho bão demais.
Colli
22 de agosto de 2013 @ 08:30
Eu comecei a ouvir o Plasmatics quando o Destruction gravou o cover The Damned no EP Mad Butcher que para mim, apesar de ser cover, é um dos clássicos da banda.
Quanto ao Plasmatics, ótima banda, sempre curti demais… vou até ouvir agora.
marZ
22 de agosto de 2013 @ 22:16
Cheguei a ter 2 LPs (Coupe D’Etat e Maggots) mas nunca achei grande coisa. A carreira solo consegue ser pior ainda. Mas atitude a moçoila tinha de sobra.
André
23 de agosto de 2013 @ 10:49
Ela é de uma época em que esse tipo de atitude não tava totalmente assimilada pelo sistema. Deve por isso que não teve o devido reconhecimento.
Hoje em dia, qualquer rirrana ou britchnei da vida consegue publicidade com as merdas que faz. Mas, são só um bando de piranha no final das contas.
Colli
23 de agosto de 2013 @ 14:04
Esse Coupe D´Etat que tem a The Dammed.
Dessas bandas punks, das que eu ouvi, eu curti foi o Plamatics, que já no segundo álbum também não estava çá tão punk assim, está mais para heavy metal. E o English Dogs também. Muito boa, e também no terceiro ou quarto álbum virou thrash/heavy metal também.
Ah, tem o Social Distorcion que no início era boa também.
Jessiê
23 de agosto de 2013 @ 15:21
Vou ser sincero tive o kommander of… mas nunca escutei a ponto de me lembrar de muita coisa, nos idos de 80 era muito machismo pra ver algo além da beleza da moça e da Lita Ford e de um culto abobado da Tracy Lords (Na verdade meio que uma beleza americana).
A Doro era pouco mais do que “a mina que o Lemmy comia…”.
Teria que ouvir pra dizer sobre a relevância musical, mas não me lembro de ninguém que de fato ouvia e gostava.
Marco Txuca
23 de agosto de 2013 @ 19:32
Re-ouça, Jessiê. Fora tudo o q vc e o André colocaram, rolava um machismo ferrado: pois o som é cru (e tosco. E bão) tanto quanto Onslaught, Exumer, Exploited e até o Alice Cooper oitentista.
Fora a afinidade óbvia com o Motörhead oitentista mal gravado (“Iron Fist”, “No Remorse”, “Orgasmatron”, p.ex.). E eu diria q ñ só o Destrúcho, mas tb o Sodom bebeu muito dessas fontes.
Quanto às moçoilas outras, acho os seguintes:
1. Lita Ford nunca foi nada; só a mina q o Tony Iommi comeu e q fez um dueto (breguíssimo) com o Ozzy. Nem lembrarem direito q foi das Runaways, lembram…
2. Doro Peste idem. Era uma gostosa nos 80, duma banda q até rendeu uns hits (e eu acho “All We Are” um dos sons mais chatos do metal em todos os tempos), mas q há 20 anos vem tentando voltar. Com bênçãos de Lemmy, Halford e Udo, mas sem nada a oferecer. Q ñ os dvd’s sempre relançados com o mesmo material e ep’s sem-vergonha com desenhinhos dela gostosona na capa.
Só desenho mesmo.
Marco Txuca
23 de agosto de 2013 @ 19:34
Ah, lembrei: Mustaine coloca na bio q Jeff Young saiu da banda por ciumeira. Era afim da Doro, tentou catar a mina pelos festivais oitentistas afora, mas descobriu carta de amor dela pro Mustaine e ficou putinho e acabou pulando fora…
Pegando ainda a deixa do André: com monte de estrelas pornô até se arriscando como escritoras (tipo Sasha Grey), quem é q vai ligar pra essas vagabas inventadas tipo Bitchney e Rihanna? Putz.
André
24 de agosto de 2013 @ 01:22
Pois é, Marco. Quis dizer que hj em dia, nada como uma “polêmica” pra alavancar a carreira. Em outros tempos, não seria assim. Sinnead O’Connor que o diga.
Quanto à Lita e a Doro, eu gosto das duas. Tem carreiras irregulares, mas, que renderam alguns bons sons. Nada além disso.
Marco Txuca
24 de agosto de 2013 @ 01:51
Polêmica seguida de “rehab” então… a gostosa da Lindsay Lohan se perdeu nessa.
Mas bem lembrada a Sinead O Connor. Doida de pedra. Gosto muito, cantava bem tudo: pop, reggae, eletrônico, jazz standards. Foi rasgar foto do João Paulo 2º ao vivo na tv americana (chupem, noruegueses farofentos queimadores de igrejinhas!), q a carreira praticamente acabou.
Teria sido a mega cantora mundial, ñ fosse isso. Teria roubado o lugar do Sinatra na série derradeira “Duets”. Mas ñ fez nada por marketing…
Lita e Doro têm carreiras irregulares, mas os bons sons tvz caibam – juntos – num lado de fita cassete de 60 minutos ahah
E são os mesmos “bons sons” q eram há 30 anos, hum?
André
24 de agosto de 2013 @ 11:34
É por aí.hahaha
E a Lita ainda ta salivando por reunião da The Runaways. Deve ta dificil pagar a tinta da cabeleira.
marZ
24 de agosto de 2013 @ 19:54
No quesito “mulheres no metal”, ainda acho que a Sabina do Holy Moses engole todas as outras, mas nunca teve o reconhecimento merecido.
Marco Txuca
25 de agosto de 2013 @ 01:02
Taí uma boa lembrança. Por outro lado, a moça é meio executiva da gravadora q lança a própria banda, ñ é isso?
Tvz isso contribua para o ñ reconhecimento, sei lá.
marZ
25 de agosto de 2013 @ 16:54
Nada sei sobre isso, falo somente do histórico musical e da performance.