TODA CURA PARA TODO MAL
Descobri este aqui há uns dias.
E a legenda crava q tem pelo menos 6 meses de lançado. Parte de ep – !!? – novo do Inocentes, “Queima!”, cujo show de lançamento na Iglesia do Jão foi em outubro.
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E assim: vez ou outra de verdade, ponho Ramones pra rolar em momentos de stress e exaustão. E funciona para caralho. Os meus preferidos para tal são “Halfway to Sanity” e “Mondo Bizarro”. Mas já aconteceu de deixar em loop “Acid Eaters” ou “¡Adiós Amigos!” e rolar tb um bem estar.
Ao mesmo tempo, é o tipo de som q me fez pensar q se eu tivesse 15 anos viraria um dos (tantos) sons da vida, pra cantar sozinho na rua ou listar pra rolar no meu velório etc. Pq é legal, mas meio bobo.
E tb me fez pensar q os Inocentes tvz já estejam meio velhos pra lançar um som bobo desses. Ficou esquisito pra mim; tvz uma banda de moleques a cometendo soaria mais visceral, vertiginosa, viril. Punk.
Citando Arnaldo “Loki” Baptista: será q eu vou virar bolor?
Leo
13 de abril de 2023 @ 18:55
Cara… Só por aquele diálogo do solo de guitarra, do punk à la Supla questionando o negro que fala “Não é da sua conta, mano! Aqui é Carolina Punk!”, já tenho esse clipe em altíssima conta!
Isso precisava ser registrado.
Pq era modus operandi de muita gente na galeria anos atrás e ninguém fala.
Faz muito sentido pra quem viveu isso – eu, que não era periférico, nem negro, mas era do interior, por exemplo.
Achei do caralho!
E achei a música legal.
Poderia ser menos animada, com uns acordes menores, sei lá. Mas não é ruim.
Mas acho que o grande ponto é ela relatar bem essa “subjetividade adolescente” e a importância que o Ramones tem nesse momento.
Aliás, acho que chega um ponto da carreira dessa galera que já está na estrada há um tempo que as preocupações mudam. O cara está mais interessado em registrar esse sentimento e fazer um clipe que mostre essas coisas que mencionei que, efetivamente, com a música.
Eu respeito isso.
Me ocorreu as “lembranças de velhos” da Eclea Bosi. Acho que tem a ver com isso.
Leo
13 de abril de 2023 @ 18:59
Aliás, olha que coisa do caralho: tem uma tese sobre a Vila Carolina a partir do samba e do punk, inclusive, com entrevista do Clemente.
Achei do caralho!
Fica o link para os amigos que quiserem:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/31/31131/tde-11052021-094138/publico/Corrigida_PauloAndrade.pdf
É pra isso que
André
15 de abril de 2023 @ 11:30
Quando uma música suscita discussões com diferentes perspectivas, ela já cumpriu sua função social, digamos assim.
Vou na do Marco de achar a música “boba demais”. Ainda mais considerando quem está tocando. Porém, endosso o Leo sobre “as preocupações mudam”. Música é escapismo pra muita gente. Ramones simboliza isso muito bem.
Pelo que me consta, Ramones não tem música triste.