TANGERINE DREAM
Se o alarme do meu antigo Monza, o secador de cabelos da minha esposa e o microondas que temos aqui em casa falassem alemão e resolvessem montar uma banda, ela seria como o Tangerine Dream.
- Sunrise In the Third System – 4’20”
- Fly And Collision Of Coma Sola – 13’05”
- Alpha Centauri – 22’00”
“Alpha Centauri” é gema rara que descobri em minhas prospecções musicais à moda antiga: tem quem caçe música na rede, eu caço cd’s em sebo. E que há umas duas semanas venho ouvindo direto.
Algo do tempo em que “música eletrônica” era música experimental. Ruidosa, viajante, progressiva, transgressora. Vide os títulos, também inortodoxos. Ao invés dos putz-putz pra playboy quicar chapado, sem objetivo, em rave.
Algo dum tempo que era outro século, 1971, que tinha o propósito de fazer um “surrealismo musical”, na presunção de seu mentor Edgar Froese. Banda barra projeto até hoje ativa (com já mais de 40 álbuns), ainda que um tanto descaracterizada, porque também influenciada pelas bandas eletrônicas ruins por ela longínqua e porcamente influenciadas.
Algo do tempo em que as pessoas ARRUMAVAM TEMPO pra ouvir músicas de 20 minutos. Quem sabe isso não volta a ser comum?
(sonhar AINDA não paga imposto)
…
[post cometido no Exílio Rock morto e sepultado, em 27 de Julho de 2012]
Tiago Rolim
24 de abril de 2014 @ 14:48
Isso é lindo! E concordo, faz falta esse tipo de pessoa, que se dispõe a ouvir musicas com mais de 20 minutos…
Já ouviu Can?
Colli
24 de abril de 2014 @ 15:54
Certamente parar para ouvir música, mesmo que seja de 10 minutos ficou raro.
Nunca ouvi a banda. Mas vou ver se acho. Fiquei muito curioso agora.
Afinal antes de conhecer o rock, só ouvia música eletrônica.
Marco Txuca
25 de abril de 2014 @ 00:15
Q tipo de “música eletrônica”, Colli? Este tipo aqui é primordial, pioneiro.
Ainda nunca ouvi Can, Tiago. Mesma praia?
Colli
25 de abril de 2014 @ 07:59
Cara, eu curtia as coisas mais do rádio mesmo, que era minha referência para conseguir coisa nova.
Acho que o mais “underground” era o Kraftwerk, depois vinhas os comerciais, tipo Information Society, Depeche mode, New Order, Alphaville(Que não é tão eletrônico assim), Technotronic. Não me lembro de muita coisa.
Cara esse estilo do Tanegrine não rola para mim. Isso parece mais Pink Floyd das antigas é um som que não consigo ouvir por muito tempo.
Ouvi esse álbum ontem em casa. Fiz questão. Achei legal, mas certamente não colocarei novamente para rolar hehe…
tiago rolim
25 de abril de 2014 @ 08:30
Mais ou menos. Uma banda alemã de rock progressivo com pitadas eletrônicas. Mas a eletrônica da época claro. Muito bom. De uma fuçada no YouTube. Tô no celular, e não sei colocar link daqui não 🙂
Tiago Rolim
25 de abril de 2014 @ 08:56
http://www.youtube.com/watch?v=LmYbHEFep7A
Olha ai. Cheguei num computador de verdade e consegui o link. Boa viagem…
märZ
25 de abril de 2014 @ 21:30
Maluquice pura. Essas bandas derivadas de Kraftwerk são interessantes pela ousadia em explorar novos territórios. O CAN é um bom exemplo.
André
26 de abril de 2014 @ 10:06
Tenho o Atem do TD. Viajeira. Ouço de vez em quando. É outro estado de espírito.hehe
Marco Txuca
26 de abril de 2014 @ 11:49
Recomendo um outro deles, chamado “Phaedra”. Mais etéreo.