APOCALYPTICA

Carioca Club, 19.01.23

Ah, foi legal.

Nada memorável assim. Um bom show, daqueles “mais um” pra conta. Matou minha curiosidade antropológica.

Q eu já tinha visto trechos de show e dvd no YouTube, cheios de pompa, edição frenética e agitação da parte dos violoncelistas. A última parte, obviamente rolou.

A pompa ficou só com um dos celistas, Perttu Kivilaakso, meio vestido de Dartagnan e o deles mais incomodado com o calor (foi captado no vídeo abaixo), q chegou a 34⁰C na sexta-feira. E q lá dentro do Carioca ñ estava tão mais (ou menos?) ameno.

A Finlândia está em pleno inverno polar.

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Foram pouco mais de 1h30min de repertório, em apresentação prometida pra começar às 22h e q começou impecavelmente às 22:02. E q pode ser dividida em 3 segmentos, intercalados entre si:

  1. covers/versões – q ñ foram a maior parte
  2. músicas autorais, 3 delas de “Cell-O” (disco mais recente) com um vocalista – Erik Canales – q só entrava no palco pra cantar
  3. músicas autorais instrumentais, com o trio sentado em cadeiras e de ostensivo uso do telão no palco. Pra mim, os melhores sons.

Várias delas contando com um baterista ok e discreto, cuja função era ñ embolar o meio de campo. E assim foi.

Tocaram “Refuse/Resist”? Sim. Destaque do show, galera foi ao delírio? Até q ñ. Um cara próximo a cantou inteira, eu tb. Baixinho. Quem mais cantou, só entoou o refrão.

Admito q se rolou mesmo “Inquisition Symphony” (constava do setlist q fotografei) tb passou batido, até por mim. Os covers de Metallica – três – cativaram mais, mas ñ mais q os sons autorais com vocal. Torci pra rolar o cover de Faith No More: ñ veio na bagagem.

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E vou dizer, sob o risco de pedradas: “Nothing Else Matters” – sobretudo no arranjo daquele solinho final de James Hetfield – e “Seek & Destroy” – com a parte rápida e os solos do meio – achei as melhores do show. Elas e duas das autorais instrumentais – “Shadowmaker” e “Peikko” (com uma cara de “vamos nos divertir no final”).

A presença de palco do trio é dinâmica, com os dos extremos (Perttu e Paavo Lötjönen) trocando de lugares no decorrer. O aparente líder Eicca Toppinen ficava mais ao centro e foi quem mais falou com o público. Com instantes de humor finlandês exótico.

O público ñ lotou; ¾ da casa, tvz. Parece caso de banda nichada, do q vale lavrar um clichê: quem ali esteve ñ eram muitos, mas muito fãs de Apocalyptica.

Muita mulher, e ñ exatamente mulherada “mina do banger“, mas em casais com namorado/marido banger/fã. Legal, isso. E todos cantando as músicas, principalmente as autorais com vocais

Ao final – ñ acabaram e foram embora; terminaram e voltaram pra falar no microfone – Toppinen prometeu álbum novo pra 2024 e voltar ano q vem.

O tempo dirá.

Defeitos, dois: 1) merchan “oficial” com camisetas (bem feias, piores q as vendidas na calçada) a 150 vodkas e bonés a 120; 2) a banda de abertura, banda de formatura metal, de q só falarei nos comentários.

Curiosidade atroz e a tôa: 2 sons autorais homônimos de sons do Ramones. Gabba gabba hey!

Setlist: 1. “Ashes Of the Modern World” 2. “For Whom the Bell Tolls” 3. “Grace” 4. “Refuse/Resist” 5. “I’m Not Jesus” 6. “Not Strong Enough” 7. “Rise” 8. “En Route to Mayhem” 9. “Shadowmaker” 10. “I Don’t Care” 11. “Nothing Else Matters” 12. “Inquisition Symphony” 13. “Seek & Destroy” – bis: 14. “Farewell” 15. “Peikko”