O NATAL E O METAL

Singelo conto escrito pelo comparsa e apóstolo Marcio Baron (dos tempos de psicografia do “Evangelho Segundo Lemmy”) por conta da data festiva de hoje, de louvarmos o Messias…

… e seus 63 anos convictos.

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James Hetfield ainda pivete, praticante assíduo do headbanging, feliz morador da Bay Area, estava ansioso.
Ansioso para esperar o Papai Noel, pois aquele ano ele havia feito um pedido muito especial.

Horas passam, e o jovem cabeludo adormece, e é claro que nessa hora é que o bom velhinho aparece.

Porém, este Papai Noel estava um pouco mais impaciente… entrou tropeçando, praguejando e resmungando de tudo. James, acordou com o barulho e reparou que o bom velhinho era velhinho, mas não usava vermelho, não tinha barba branca, nem ao menos era simpático:

“PUTA QUE PARIU, É O LEMMY O PAPAI NOEL!”

exclamou o jovem banger. E na mesmo hora já levou um pescotapa e um esporro:

“Cacete, pivete, eu tô tão gordo assim??? Eu não sou o Papai Noel, eu sou o Lemmy!”

O James travou, igual ao Chaves, depois começou a endoidar de vez:
“Cáspita! o Lemmy me deu um pescotapa! E dentro da minha casa! UUAAAUUU!”

E nesse momento é abençoado com outro pescotapa.
Depois de uma olhada mais séria de Lemmy, daquelas que põem juízo em gay, James se recompõe e pergunta o que carabolas o Deus Lemmy fazia dentro de sua casa.

Lemmy responde com clareza:
“O barrigudo do Noel pediu pra quebrar essa pra ele. Ele foi ontem no Show do ZZ Top e travou. Agora tenho eu que carregar os presentes e andar por aí nesse trenó de menininha que ele tem.
E o pior não é isso, o pior são as renas. Tô quase assando uma.”

James, ainda impressionado com a presença de Lemmy em sua casa, e não com o fato de ser amigo do Papai Noel, pede autógrafos, apertos de mão, cosquinha na verruga etc., aquela tietagem baitola de se esperar. Mas Lemmy o interrompe.

“Ô, pivete, tá legal, valeu a frescura toda aí, mas tem mais gente esperando os presentes. Vai, desembucha o que tu pediu pro véio barrigudo.”

James fica vermelho, roxo, preto, magenta… treme, geme, contorce. Enfim, tava se borrando todo.

Por quê? Simples, aquele ano James pedira algo para ficar mais parecido com seu Deus, algo bastante singular… ele pediu uma verruga igual a de Lemmy.

“Então… équi…équiiii…”

Lemmy estressa:
“Fala, PoRRA!”

“Bem… eu pedi uma verruga igual a sua.”

Lemmy olha de novo com o olhar de pôr juízo em gay e anuncia:
“Á MULEEEKKEEEEE!!!”

E James leva outro pescotapa, só que no nível Chuck Norris de dar, porra.

“Pequeno viadinho, você quer uma verruga igual á minha?!?! Sem chance, isso é exclusivo e inimitável! Ninguém vai ter uma veruga igual à minha! Entendeu? Ou precisa de outra porrada???”

James nem abre a boca, apenas responde com a cabeça.

“Toma aqui. Leva esse boneco do Falcon que tá tudo certo. Tchau aí por que eu já demorei demais aqui.”

E vai embora resmungando:

“Molecada do caralho… querendo uma verruga igual á minha. Vai levar é umas porradas pra aprender…”

Mesmo com uma dor no pescoço considerável, que durou até a turnê do ‘Master’, este foi o Natal mais feliz de sua vida. E seria de muitos outros tambem, como você.

E assim termina o melhor Natal de James, contado em: ‘O Natal e o Metal’.

“Lemmy bless you”
“Lemmy Saves”