POST BRIGADIANO (MÍNIMO 15 COMENTÁRIOS)
Revia outro dia “En Vivo!”, dvd já ñ tão recente do Iron Maiden, q tira uns trocos – extras – da turnê “The Final Frontier” e ñ consegui evitar um constrangimento sentido. Uma vergonha alheia: tire os sons, tire os músicos, sobra uma produção de palco mequetrefe, q ñ condiz com o status q a banda ainda tem.
Vou nem comparar com o palco dum Metallica. Mas é palquinho amador, de festival de colégio, esse, comparando com shows hi-tech recentes do Rush (sobretudo), ZZ Top e Rammstein. Até palco do Nine Inch Nails, do dvd “Beside You In Time” (passou esses dias no canal Bis), consegue ser mais instigante. Interessante. Complementar às músicas.
Shows do Alice In Chains do ano passado e do Megadeth turnê “Countdown to Extinction Clearwater Revival” tb parecem-me além.
***
Tá lá o Maiden tocando e comovendo geral com uns panos gigantes ao fundo, uma cerca comprada tvz das obras do metrô daqui, escondendo roadies e amplis aqui e ali, com telões laterais (e apenas laterais), provavelmente cedidos pelo contratante local, e uma iluminação correta. Algum bichinho de pelúcia na bateria. Só.
Ñ fui ao show desta turnê (nem no da recente, de palco mais ou menos o mesmo), como ñ voltarei a shows do Iron Maiden. Mas lembro q diziam q o palco da “Final Frontier Tour” “simulava uma nave espacial”. Onde?
Porra nenhuma.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=WjKKD6yXlVc[/youtube]
Ah, tem 2 (dois) Eddies ao longo… E seu apelo ainda. Será q NENHUMA empresa de telões lcd já ñ teria oferecido serviços/recursos pra banda do Smallwood? Duvido. Meu embaraço alheio em tudo isso, fora perceber q o último palco fodido e precursor da banda tvz tenha sido o da turnê “Powerslave” (ou da turnê “Somewhere In Time”, q pouco legou registro), é o de notar q a Donzela trabalha cenicamente no tradicionalismo anacrônico ou na base do mínimo esforço pra obter maior lucro.
Afinal, Steve Harris tem q comprar seu Grecin 2000.
Colli
14 de janeiro de 2014 @ 09:04
Se captei bem sua mensagem, discordo dela, pois o Maiden não precisa palcos hight-tech para levar multidões aos shows.
Acredito que o Rush também não precise disso.
Para mim, esses palco ultra megas produzidos é para justificar os valores de ingressos absurdos ou vice-versa… pelo menos aqui no Brasil.
guilherme
14 de janeiro de 2014 @ 09:42
Eu acho muito maneiro quando artistas conseguem trazer o show completo pra cá. É algo que faz você entrar no ‘mundinho’, é entretenimento, SHOWBIZ. Aqui na América do Sul recebemos pouquíssimos shows completos. De produção mesmo, luzes, fogos, palco, etc. Primeiro porque é caro e segundo porque é caro. Aí a banda acaba só trazendo um backdrop safado, e no caso do Maiden, Eddies.
Se liga no palco da turnê na Europa: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Iron_Maiden,_olympiastadion,_Helsinki,_8.7.2011_(26).JPG
http://www.hellbound.ca/wp-content/uploads/2010/07/IRON-MAIDEN-034ab.jpg
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Iron_Maiden_@_Olympiastadion,_2011-07-08.jpg
Agora comparem com o show que VIROU DVD.
märZ
14 de janeiro de 2014 @ 10:09
Colli, não é o palco que leva gente ao show e sim a banda e sua música e história. A intenção de se montar uma estrutura de palco sofisticada e interessante é pra oferecer um atrativo a mais ao público, pra “agregar” valor ao espetáculo (expressão em voga ultimamente).
Eu, particularmente, não me impressiono com stage props, só vejo mesmo a banda e curto a musga. Mas tem quem presta a maior atenção nisso.
Colli
14 de janeiro de 2014 @ 10:56
Mas märZ, foi justamente isso que disse.
Eu também nunca fui em show por conta de palco. Apesar de ser um plus legal. Mas se não tiver não fará diferença, obviamente, dependendo da banda.
Marco Txuca
14 de janeiro de 2014 @ 14:14
Então, amigos:
primeiro a deixa do Colli: claro q palcos megaproduzidos, POR AQUI, geram justificativa pra preços absurdos e abusivos de ingressos. Mas oMaiden com esse palco simplão tb custa MUITO CARO.
A filhadaputagem de preços abusivos por aqui ñ se fia só num megapalco, mas tb em qualquer outro pretexto: ah, é turnê temática do Maiden; ah, é show do Metallica q os fãs escollherão set-list; ah, mas é o monte de babaca q falsifica meia entrada…
(rolou até um boato – prontamente desmentido – de q o Maiden vem repetidamente pra cá e cobrando muito caro, pra reaverem dinheiro perdido com pirataria pelos fãs do Brasil… WTF?)
Tirando isso, é claro q fãs de Iron Maiden, como os de Slayer ou de bandas q tocam no Carioca Clube, estão lixando pra megapalcos. Eu tb ñ vou ou deixo de ir por causa disso. Vou ou deixo de ir pelos PREÇOS.
Mas é q me chama atenção o conservadorismo q permeia e cerca a Donzela: tudo é conservador, do set-list ao panão de fundo. Dos 2 Eddies por show ao Janick brigar com o Eddie.
Poderiam fazer um show mais hi-tech. Têm know-how pra isso, tvz os fãs merecessem isso.
Continuarão lotando show por aqui, vierem mês sim mês ñ. Mas uma hora nego acabará se tocando q um dvd é a mesma coisa.
E olha q o dvd citado nem é tão primoroso. Cheio de cortes e recursos típicos de “clipes do Fantástico” dos anos 80. Steve Harris ñ muda o jogo ganho. Pra bem e pra mal, acho ruim isso.
märZ
14 de janeiro de 2014 @ 18:48
Me lembrei aqui de uma coisa: aquele show do Maiden no Rock In Rio 2011 que gerou DVD. Eu não fui por estar recém chegado da minha vida nos EUA, mas havia visto o mesmo show poucos meses antes em Boston, com abertura do Queensryche. Estava todo empolgado pois era a volta de Bruce aos vocais. Porém, achei… chato. E os stage props se limitavam a uns arranjos de bamboo ou ripa de madeira qualquer pelos lados, e uma corda pro Bruce passar de um lado pro outro.
Se o show tivesse sido empolgante, nem notaria. Mas se arrastou, tipo metade do setlist era do Brave New World, pra total apatia do público presente.
Marco Txuca
14 de janeiro de 2014 @ 19:44
Esse é um ponto, märZ: ñ é q precise ter pirotecnias e telões a rodo, mas só música às vezes ñ dá.
Mas vai dizer isso pra fanáticos por Maiden, q se contentam com as bochechas do Dave Murray e com Ñ VER o Nicko por causa da bateria…
Aquelas ripas de madeira, rampas fajutas e cordinhas pro Bruce se pendurar tb achei ridículas. É muito pouco.
Nine Inch Nails só na música ñ dá. Vejam isto:
http://www.youtube.com/watch?v=Jf_2o6GQz98
ZZ Top (banda doméstica. Só tocam nos EUA e Canadá, e olhe lá. Vieram pela 1ª vez aqui ano retrasado, e foi 1ª descida abaixo do Equador):
http://www.youtube.com/watch?v=HH85zttgbGg
E o Alice In Chains, recente:
http://www.youtube.com/watch?v=iyc8zSICuWI
André
15 de janeiro de 2014 @ 11:04
Tenho a msm opinião sobre o palco da turnê do Brave New World.
Mas, fica a dúvida: compensa mais assistir um show do Maiden com palco fuleiro e repertório idem ou do U2 com palco, telões, iluminação e efeitos ultra high-tech, mas com repertório fuleiro?
doggma
15 de janeiro de 2014 @ 12:51
Ô chefe, NIN só na música, na minha humilde opinião, dá. Até prefiro, se pudesse escolher. Ó como fica mais visceral:
http://www.youtube.com/watch?v=GLVdnA0iAg4
http://www.youtube.com/watch?v=PL72Tyxe1rc
doggma
15 de janeiro de 2014 @ 12:56
Em tempo… palco ultra-high-tech futurístico do Maiden combinaria com um setlist “Somewhere in Time”, mas como apontado pelo browner pouco legou registro, Mr. Harris deve ter vetado no orçamento participativo…
Marco Txuca
15 de janeiro de 2014 @ 13:53
Mínimo esforço, doggmático.
Quanto ao NIN, concordo contigo. Apenas repare q os vídeos linkados já tem, pelo menos, 20 anos. Reznor ñ agüenta mais a doideira ao vivo: ganhou filho, ganhou Oscar e tem a banda ao vivo com uns moleques de aluguel. Vc já viu o dvd q citei? Acaba sendo uma outra abordagem, e COMPLEMENTAR aos sons. Ñ disfarça falhas ou esconde limitações.
Q é o q o U2 faz há quase 30 anos: vocalista horroroso, baterista xumbrega, baixista indigente e The Edge carregando todo mundo nas costas (inclusive vocalmente). Mas o público do U2 pouco difere dum dum David Ghetta: tá ali pela balada, pelo palco, pelo luxo, pelo Vono Boxta, sem saber 5 sons da banda preferida. Ou sem reconhecer 2 sons ao vivo, todos com afinação trocada e executados meia boca.
O mesmo pra artistas pop: Madonna, Lady Gaga, Timberlake, Katy Perry. Rolam até playbacks nessas porras, mas o palco é foda. E o preço é alto pq é artista de 1ª grandeza e quilate… Pff!
Respondendo à pergunta: palco favela Donzela versus palco palácio U2, digo q preferiria ver o Maiden numa casa menor, tipo Credicard Hall (Via Funchal foi pro saco), como tocam em tudo quanto é país, fora América do Sul. Entendo q nessas dimensões, o palco daria e sobraria.
guilherme
15 de janeiro de 2014 @ 21:53
Discordo fortemente da opinião dos amigos sobre U2. As turnês dos caras têm conceitos fantásticos para shows e cada detalhe do set principal é minuciosamente pensado para integrar o som com visual. E as músicas antigas são maneiríssimas, não venham com essa não! Isso não é diferente do que o Pink Floyd, Bowie ou Alice Cooper fizeram a vida inteira.
Megashows com produções extravagantes merecem esse tipo de atenção. Shows em lugares menores (clubes, teatros, ou halls como aqui no Brasil) são diferentes experiências e cada uma funciona de um jeito. Mas num estádio ou numa arena precisa-se pensar em coisas para impressionar e entreter a todos de várias maneiras. Desde o cara que tá na grade até o coitado que está na chamada ‘nosebleed section’ (aqueles lugares afastados que quase não dá pra saber que há seres humanos no palco).
Sinceramente, prefiro ver bandas em lugares menores, mas não rejeito um belo teatro de jeito nenhum. Ao contrário, para certos artistas só melhora o espetáculo. Como disse, é entretenimento.
doggma
16 de janeiro de 2014 @ 08:00
Ainda não conferi o DVD do NIN não. Vou providenciar. Será do mesmo naipe do “And All That Could Have Been”?
Falando em grade, o Ministry costumava meter uma grade enorme separando palco do público… do lado de cá da tela dava um efeito claustrofóbico bagarai, imagine in loco.
doggma
16 de janeiro de 2014 @ 08:03
Mas aí, corroborando com algumas coisas ditas pelo amigo Guilherme, um dos mega-shows mais impressionantes que já assisti ainda é o DVD da “Zoo TV Tour”. Não tem como não cair o queixo com aquele espetáculo não…