NIN NOVO
Nine Inch Nails faz parte duma trinca seleta de bandas, péssimas marketeiras todas, q inclui tb o Ministry e o Running Wild, as quais, descontados os fãs hardcore, metade das pessoas pergunta “ué, acabaram?”, enquanto q a outra metade mal sabia q haviam (já) voltado.
Eu lembrava mal e mal de Trent Reznor falando de acabar com a banda. Como mal e mal lembrava do sujeito anunciando a volta gloriosa. Só ñ havia me dado conta terem passado 3 anos entre um anúncio e outro.
Surpresa maior ainda foi encontrar este “Hesitation Marks” à venda. E datado de 2013 – fui conferir se ñ era alguma coletânea caça-níquel de restos antes do fim-depois do fim. Peguei. E estou curtindo.
Ñ é o mesmo Trent Reznor de antes, angustiado, revoltado, persecutório e passivamente agressivo. Resquícios duma guitarrice claustrofóbica como dantes comparecem pela 12ª faixa (“In Two”), das 14 q compõem a bagaça. Ganhar o Oscar e virar trilheiro (parece q casou tb) parecem ter amenizado o sujeito.
Mas ñ muito: o material disponível é farto. Conta com participações de Pino Paladino e Adrian Belew, músicos ilustres barra eméritos acompanhantes de dinossauros do rock. E Reznor fazendo tudo em 4 dos sons. Projeto gráfico irretocável, como sempre. (Um tanto derivativo de Cocteau Twins, como de praxe). Falta de letras no encarte, como sempre.
E o q mais poderá interessar a alguns e algumas: o álbum mais pop do Nine Inch Nails. Sem nenhum demérito, nem pseudo-viajeiras enchendo lingüiça. Completamente indico a quem acha q o Depeche Mode morreu no “Songs Of Faith And Devotion”. Preenche essa lacuna “Hesitation Marks”, ainda q “Everything” tenha um jeitão meio Strokes, sei lá se pra tirar sarro. Reznor chega a cantar nuns sons, ao invés de apenas emular chororô de Roger Waters!
Tb ainda ñ entendi o quão sarrista ou auto-irônico é o 2º som, “Copy Of A”. Mas tudo bem.
Vou levando. De boa. E a vaga de 3º melhor disco do ano vai meio ficando com este. A de 2º melhor, ñ for o do Carcass, me vai ficar em branco. Pq o Alice In Chains novo ñ preencheu a contento. Quando muito, numa repescagem ahah
Segue a vida.
doggma
11 de setembro de 2013 @ 09:18
Lançamento bem à francesa mesmo. Eu sabia porque realmente me inteirava, mas a disseminação pela mídia em geral foi ralíssima, talvez a pior divulgação da carreira do NIN.
Acho que o povo não tá mais com saco pra esse papo de parei-voltei. Já deu. No caso do Reznor isso era mais que óbvio, já que a banda da patroa, o How to Destroy Angels, não colou como planejado.
Quem acha que o Depeche morreu em “…Devotion…” é um bobão. O disco novo é um dos melhores do grupo! Tá no meu top 5 de 2013, fácil.
Subscrevo quanto ao novo Carcass: É do caráleo!
bonna, generval v.
11 de setembro de 2013 @ 10:53
Tô curtindo demais este disco! Para mim, o melhor deles desde o “With Teeth”. Para variar achei desnecessárias a Intro e a Outro. O resto é redondaço!
O começo de “Everything” e seu refrão para mim estão mais para um pop punk estilo Blink182. E mesmo assim eu gostei!! hahaha
Procura algum show deles deste ano no youtube. Estão fazendo uma bela homenagem ao Talking Heads, na forma de iniciar o show ao estilo do filme “Stop Making Sense”.
Quem acha que o Depeche morreu em “…Devotion…” é um bobão. [2]
Marco Txuca
11 de setembro de 2013 @ 11:36
Então, amigos: esse marketing do parei-voltou meio q cansou mesmo. Q diga tb outra “banda”, Smashing Pumpkins; quem é q ainda agüenta? E o do “última turnê” (Scorpions, Ozzy, Stones) tb já deu no saco.
Teve mais um ou 2 após “With Teeth”, hein bonna? Nem valem? Nem sabia q a mulher do cara tentou vingar banda…
Ainda sobre o marketing “ralo”: consta o álbum ter sido lançado em 2 de setembro lá fora. Encontrei, nacional (Universal) já no último domingo, 8!
Sempre gostei do NIN, mas os sucessivos anúncios e mimimis de querer parar me fizeram ter distância. Curti Reznor ganhar Oscar (chupa, John Williams!), mas meu mundo ñ ficou nem pior com o “fim” da “banda”, nem “melhor” com a “volta”.
O lance da homenagem aos Talking Heads vi algo no Facebook, e parece bem coerente com essa volta. Chega de mimimi e papinho psicopata: periga, a partir deste “Hesitation Marks”, o NIN ocupar um lugar q o pop eletrônico em geral abdicou de ocupar. Ñ acharia ruim MESMO.
Quanto ao comentário sobre o DM, é pq supus (erroneamente, pelo jeito) haver fãs true da banda q a renegassem a partir do referido polêmico álbum. A ñ ser q vcs 2 ñ sejam assim tão amostra representativa ahah
Eu, se fosse muito fã de Gore e cia. tvz fosse truezão nesse quesito…
bonna, generval v.
11 de setembro de 2013 @ 16:46
“Year Zero” de 2007 é tido por muitos como o favorito. Acho o mais fraco… tem bons momentos, mas nada além disso.
Em 2008, na onda de discos fora de gravadora que o “In Rainbows” do Radiohead gerou, o Reznor soltou o “Ghosts I-IV” apenas com faixas instrumentais com cara de rascunhos que ele não sabia o que fazer. E lançou também um disco totalmente mais do mesmo, que não acrescenta nada a carreira mas também não é ruim (aliás é melhor que o disco do ano anterior), “The Slip”.
Acabo até ignorando este marketing falido de turnê de despedida ou disco de retorno. Já perdi toda a fé nessas histórias. Hahaha. De qualquer forma, a encarnação ‘chemical brothers’ do novo NiN me soou bem foda! Certamente estará entre meus 5 melhores do ano.
marZ
11 de setembro de 2013 @ 21:39
Só gosto do primeiro, mais nada.
Marco Txuca
11 de setembro de 2013 @ 23:14
Dê uma ouvida nesse, cara. Periga vc gostar.
Jessiê
12 de setembro de 2013 @ 21:31
Tem uma boa crítica na veja desta semana, o que nada quer dizer. Minha cota de eletrônico/metal/industrial (que era como chamávamos antigamente) fica cheio com o psalm 69.
Faça
13 de setembro de 2013 @ 03:01
NIN pra mim são os 3 primeiros discos, em especial o primeirão, que é o meu favorito até hoje. Mas até o “The Fragile” eu ainda acho que o Reznor mandou bem. O citado “With Theeth” achei meio sem sal, e não curti muito não. Dos 2 lançamentos posteriores, o “Year Zero” e aquele tal “Ghosts I-IV”, só curti o primeiro. Achei a melhor coisa que o Reznor fez desde os anos 90.
Ouvi algumas músicas desse “Hesitation Marks” quando liberaram na Internet e gostei. Pelos comentários a respeito que li/ouvi de fãs mais “fiéis” à banda, o negócio parece estar realmente bom. Nem sabia que já tinha saído edição nacional (saiu até rápido demais), provavelmente vou catá-lo numa oportunidade próxima.
E afirmo o que o doggma disse: esse novo do Carcass está realmente SENSACIONAL. Um dos melhores discos que ouvi esse ano, facilmente.