CHILDREN OF BODOM/AMORPHIS
(espero ñ desagradar tanto o Rodrigo – “resenha ácida”, vc aguardava? Ou pedia? ahah – mas, se for o caso, vale discussões q surgirem…)
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A última coisa q fiz questão de reparar, antes de eu e a patroa sairmos ANTES do bis do Children Of Bodom – doravante tratado neste blog por Children Of Boredom – era q, em se mandando todo mundo dar passinho à frente, o público ali no Via Funchal dava pouco menos da metade.
Ñ se enganem, portanto, com as resenhas hiperbólicas – de gente q às vezes nem vai aos shows. Ñ estava essa apoteose toda, o q ñ desmente as várias vans fora de lugares LONGÍNQUOS tais como Curitiba, São Gonçalo, Rio De Janeiro e Belo Horizonte (eheheh).
Certamente algo meio risco calculado da parte de quem trouxe as bandas pra cá: ñ a tôa, show único em terras brasileiras. Em tendência q vai despontando, de se marcar duas (sendo uma, “special guest“) ou mais bandas pruma mesma data, pra ver se melhora bilheteria.
Q o digam Exodus e Kreator vindouros aí. (E q, aposto o quanto quiserem, será cancelado)
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O Amorphis, “convidado especial” da noite, chegou primeiro e inciou atividades pontualmente às 22h. Fez set até extenso (12 sons, uma intro) pra uma hora cravada de show, sem choro nem vela, nem migué.
E lamentei apenas duas coisas na hora:
1) infelizmente deixei de ser assíduo com os caras. Parei meio no “Elegy” (pra mim, o melhor da banda), mesmo tendo “Tuonela” (o pior) e o “Am Universum” seguintes. E mesmo tendo o “Silent Waters” recente, q nem ouvi bem. Por haver pulado o “Far From the Sun”, o “Eclipse” (de onde constaram a maioria dos sons do set) e o recém-lançado “Skyforger”, me senti meio boiando
2) pareceu-me q num lugar menor, com público mais próximo, as coisas teriam sido melhores. Ñ q tenha sido uma BOSTA de show, nada disso; e até pq o público ávido interessado (presente com camisetas fodásticas q nem a Galeria do Rock, tampouco a vendinha genérica abusiva ali fora a 30 contos – ou 35? – jamais terão/teriam) ficou lá na frente prestigiando, cantando junto, supreendendo os caras. Mas é show mais cadenciado e introspectivo, pouco dado a headbanging. Duvido q voltem, mas se o fizerem, q seja num Hangar 110 ou casa de pequena pra média…
Fuçando no orkut pra ver o set-list, me surpreendi de saber q tocaram “My Kantele” (ñ reconheci na hora! Como “On Rich And Poor”, tb do “Elegy”); por outro lado, tb desse álbum reconheci “Against Widows”, q me soou estranha, e ñ sei se pelo som esquisito no lugar ou por supostamente ter sido tocada em afinação alterada…
Momentos altos me foram “Towards And Against” (a mais legal do “Silent Waters”), “The Castaway” (antigona, do “Tales From the Thousand Lakes”) e a final, “Black Winter Day”, da qual infelizmente ñ consegui ouvir bem o teclado, crucial no som.
Falar de som frouxo, falho, em se tratando de Via Funchal, parece (infelizmente) vir se tornando rotina: o baixo quase ñ consegui perceber, e o teclado em muitos sons ficava sugerido, subliminar. Pena.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=m_aZLALtwEo&feature=related[/youtube]
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Da parte dos caras, nenhum destaque assim disparado: o sexteto é time coeso, pouco dado a solos e/ou firulas estéreis/gratuitas. Apenas o vocal, Tomi Joutsen e seu bigodão Salvador Dali, munido de microfone próprio – entrou com ele na mão, saiu com o mesmo na mão – e algum senso de carisma, de falar com a galera.
E se impressiona o quão abruptamente ele ia do limpo ao gutural, por outro lado, cara chato q sou, ñ consigo inimaginar se tratar de microfone bem tratado, repleto de efeitos e recursos, a la Mike Patton. Ñ estraga em nada o show, só a mim, tiozão chato.
Minha conclusão: um bom show, do qual ñ estava bem no clima (nada de errado comigo: acho q na pouca assiduidade, citada, e no lugar), e do qual pessoas ali q poderiam se interessar tvz tenham saído com impressão de banda qualquer, de abertura, genérica. Ñ é.
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O Children Of Boredom, por sua vez, mais do q qualquer coisa q eu possa dizer e ranhetar, creio eles próprios terem dito com perfeição ali no encarte do “Are You Dead Yet?”, o único álbum q tenho, uma coisa.
Quando disseram ali “And by the way, we might no be the best fucking band in the world but we heave the best fans…”, acho q nunca pude confirmar banda tão ciente de si próprios e de seu público.
Pq foi isso o q testemunhei: um show de PÚBLICO entregue e pouco merecedor dos presepeiros q estavam no palco. Presepeiros e fajutos. E, pra mim, dignos do termo poser, no pior sentido.
“Death metal moleque” o Rodrigo me disse. Acho q sim, e no sentido mais pejorativo possível: umas CRIANÇAS – sobretudo o “prodígio” (pirralho) Alexi Laiho e o tecladista Janne Jameson Warman – brincando de ter banda (o outro guitarra, Latvala, o baixista Blacksmith e o baterista Raatikainen estavam ali como estava tb o pano de fundo no palco, meio q só constando), posando de mauzões, fingindo radicalidade.
E seguindo o seguinte roteiro enjoado e monótono:
1) ñ houve qualquer seqüência de 2 (DOIS) sons sem pausa pra bravatas no microfone, pedidos pra mosh pit (faz quem quer, caralho!), ou os caras aparentemente escolhendo os sons ali meio na hora. Acho isso broxante, ainda mais se tratando de banda PROFISSIONAL;
2) ñ houve uma fala do pirrLaiho em q ele ñ mandasse fuck, fucking, fucker e/ou motherfucker. Tudo calculado e planejado provavelmente nos 2 ou 3 filmes de Spike Lee e Tarantino q ele viu na vida. A quem for defendê-lo: sim, até entendo o cara ser finlandês de inglês básico, mas e daí? E ñ havia um intervalo entre sons em q ñ bebia alguma coisa pra cuspir pra cima fazendo chuvinha, ou q ñ resolvesse escarrar a la James Hetfield com 13 anos de idade
3) ñ houve um único solo de teclado em q o tecladista ñ posasse de bêbado, fazendo sua parte com a mão direita e tomando gole de goró com a esquerda. Pra parecer malvadão bebum
4) coisa chata e previsível TODA MÚSICA ter solo de guitarra (do pirrLaiho, lógico. O outro nem solou nada) harmonizada com o teclado. Coisa ainda mais chata quando o som do teclado sobressaía do da guitarra, e ainda mais cansativa com a timbragem de REALEJO do cara: tava imaginando a hora em q apareceria um papagaio – ou será q ñ apareceu por o IBAMA ñ ter permitido? ahah – pra distribuir bilhetinhos da sorte.
Ñ me recordo dalgum show de heavy metal em q a COMOÇÃO fosse tamanha. Resultante, claro, das muitas menininhas ali presentes por acharem o pirrLaiho “lindo”, mas ñ só: os moleques imberbes e marmanjos barbados estavam tb ali comprando a pose de mau, os maneirismos agressivos etc. A cada som anunciado se ouvia um “aaaaaahhhhh” e um “ooooohhhhh” no recinto, q a mim só seriam condizentes num show do Metallica anunciando “Metal Militia” ou num do Iron Maiden em q tocassem “Alexander the Great”.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=R_hlNGvJoJw&feature=related[/youtube]
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E aí, nessa toada, e ciente de conhecer muito pouco a banda e os caras, penso q se conhecesse algum som melhor, poderia até ter aproveitado um pouco mais. Pra falar dos sons, da técnica e essas coisas q detratores por aqui – inclusive os de ocasião, passíveis de nos acharem pelo Google – rebaterão com alguma razão: pô, os caras tocam até legal. Mas ñ fazem música legal.
O quesito baterístico me foi outra bola fora: bumbo trigado nojento, aquele som de plástico, tac-tac-tac, dum cara q nitidamente ñ conseguiria tocar naquela velocidade toda ñ tendo o breguete pra ajudar.
No cômputo geral, um show mais SEM GRAÇA do q chato. Chato é o Hammerfraude. E do qual, daqui uns anos, lembrarei pelo q decidimos, eu e Carol, antes do bis: o show do qual nos lembraremos POR Ñ TERMOS FICADO PRO BIS. E olhe lá.
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O q valeu na noite, sem puxação de saco, foi a ocasião de ter conhecido pessoalmente o miguxo Rodrigo, true suficiente pra ter encarado 8 horas de estrada desde BH pro evento. E q certamente gostou do q viu (é fã, eu ñ) e terá o q rebater por aqui.
Aproveitei o ensejo para lhe entregar o “The Craving” (e aí, curtiu?), merecidamente ganho na “Promoção” e sair com ele numa foto, q me permitiu postar por aqui. Apenas lamento ñ termos trocado mais idéia (até pq show, pra mim, ñ costuma ser ocasião onde me expresse melhor), mas, quem sabe numa próxima?
Hail, miguxo!
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PS – numa hora ali no show, quando interromperam som “inesperadamente”, foi impressão ou o tecladista mandou o pirrLaiho “tomar no cu”, em português mesmo?
PS 2 – vendo o Laiho, vi finalmente alguém com uma TESTA maior q a da Tarja Turunen. Se na dela cabe um outdoor, na do pirralho vai um outdoor + uns 2 banners de show ahah
Rodrigo Gomes
15 de setembro de 2009 @ 09:54
hahahaha, resenha pra lá de ácida. Muita coisa eu até concordo contigo, mas pra mim não há mal algum em moleques posarem de fodões, isso faz parte do rock (ainda mais pra mim, fã ardoroso de hard rock, lembre-se haha, várias semelhanças…). Acho Children Of Bodom legal pacas, ao vivo ainda melhor, acho legal o entusiasmo que eles causam no público e tals. Pra mim foi um showzão, sério. Gostei do Amorphis também. Pra mim valeu ter encarada a estrada pra ver esse show.
Sim, teve a parte do “Alexi, vai tomar no cu” hahah, alguém deve ter ensinado á exaustão essa frase pro tecladista.
Gostei sim do MD.45, valeu!
E até o final do ano estarei em SP de novo… certeza pro AC/DC (que será o caos) e talvez Skid Row (que será fracassado haha).
Marco Txuca
16 de setembro de 2009 @ 15:27
Pois é, Rodrigo, percebi, sim, a conexão entre o Boredom e os poser. Sendo algo pra além dos covers posers já gravados (já gravaram Poison, né? Pra chocar os trues?)…
Mas ñ me convenceram, ñ. E a impressão até é de banda q tenta chutar pra todo lado: é pesada, uns tiques de thrash, uns maneirismo death, muita coisa de metal melódico, muita demagogia… Se focassem num aspecto só, tvz ficassem melhores.
Se o Edgsgrayça tivesse vingado com aquele lance de virarem hard rock farofa (ninguém, fora vc, parece ter dado a mínima), aposto q o Children Of Boredom enveredaria pra esse caminho (fácil, comercial), sem pestanejar.
Uma pergunta: é banda q vc sente existindo daqui 10 anos??
Rodrigo Gomes
16 de setembro de 2009 @ 20:20
Po, os covers que o CoB faz são do caralho, justamente pela imprevisibilidade. De Britney Spears a Suicidal Tendencies, passando por Slayer e Alice Cooper. E respondendo sua pergunta: sim, imagino a banda daqui a 10 anos. O primeiro disco é de 97, ou seja, hoje eles já têm 12 anos de carreira, por que não durariam mais 10?
PS. caramba, Edguy ficou tãããão bom depois que resolveram fazer hard farofa hahahaha.
Marco Txuca
17 de setembro de 2009 @ 03:05
Mas vc imagina a banda ainda relevante?
Pq a minha dúvida é assim: daqui uns 10, estiverem fazendo ISSO ainda, ficarão ridículos!…
A ñ ser q vivamos daqui 10 anos a nostalgia burra desta década de agora. Enfim.
Acho q vai ter uma hora em q ou eles escolhem um caminho pra seguirem, ou terão q terminar, manja?
Rodrigo Gomes
17 de setembro de 2009 @ 10:15
Não entendi muito o ISSO, seria fazer o mesmo tipo de som? Isso muitas bandas fazem e atravessam décadas. Ou seria fazer um som ruim? Aí cai na questão do gosto pessoal. Acho que inclusive o CoB se diferencia de seus pares de som mais, ahn, extremo, justamente por suas passeadas por outros estilos.