Skip to content

4 Comments

  1. Thiago
    6 de setembro de 2023 @ 01:28

    Opa, obrigado pela referência! Ando sumido porque conciliar a vida de professor de cursinho com o pós-doutorado está cada vez mais impossível, mas sigo lendo posts e comentários diariamente.

    Salvei e assistirei ao vídeo, mesmo não conhecendo nada de Frank Zappa e menos ainda de teoria musical formal – chances para novos aprendizados nunca podem ser desperdiçadas!

    Começo meu singelo comentário respondendo à pergunta final: “Existirá banca examinadora competente pra tal?” Para não perder a acidez, e desde quando a banca precisa conhecer a fundo o objeto da pesquisa do candidato para a arguição da tese? Rs. O que mais vejo por aí, inclusive, é o exato oposto, mas isso é papo para outra hora.

    Tive um contato apenas tangencial com o pessoal que cursava Música quando estava na graduação. Lembro de uma tarde em que fui abordado por dois deles porque estava usando uma camisa do Venom, cousa raríssima naquelas bandas 12 ou 13 anos atrás. Sendo mais objetivo, música na universidade pública brasileira é, salvo juízos mais abalizados que o meu, é jazz e música brasileira. Fora isso, só clássicos e eruditos para composição de repertório. Acredito que o cenário internacional seja bem mais arejado, mas, pelo pouco que sei, uma tese sobre Zappa ou Rush por aqui seria, ao menos em um departamento de Música, um feito maior. Fica o incentivo para nosso egrégio anfitrião!

    E aproveito o gancho para retomar um ponto que já postei aqui tempos atrás: como a questão musical no meu nicho – Ciências Humanas em universidade pública – sempre foi um negócio complicado. Basicamente, público que compõe essa faixa – que gosto de chamar de “jovem é sobre isso”, só admite dois ritmos: MPB, por sua aura intelectual e por possuir as credenciais necessárias para a performance pública da “erudição universitária”, e Funk, tido por representante legítimo de uma cultura dita subalterna e marginalizada que, não preciso dizer, é, ao fim e ao cabo, reificada pelo universitário médio que nunca nem passou perto do berço idealizado do ritmo em questão, consumindo apenas aquilo que é devidamente filtrado pela Indústria Cultural.

    Quando era mais jovem e tinha mais paciência, perdi a conta das vezes em que, para rebater a pecha de pequeno-burguês, precisei dizer o óbvio e explicar que Tony Iommi não é exatamente Cecil Rhodes. Aí fiquei muito velho, muito amargo e muito impaciente e parei com essa mania haha.

    Reply

  2. Leo
    7 de setembro de 2023 @ 19:44

    Concordo, Thiago!

    Embora ache que há nichos.

    E, academicamente, pessoas pontuais que se interessam ou tentam montar/orientar pesquisas a respeito. O que é uma pena, dada a cultura que temos aqui.

    O problema é que isso abre lacuna para que pessoas façam pessoas históricas e lancem material de forma muito independente, com baixo rigor metodológico, na condição de fãs e não pesquisadores.

    E concordo plenamente com seu convite para o Marcão preencher uma parte dessa lacuna. Rs

    Reply

  3. Leo
    7 de setembro de 2023 @ 19:50

    Aliás, falava com o Marcão ontem sobre uma fala do Bittencourt dizendo que falta ensinar a ganhar dinheiro na faculdade de música.

    Não acredito que o sujeito tenha uma formação pedagógica, que saiba o que é um PPP (se tiver, fica ainda pior pra ele). Mas, como não há uma discussão forte no campo, deixam a cargo de figuras eminentes ficar palpitando sobre educação. E reforçando uma visão distorcida de que o ensino superior deveria ser uma escola de empreendedorismo aplicado.

    Reply

  4. Marco Txuca
    7 de setembro de 2023 @ 23:55

    Doutos amigos: agradeço o apreço, mas não sou disso. Tenho admiração (mas não inveja) de quem singra os mares acadêmicos, mas não consigo.

    Tenho uma graduação (Psicologia) e uma pós em Musicoterapia, fora algum curso específico aqui e ali. Minha alguma disciplina correlata se mistura ao TOC não admitido de escrever sobre música diariamente, aqui, no Instagram e nos Colecionadores facebúquicos. Movido a metas de likes e satisfeito com discussões advindas.

    Se algum dia blog render diploma emérito ou coisa do tipo, dou uma de Dave Mustaine em “Peace Sells” e o cito: incluam-me no primeiro lugar da fila ahahah

    Reply

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *