VIOLETA DE OUTONO

13.01.19 – CCSP, São Paulo

Nesses nossos tempos em q opinião e fatos ora se confundem, ora se excluem, o Violeta de Outono as aglutina: pois É fato E opinião de q os discos q todos os fãs realmente apreciam são os oitentistas lançados pela RCA/Plug, “Violeta de Outono” (1987) e “Em Toda Parte” (1989). Os discos “clássicos”.

Era uma fase q contou ainda com um ep anterior, “Reflexos da Noite” (1986) e um q intermediou tudo isso, “The Early Years” (1988), disco de covers, q aliás eu nunca nem vi. Ambos lançados pela Wop Bop, selo independente, e o 2º simultaneamente ao contrato com a RCA. Numa bagunça q permeia a banda até hj.

(volto a ela)

Nessa fase, a formação era em trio, com Fábio Golfetti (voz e guitarra), Angelo Pastorello (baixo e violão) e Cláudio Souza (bateria e percussão). Formação original/clássica, q volta e meia se junta com fins comemorativos. Do tipo celebrar 30 anos do disco homônimo, relançado remasterizado, o q ocorreu há 2 anos, no Sesc Pompéia. Ao mesmo tempo em q a banda se mantém com Golfetti e outros integrantes e outra proposta (mais progressiva) lançando discos inéditos, como o recente “Spaces” (2017).

É uma bagunça. E fosse uma banda mais “profissional”, envolvendo altas cifra$ e egos inflados, daria tretas. Plural. Brigas por nome e tudo.

Ñ acontece, e meio q se sabe q a vocação da banda é a SIMULTANEIDADE. Existem o Violeta de Outono clássico e o contemporâneo, homônimos. E ambos liderados por Golfetti. Tvz assim fique mais ou menos claro. Caso ÚNICO no mundo.

Todo modo, quando soube da reunião da formação clássica, corri comprar. Desse pra ir aos 2 dias, teria ido. Ñ haveria arrependimentos (como ñ houve) e a satisfação de ver esses 3 sujeitos tocando juntos praticamente todo o repertório dos discos RCA (faltaram pouquíssimos sons), ñ há 25 kitgays q paguem.

Simples assim.

O público, segundo estimativa da minha namorada, estava em 300 pessoas. Deve ter tido isso ou pouco mais no sábado tb. Certamente um monte q viu os 2 shows. Pessoas de todas as idades. Pessoas embevecidas, cantando junto, viajando, extasiadas com as músicas exemplarmente executadas (à exceção do baterista meio “duro”, q se soltou lá pro 3º som).

O show durou próximo a 1h30min e ñ pareceu. Fluiu.

O som beirava o perfeito. O tecladista convidado, baixista da formação atual, pouco soou, mas tudo bem. Méritos de trio: todo mundo tem q tocar, ñ se pode se esconder, e fica mais fácil ajeitar volumes. Méritos dos sons, ainda mais. A voz etérea e a guitarra translúcida de Golfetti (idênticas no tempo e no espaço) conduzindo e alinhavando tudo. Um som de cada ep foram tb tocados.

Por outro lado, voltando a esse certo amadorismo, ou pouco caso, ou zen budismo (os defini pra Debora, q é budista e ñ os conhecia, como um “rock budista” ahah) q os caracteriza, em determinado momento torci pra q estivessem filmando o show, pra lançar em dvd.

Ñ o fizeram. E a ñ ser q tenha rolado no sábado, deveriam. Cult band é assim.

Melhores momentos: “Sombras Flutuantes”, “Terra Distante” e “Tomorrow Never Knows”.

Set-list: 1. “Intro/Vênus” 2. “Outono” 3. “Declínio de Maio” 4. “Trópico” 5. “Sombras Flutuantes” 6. “Faces” 7. “Dança/Lunática” 8. “Terra Distante” 9. “Em Toda Parte/Rinoceronte Na Montanha de Geléia” 10. “Aqui e Agora” 11. “Tomorrow Never Knows” + bis 12. “Dia Eterno” 13. “Citadel”

 

PS – fotos por: meu celular. Só apertei o botão