80 MINUTOS CANSAM?

Yes, “Tales From Topographic Oceans”

Reconheço: dá trabalho ouvir. Todo.

Mas defendo: se existia uma megalomania no conceito e nas tretas entre os integrantes do Yes à época (comecei a ler sobre na Wikipedia, daqui a pouco retomo), tenho q eram por ambições artísticas, não por dinheiro, carros e likes, como de praxe hoje em dia no showbusiness.

Músicas longas? Sim, de 20 minutos em média. Só q dispostas num álbum duplo. Minha versão cd segue o formato por conta das faixas-bônus (“Dance Of the Dawn” e “Giants Under the Sun”) rascunhadas e ainda faz sentido.

E o q é o tempo nos últimos 30 anos, com discos duplos lançados à guisa de cds simples – limite de 80 minutos significando preenchê-los compulsoriamente, por quê?* – com montes de faixas desnecessárias, tantas vezes? Gasta-se, perde-se, tempo ouvindo.

Yes, King Crimson, Jethro Tull, Pink Floyd e Rush tinham faixas longas, mas justificadas e sem empapuçar. É um tempo outro, no qual se investia, é meu ponto.

Claro q é de gosto isso. Minha opinião tb. Como a de achar incrível a capa deste “Topographic Oceans” (no q destoa das capas – pra mim – enjoadas de Roger Dean, tal qual a de “Relayer”) e considerá-lo uma obra de arte, excessiva em seu tempo…

… mas a mim injustificável não se “ter tempo” pra ouvi-lo todo hoje em dia, enquanto horas ociosas são gastas em redes sociais e/ou maratonando séries.

“Maratonado” há uns 15 dias, afetivo ainda por ter sido meu cd 1000⁰. Cinqüentado dia desses.

  • “Tales From Topographic Oceans” tem 80 minutos totais