stereo

Tinha tudo pra ser um puta show. E até q foi um puta show. Ñ melhor q o Slayer no ano passado, nem q o Exodus deste ano. Mas é q, fora isso, sou velho e ranheta e ñ consigo fazer de conta q o som no Megadeth estava BÃO.

O som estava uma MERDA. O show inteiro. E o q se vê em fóruns por aí, de gente detonando o som do Via Funchal, vai ganhando ares verossímeis; mesmo eu achando a melhor casa pra se ver show, estruturalmente falando.

A bateria do Shawn Drover simplesmente oscilava durante as músicas; a guitarra do Broderick era inaudível – e alguma lembrança q tenho de ter ouvido solos friedman dele em “Hangar 18” só pode ser alucinação retroativa minha. O vocal do Mustaine, até esperava q estivesse ruim, devido ao álibi manjado dele cantar longe do microfone, mas surpreendentemente estava audível – o q atrapalhou foi certa apatia dele aí. Sua guitarra, por sua vez, era a única coisa q parecia estar em stereo.

Se ainda ninguém botar fé, q dizer de ñ se ouvir o riff do baixo em “Peace Sells” ou em “Countdown to Extinction”? Tvz em outras partes do recinto o som estivesse melhor; provavelmente muita gente em estado alterado vá dizer q estava bão. Acredite quem quiser no q quiser. Sei lá.

Uma pena, pois a execução integral do “Countdown to Extinction” – q ñ é um “Rust In Peace” – foi promessa de jogo ganho. Todas as músicas foram primorosamente executadas, com exceção a “Foreclosure Of A Dream”, q simplesmente ñ funciona ao vivo: ñ funcionava há 20 anos, ñ funcionou quinta passada. Por outro lado, “Architecture Of Aggression”, “High Speed Dirt” e “Captive Honour” (com todo playback do tribunal e da cela de prisão bastante nítidos), me valeram o preço salgado do ingresso.

(Tô em entressafra de ganhá-los, amigos…)

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=KIFQ4CWCymQ[/youtube]

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=x3yDh1OdkR0[/youtube]

O q veio antes, foi aquecimento: só “Hangar 18”, no rol das coisas true (senti falta de “In My Darkest Hour” e de “Wake Up Dead”) e músicas mais comerciais – “Trust”, “She-Wolf”, “A Tout Le Monde” – aliadas a duas do novo, ñ necessariamente as melhores, pra disfarçar um pouco e ñ ficar tudo com cara de show retrô.

Embora o clipe de “Public Enemy #1”, executado durante o som, seja das coisas mais legais q já vi. E mesmo com Marty Friedman e Nick Menza sumariamente arrancados do clipe de “Hangar 18” enquanto rolava a  mesma.

As porras dos telões – um de fundo, outros 2 nos lugares onde tradicionalmente se empilham os amplis – foram o destaque em tudo. Alta definição, com capa do disco, logo da banda, videoclipes dos sons, imagens de guerra, Marshalls estilizados, raios, natureza e o escambau. Puta sacada, quase tão foda quanto os megatelões da turnê recente do Rush. Digam o q quiserem do Boca Torta e Babando, das merdas q costuma falar, do messiâni-cu babaca q se tornou (mais de duas vezes o cara ficava só no palco, recebendo palmas, fazendo média – “I love Brazil” (deve dizer o mesmo em Lichtenstein e em Singapura) – e pegando bandeira pra enrolar no microfone, fora quebrar muito do ritmo da apresentação), mas o Megadeth chegou ao status de show profissa. Em termos de ambiente, claro. E ainda q tecnicamente impecável beirando o FRIO. É um fato.

Poderiam, por mim, ter tocado mais sons, eu q me iludi q poderiam tocar as extras “Angry Again”, “99 Ways to Die” e “Breakpoint”: q bão q sonhar AINDA ñ paga imposto. Poderiam ter sido mais comunicativos (impressão de estarem em meio de turnê e um tanto alienados de onde estão, para onde vão, de onde vieram), mesmo David Ellefson dando o ar da graça apenas em “Peace Sells” e de goleada no chefe. Poderiam ter interrompido a bagaça (Mustaine ñ o fez uma outra vez??) pra dar de Tim Maia e reclamarem da PORRA DO SOM.

Ñ o fizeram. Tvz ñ o tenham percebido. Provavelmente o show sairá em dvd, q adquirirei com gosto. E provavelmente daqui 2 anos voltarão pra tocar o “Youthanasia” inteiro – vou ficar rouco na “Victory”!! ahah

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Set-list: 1. “Trust” 2. “Hangar 18” 3. “She-Wolf” (ñ é cover da Shakira) 4. “A Tout Le Monde” 5. “Whose Life (Is It Anyways?)” 6. “Public Enemy #1” 7. “Skin O’My Teeth” 8. “Symphony Of Destruction” 9. “Architecture Of Aggression” 10. “Foreclosure Of A Dream” 11. “Sweating Bullets” 12. “This Was My Life” 13. “Countdown to Extinction” 14. “High Speed Dirt” 15. “Psychotron” 16. “Captive Honour” 17. “Ashes In Your Mouth” 18. “Peace Sells” 19. “Holy Wars… the Punishment Due” + 20. “Silent Scorn”, em playback, com Mustaine sozinho rogando a Jeová, se achando uma divindade e lançando braceletes e palhetas à galera

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PS – fotos do post cometidas por minha Patroa, Carolina Tizano, q viu pela 1ª vez o Megadeth ao vivo. E curtiu. Apesar dos cabeçudos na frente